quinta-feira, 27 de setembro de 2012

CHUVEIRÕES E SANITÁRIOS PÚBLICOS

Texto de Aloisio Guimarães

Na segunda-feira, eu e Evangelina, minha esposa, estávamos assistindo um telejornal local, quando foi apresentada uma reportagem sobre o turismo na nossa cidade, que, por falta de outros assuntos, é sempre um tema recorrente na mídia alagoana. Turistas (apreciando a nossa orla) e "autoridades" do turismo tupiniquim se pronunciaram à respeito e, como sempre, dizendo que aqui em Maceió  "falta isso", "falta aquilo", "faltam chuveirões", "faltam sanitários públicos"...
Diante do que vi e ouvi, confesso que descobri que quase nada sei do Brasil. Excetuando as nossas praias, as poucas que conheço do litoral brasileiro são aquelas de Pernambuco (Pina, Boa Viagem, Prazeres, Piedade), Salvador (Barra, Rio Vermelho, Ondina, Pituba, Piatã, Itapuã), Paraíba (Tambaú, Cabo Branco), Sergipe (Atalaia), Espírito Santo (Camburi), Rio de Janeiro (Leme, Copacabana, Ipanema, Leblon)...
Ao visitá-las, e muito recentemente, não me lembro de ter visto choveirões e sanitários públicos, com algumas raras exceções, como exigem de nós, os turistas e nativos!
Talvez, o que eles pedem aqui, existam por lá. Neste caso, absorto com "a beleza" das praias dos outros estados, este "matuto da Palmeira" não os tenha notado, Ou, talvez, quem sabe, eles existam e sejam apenas alguns gatos pingados, que passam desapercebidos.
E eu fui ainda muito mais longe no nosso pensamento, porque recentemente estivemos na Europa. Como todo mundo está cansado de saber, Paris é a "meca" do turismo mundial. São milhões e milhões turistas a visitam anualmente. Na torre Eiffel, é "um mar de gente", o dia todo! Estivemos por lá e não vimos sanitários públicos. Muito pelo contrário, passeando na badalada Champs Élysées, paguei 2 euros e minha esposa mais 2 euros, quase R$ 10.00, para darmos uma simples mijadinha. E olhem que isso foi num banheiro de um shopping. A mesma coisa aconteceu no Louvre, nas estações de trens...
Portanto, pelo que vivenciei, até prova em contrário, não admito que nos critiquem, sejam alagoanos ou turistas, por algo que não existe naqueles lugares mais badalados e idolatrados por eles. Peguem a sua língua e enfiem "naquele lugar" e deixem de passar a ideia de que somos os piores em tudo.
Agora, se estou errado, devo estar ficando gagá e não presto muita atenção nos lugares que ando.
Fui. Vou sair agora, vou dar uma mijadinha, de graça... 

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