quarta-feira, 4 de maio de 2016

O FILHO DA PUTA

Texto de João Vieira
Enviado de Portugal

Ramada Curto foi um advogado e jornalista bastante popular do meio teatral e jornalístico lisboeta da primeira metade do século XX, tendo intervindo nalguns dos processos-crime mais célebres do seu tempo.
Uma das histórias judiciais que ficaram célebres, na primeira metade do século XX, teve a ver com a defesa de um arguido acusado de chamar "filho da puta" ao ofendido, expressão que, na altura, era considerada altamente ofensiva.
Nas suas alegações, o escritor e advogado português Ramada Curto começou por chamar a atenção do juiz para o facto de muitas vezes se utilizar esta expressão em termos elogiosos: “Grande filho da puta, és o melhor de todos!”; ou carinhosos: “Dá cá um abraço, meu grande filho da puta!”, tendo concluído da seguinte forma:
- E até aposto que, neste momento, V. Exa. está a pensar o seguinte: "Olhem lá do que este filho da puta não se havia de ter lembrado só para safar o seu cliente!"...
Chegada a hora da sentença, o juiz vira-se para o réu e diz:
- O senhor está absolvido, mas bem pode agradecer ao “filho da puta” do seu advogado!

Um comentário:

  1. Isso é que é um baita trio-fdp juramentado.
    Não obstantemente, o "filho da puta" mor que já circulou e circula,
    ainda, nas plagas luso-brasileiras é um certo ítalo-caeteense mais
    conhecido por Barba/Brahma. Esse enganador-mor está sendo sendo muito
    aguardado nas Papudas lusitanas e/ou curitibanas.
    Cunpamhêru por lá é o que não falta...
    (AAraujosilva, o leigo, desde os confins da Jatiúca-Beach
    em Maceió das Alagoas)

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