quarta-feira, 29 de junho de 2016

ESTUPRO EM 1833

POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES

terça-feira, 28 de junho de 2016

QUAL O PECADO QUE VOCÊ NÃO QUER TER?

POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES

Certo dia, um casal, ao chegar do trabalho, encontrou algumas pessoas dentro de sua casa. Achando que eram ladrões, eles ficaram assustados, mas um homem forte e saudável, com corpo de halterofilista, avisou:
- Calma pessoal, nós somos velhos conhecidos e estamos em toda parte do mundo.
- Mas quem são vocês?
- Eu sou a Preguiça - respondeu o homem - Estamos aqui para que escolham um de nós para sair definitivamente da vida de vocês.
- Como pode você ser a Preguiça, se tens o corpo de um atleta que vive malhando e praticando esportesA Preguiça é forte como um touro e pesa toneladas nos ombros dos preguiçosos; com ela ninguém pode chegar a ser um vencedor.
Uma mulher velha curvada, com a pele muito enrugada que mais parecia uma bruxa, disse:
- Eu, meus filhos, sou a Luxúria.
- Não é possível! Você não pode atrair ninguém com essa feiura!
- Não há feiura para a luxúria, queridos. Sou velha porque existo há muito tempo entre os homens, Sou capaz de destruir famílias inteiras, perverter crianças e trazer doenças para todos, até a morte. Sou astuta e posso me disfarçar na mais bela mulher ou homem que você já viu.
Um homem, mau cheiroso e vestindo uns maltrapilhos de roupas que mais parecia um mendigo, se apresentou:
- Eu sou a Cobiça. Por mim, muitos já mataram; por mim, muitos abandonaram famílias e pátria, Sou tão antigo quanto a Luxúria, mas eu não dependo dela para existir. Tenho essa aparência de mendigo porque por mais bem vestido que apresento, mais rico que pareço, com joias, dinheiro e carros luxuosos, ainda assim me verás, porque a cobiça está tanto para o pobre quanto para o rico.,
Uma lindíssima mulher, de corpo escultural, cintura finíssima e de contornos impecáveis, fazendo com que tudo nela estivesse em perfeita harmonia, de forma e movimentos, disse:
- E eu, sou a Gula.
Espantados, os donos da casa observaram:
- Sempre imaginamos que a Gula seria gorda...
- Isso é o que vocês pensam. Sou bela e atraente porque, se assim não fosse, seria muito fácil se livrar de mim. Minha natureza é delicada. Normalmente sou discreta. Quem tem a mim, não se apercebe. Mostro-me sempre disposta a ajudar aqueles que querem fazer regimes, mas, na verdade, faço tudo ruir, de maneira sutil. Destruo o prazer de viver e destruo a beleza do corpo. Também por mim, muitas famílias se destruíram na busca da luxúria.
Sentado em uma cadeira, um senhor, também velho, mas de semblante bastante sereno, avisou, com voz doce e movimentos suaves:
- Eu sou a Ira. Alguns me conhece como Cólera. Tenho muitos milênios também. Não sou homem nem mulher, assim como meus companheiros que estão aqui.
A dona da casa retrucou:
- Ira? Parece mais o "vovô" que todos gostariam de ter...
O "vovô" respondeu:
- E a grande maioria me tem! Quando me aproximo, matam com crueldade, provocam brigas horríveis e destroem cidades. Sou capaz de eliminar qualquer sentimento diferente de mim, posso estar em qualquer lugar e penetrar nas mais protegidas casas. Mostro-me calmo e sereno para mostrar-lhes que a Ira pode estar no aparentemente manso. Posso também ficar contido no íntimo das pessoas sem se manifestar, provocando úlceras, câncer e as mais temíveis doenças.
- Eu sou a Inveja. Faço parte da história do homem desde de sua aparição - disse uma jovem que ostentava uma coroa de ouro cravada de diamantes, usava braceletes de brilhantes e roupas de fino pano, assemelhando-se a uma princesa rica e poderosa.
- Como é a Inveja se é rica e bonita, parece ter tudo que deseja? - disse a mulher da casa.
- Há os que são ricos, os que são poderosos, os que são famosos e os que não são nada disso, mas eu estou entre todos. A Inveja surge pelo que não se tem e o que não se tem é a felicidade. A felicidade depende de amor e isso carece na humanidade. Por causa de mim, já houve muita destruição, mortes e sofrimento... Onde eu estou, também está a tristeza.
Enquanto os invasores se explicavam, um garoto, que aparentava ter cinco a seis anos, brincava pela casa. Sorridente e de aparência inocente, característica das crianças. A sua face de delicados traços mostravam a plenitude da jovialidade e os olhos vívidos e enigmáticos, parecia estar alheio aos acontecimentos, quando foi indagado pelo casal:
- E você, garoto, o que fazes junto a esses que parecem ser a personificação do mal?
O garoto respondeu com um sorriso largo e olhar profundo.
- Eu sou o Orgulho.
- Orgulho?! – exclamou o casal - Você é apenas uma criança, inocente como todas as outras.
O semblante do garoto tomou um ar de seriedade, que assustou o casal, e ele disse:
- O Orgulho é como uma criança mesmo, mostra-se inocente e inofensivo, mas não se enganem, sou tão destrutível quanto todos aqui, querem brincar comigo?
A Preguiça interrompeu a conversa e disse:
- Vocês devem escolher quem de nós sairá definitivamente de suas vidas. Queremos a resposta.
O casal respondeu:
- Por favor, deem 10 minutos para que possamos pensar.
O casal se dirigiu até o quarto onde dormem e lá fizeram várias considerações. Dez minutos depois retornaram.
- E então? - perguntou a Gula.
- Queremos que o Orgulho saia de nossas vidas.
O garoto olhou com um olhar fulminante para o casal, pois queria continuar ali. Mas, respeitando a decisão dirigiu-se para a saída.
Os outros iam acompanhado o garoto, quando o casal perguntou:
- Ei, vocês vão embora também?
O menino, agora com ar de severidade e com a voz forte de um orador disse:
- Vocês escolheram que o Orgulho saísse de vossas vidas. Fizeram a melhor escolha, pois onde não há Orgulho, não há Preguiça porque os preguiçosos são aqueles que se orgulham de nada fazer para viver, não percebendo que, na verdade, vegetam. Onde não há Orgulho, não há Luxúria, pois os luxuriosos tem orgulho de seus corpos e se julgam merecer possuir tantos corpos quantos lhe provir, não percebendo que são apenas objetos do instinto. Onde não há Orgulho, não há Cobiça, pois os cobiçosos tem orgulho das migalhas que possuem, juntando tesouros na terra e invejando a felicidade alheia, não percebendo que são instrumentos do dinheiro. Onde não há Orgulho, não há Gula, pois os gulosos se orgulham de sua condição e jamais admitem que o são; arrumam desculpas para justificar a gula e não percebem que são marionetes dos desejos. Onde não há Orgulho, não há Ira, pois os irosos se orgulham de não serem passíveis e jamais abaixam a cabeça diante de qualquer situação; são incapazes de permitir que a vida lhes proporcione lições de aprendizado e se revoltam com aqueles que eles julgam que não são perfeitos, não percebendo que a sua ira é resultado de suas próprias imperfeições. Onde não há Orgulho, não há Inveja, pois os invejosos sentem o orgulho ferido ao verem o sucesso alheio, seja ele qual for, e precisam constantemente superar os demais nas conquistas, não percebendo que, por isso mesmo, são meras ferramentas da insegurança e da falta de amor à vida. Adeus.
Todos saíram, sem olhar para trás...

segunda-feira, 27 de junho de 2016

EU QUERO SER UM CELULAR...

POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES
 
Oração de uma criança desconhecida:
- Papai do céu, Eu quero ser um celular, por causa dos meus pais. O Senhor precisa ver como eles têm paciência com ele, mesmo quando chegam em casa cansados do trabalho. Mas comigo, não. Vão logo dando bronca. Os olhinhos da minha mãe até brilham quando ela está olhando para o celular. É lindo de ver. Eu quero que ela olhe assim para mim também.  Quando estamos conversando e o celular toca, meu pai corta a nossa conversa no meio, mas nunca, nunca mesmo, ele para de olhar o celular para conversar comigo. Eles nunca têm tempo para brincar ou passear comigo, mas gastam horas vendo coisas no celular. Por favor, Papai do céu, me transforme num celular. Daí todo mundo vai ficar feliz aqui em casa. Muito obrigado. Amém!

domingo, 26 de junho de 2016

FUTEBOL BRASILEIRO COM "S"

Texto de Luiz Ferreira da Silva
ENGENHEIRO AGRÔNOMO E ESCRITOR

A seleção brasileira de futebol tem que retirar o “Z” e colocar o “S” de BRASIL. Ou seja, prestigiar os que aqui labutam em seus clubes. E vou tentar desenvolver esse mote.
Os jogadores que prestam serviços aos clubes estrangeiros têm uma vida nababesca e, logicamente, um compromisso profissional com seu patrão, colocando-o em primeiro lugar, dando todo o seu suor e sacrifício pelos bônus auferidos.
Dentro desta concepção, a sua Pátria, mesmo inconscientemente, é o seu time no país a que se aloca. A maioria deve assim pensar, o que não é errado e não merece condenação.
De repente são convocados para defender o Brasil, com “S”. Na cabeça deles, com “Z”. Até o Hino Nacional, que são obrigados a cantar, deve soar esquisito, especialmente aos que estão muitos anos fora, acostumados a ouvirem outros louvores patrióticos.
Primeiramente, a adaptação, seguida da preocupação com seu clube de origem, voltada a se preservar e evitar contusões, pois seu patrimônio não é aqui e, ademais, tem responsabilidade com seu patrão lá fora.
Há ainda a questão técnica. Arraigadas na sua cabeça as orientações de seu técnico, que, inclusive, deve lhe orientar sobre o seu compromisso de retornar são e salvo, defronta-se com outro “professor”, pedindo-lhe para jogar assim e assado e não amarelar. Em outras palavras, dar sangue, invocando a bobagem chamada “Pátria de Chuteiras”. E, agora, deve raciocinar: como proceder?
Vendo a seleção jogar, convenci-me dessa realidade ou indicativo dela. Basta se fixar em apenas dois jogadores, como exemplos - Neymar e Daniel Alves - e começar a raciocinar nessa evidência discutida. A Pátria deles se chama Barcelona. Que Brasil, que nada!
Com base nesse contexto, atrevo-me a esboçar uma ideia sobre a seleção que chamo de “Seleção Brasileira de Futebol com S”. A prioridade seria a prata da casa. Os jogadores que aqui suam com a inclusão paulatina de jovens promessas para irem adquirindo cancha. Este grupo se reuniria a cada 2 meses, dentro de um calendário estipulado pela CBF, para treinamento e conscientização profissional, incluindo um jogo em um Estado contra um combinado local. No esquema, estaria convites a seleções de fora e excursões internacionais, sobretudo África e Ásia.
Não seriam descartados totalmente os “estrangeiros”, sobretudo em eventos, importantes como as eliminatórias e a Copa do Mundo, mas com uma avaliação rigorosa no que se refere ao perfil de engajamento profissional. Haveria o inverso do atual selecionado, com o contingente, maiormente com “S”.
Muitos vão argumentar: não temos plantel; faltaria experiência internacional; não temos técnicos competentes, etc.
É muito comum, em países subdesenvolvidos, sobretudo quando estão em baixa, olharem para cima e verem monstros sagrados. No futebol, isso é uma máxima. Neste momento, os Europeus são os caras e, os técnicos deles, gênios.
Vamos imaginar ou sonhar como futebol brasileiro organizado, disciplinado e de cunho empresarial. Com pessoas qualificadas e honestas. Ao invés dessa atual cúpula, pessoas como Zico, Tostão, Raí, Cafu e outros no comando da CBF. Em tais condições, o Técnico teria carta aberta para poder desenvolver o seu trabalho, sem interferência dos famigerados empresários e midiáticos, podendo escolher a sua equipe e sem a neura da demissão intempestiva. E dessa forma, vários profissionais vão ser tão eficazes quanto aos Guardiolas da vida.
No tocante ao nível dos nossos jogadores nem se compara com os estrangeiros. Os alemães - coitados - têm que se lascarem chutando umas mil vezes para aprender a bater bem na bola. A gente, não, é só incutir o sentimento profissional com ênfase na disciplina e consciência do dever.
Vai levar um tempinho. Mas tem que se acabar com o imediatismo e ter projetos clarividentes, não havendo outro caminho que não o futebol-empresa com o consequente elevado índice profissional. É assim que acontece em outras atividades humanas e o futebol, como tem provado os Europeus, não foge dessa realidade.
Maceió. Al, 16 de junho de 2016.

sábado, 25 de junho de 2016

UM PROFESSOR QUE CONHECE OS SEUS ALUNOS

POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES

Alguns professores de uma faculdade de engenharia foram convidados a fazer a viagem inaugural de um avião. Depois de sentarem, eles foram informados de que o avião havia sido construído por seus alunos. Todos eles levantaram e correram desesperadamente para fora do avião, levando, no peito, tudo que havia pela frente. Somente um velho professor permaneceu sereno e sentado em seu lugar.
Perguntaram a ele o motivo de tanta calma e ele respondeu:
- Se isso foi construído pelos meus alunos, ele não vai nem dar a partida...

quinta-feira, 23 de junho de 2016

SAUDADES DO SÃO JOÃO

Texto de Rubens Mário
PROFESSOR E ADMINISTRADOR DE EMPRESAS

Considero a festa de São João como a mais bonita e autêntica do nosso calendário cultural. Hoje, já bastante maltratada, sobrevive em meio aos maus costumes impostos pela feroz globalização. Até as pessoas mais velhas que viveram as memoráveis noites de São João, infelizmente, já se adaptaram a esse “estupro” cultural.
Lembro com bastantes saudades dos memoráveis dias da grande festa. Parece-me que naquela época, mormente, por ainda morarmos numa gostosa cidade provinciana, as pessoas assumiam com prazer as suas origens nordestinas, os seus sotaques, a sua música, e os seus costumes. Quando chegava a véspera de São João, o dia já raiava com uma atmosfera diferente; as pessoas já acordavam extasiadas, se preparando para separar a madeira para construir as suas fogueiras; na verdade, todos tinham pedaços de madeira velha em seus quintais, afinal, a maioria das casas ainda era de taipa e as cobertas de caibros e ripas de madeira sem muita qualidade, daí os quintais de terra estarem sempre abastecidos com a principal matéria-prima do São João. A nossa casa na rua da união, em frente à praça da faculdade, tinha um imenso quintal onde durante anos guardávamos uma imensa quantidade de madeira, pois o nosso pai - Mário Costa - havia substituído a antiga casa de taipa por outra de alvenaria.
À tarde, como a nossa rua ainda era de terra, toda a vizinhança, geralmente as mulheres varriam as frentes das casas e os filhos se encarregavam de construir as belíssimas fogueiras; muitos fincavam bananeiras ou palhas de coqueiros ao lado das fogueiras, aos quais, chamávamos de mastros. No final dos trabalhos a rua ficava parecendo um imenso arraial. Nos sentíamos como se estivéssemos num lindo povoado do interior!
À noite, quando o nosso pai chegava da alfaiataria montado em sua bicicleta, corríamos para recebê-lo, pois, sabíamos que o bagageiro estava repleto de fogos – chuvinha, diabinho, espanta-coió, traque, estalo-bebé, vulcão, rodinha e, os ainda, inofensivos e lindos balões. Nesse momento, a nossa mãe já havia preparado a saborosa canjica de milho verde. Lembro das músicas do grande Luiz Gonzaga ecoando na “moderna” radiola, misturadas aos sons dos fogos de artifício. Os balões eram soltados mais tarde pelos mais velhos e enfeitavam o céu, sem qualquer ameaça à acidentes mais graves - naquela época as pessoas ainda tinham o costume de olhar para o céu. Recordo que, junto a dezenas de outros meninos, corria pelas ruas do Prado com espelhinhos nas mãos monitorando os balões quando notávamos que eles perdiam altura, e, muitas das vezes, íamos resgatá-los na lagoa, já no bairro do Vergel do lago, em frente ao saudoso bar caiçara. Quando conseguíamos trazê-los de volta comemorávamos como se fossem troféus. No final da noite, quando as fogueiras começavam a virar brasas, era chegada a hora de assar o milho verde.
Assim era a nossa grande festa! Inocente, sem violência, autêntica, pura, e sem invasões de “estrangeirismos”!
Hoje, para a nossa melancolia, “tá” tudo mudado! Mas, mesmo assim, em meio à indiferença da maioria dos vizinhos, na véspera de São João, ainda insisto em cultivar uma boa parte daquele maravilhoso ritual.
Viva o São João!

quarta-feira, 22 de junho de 2016

OS ASSAHINOS

Texto de Aloisio Guimarães

Estão assassinando vergonhosamente o Hino Nacional Brasileiro e ninguém faz nada!
Para criar um clima de patriotismo nos brasileiros, virou lei, em quase todos os estados, a execução do Hino Nacional antes dos eventos esportivos. A intenção é boa, mas, no fundo, foi uma ideia copiada dos americanos.
Como não poderia deixar de ser, para o brasileiro, o principal evento esportivo é o futebol. E, como o que não falta é jogo de futebol no Brasil, quase todos os dias testemunhamos, pela televisão, "uma mutilação" do Hino Nacional, que está sendo tocado e cantado pela metade, porque estão eliminando a segunda parte do nosso hino! Sob qual alegação estão tomando esta atitude nada patriótica?
- Porque o Hino Nacional é comprido demais e esfria a preparação física dos atletas?
Seria o fim da picada! Que revoguem a lei, mas não façam isto ao nosso hino.

- Porque é o Hino comprido demais e toma grande parte do precioso tempo de televisão?
Seria uma desculpa estúpida! Quantas bobagens existem nos programas de televisão e que nada acrescentam à cultura do nosso povo.
Não existe desculpa...
E, para piorar o que já é ruim, alguns "artistas", convidados para cantar o nosso hino durante um evento mais concorrido, além de desafinarem feio, estão dando a sua própria interpretação à música do Hino Nacional, descaracterizando-a assustadoramente. Tudo isto sem falar que, enquanto o hino está sendo tocado (“assassinado”), as torcidas organizadas dos times de futebol entoam canções pornográficas e muitos “patriotas” ficam sentados, com seus bonés da cabeça, conversando, rindo...
Recentemente estive em São Paulo e fui assistir um jogo entre Palmeiras e Fluminense, válido pelo brasileirão. O que vi e ouvi me deixou estarrecido: a torcida do Palmeira aproveita a música do nosso hino e muda a sua letra para apenas “Palmeira, meu Palmeiras, meu Palmeiras...”, durante toda a execução, prejudicando aqueles que desejam realmente cantar o hino. Um verdadeiro desrespeito à pátria!
A continuar assim, num futuro bem próximo, o povo brasileiro vai desconhecer por completo um dos símbolos maiores da sua Nação.
A propósito, existirá Nação sem um Hino?
É dar tempo ao tempo!

domingo, 19 de junho de 2016

CARRÃO MODERNO

POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES

Uma senhora comprou um Mercedes, último tipo e, orgulhosamente, saiu da concessionária, dirigindo-o.
No meio do caminho, ela tentou mudar as estações do rádio do carro, mas não conseguiu de jeito nenhum. Furiosa, ela deu meia volta e retornou à concessionária. Chegando lá, foi reclamar com o vendedor que havia lhe atendido, o qual imediatamente se desculpou:
- Calma, minha senhora! É que esqueci de lhe dar às instruções a respeito deste Rádio Inteligente, importado do Japão. Para ativá-lo, é só usar o tom de voz pedindo o gênero musical. Por exemplo,  “Música sacra”!
E o rádio imediatamente emendou:
- Erguei as mãos e dai glória a Deus...
 O vendedor prosseguiu:
- Outro exemplo: “Axé music”!
E o rádio tocou:
Segura o tchan, amarra o tchan...
- E mais um exemplo: “Sertanejo”!
E o rádio soltou a pérola:
Entre tapas e beijos, é ódio, é desejo...
- Está bem, já entendi! - Interviu a senhora, que ficou maravilhada com a tecnologia, pediu desculpas pelo mal-entendido e saiu dirigindo satisfeita. No meio do caminho, ela disse, cheia de empolgação:
- Rock and Roll! 
E o rádio imediatamente começou a tocar uma música dos Rolling Stones, enquanto a velhinha cantava, e afundava o pé no acelerador. De repente, um carro vem a toda velocidade na contramão e quase bate no Mercedes novinho da madame, que em um ato de reflexo tira o carro do caminho salvando-se de um grave acidente. Passado o susto, ela se vira para trás e grita:
- Quanta safadeza!
No mesmo instante a música do rádio é interrompida pela seguinte mensagem:
- Interrompemos nossa programação para ouvir as últimas notícias políticas de Brasília...

sábado, 18 de junho de 2016

PERMITA-ME ENVELHECER

Texto de Daniela Casabona Velludo

Todos nós vivemos num tempo em que não é permitido sentir o tempo passar. Numa doentia corrida à permanência do que não tem volta, acreditamos ingenuamente que poderemos conter a força dos dias sobre nossos ombros e tentamos, a todo custo, eternizar nossa juventude.
Permita-me envelhecer em paz, com a satisfação de saber que o que foi vivido se bastou, permaneceu no eterno. Não me leve, Senhor, à dependência daquilo que já passou, tornando-me água parada quando em essência sou rio. Que nenhuma paisagem cause demasiado deslumbramento, para que eu não me demore mais do que o necessário nela. Que eu aprenda a levar dentro de mim a beleza do mundo, sem que eu me torne sua escrava querendo desesperadamente repetir o único pelo medo do desconhecido. Que a paz que eu carrego no peito seja a grandeza de se viver por inteiro, abrindo espaço para o novo.
Permita-me envelhecer acompanhada de meus pensamentos. Deixa-me divagar em minhas próprias conclusões e buscar a verdade quando a verdade que me servia já não me serve mais. Quero semear as planícies do meu pensamento com as sementes que eu bem entender, sem permitir ser colonizada por ideias repetidas e paranoicas de quem se esqueceu do prazer de se pertencer a si mesmo e deixou-se invadir por interesses alheios. Quero viver as estações do pensamento maduro e me renovar a cada ciclo, sem me sentir intimidada por não acreditar mais, por virar as costas deixando de ouvir tanta besteira, só por educação.
Permita-me envelhecer nas emoções dos meus próprios sentimentos e não ser obrigada a ouvir a música inteira sem gostar do ritmo. Livrai-me da necessidade de tentar sentir o que os outros sentem, só para me fazer aceita. Deixe-me apenas com meus ataques de fúria e êxtase e me poupe dos chiliques alheios que me aporrinham a alma. Que eu não tenha necessidade de acumular sentimentos encalhados, passados mal resolvidos e conflitos desnecessários. Desejo envelhecer na certeza de que sou capaz de desviar daquilo que não me alegra. Não me eleva. Não me toca. Dai-me coragem de colocar pontos finais em histórias entediantes sem o medo de ser julgada por egoísta.
Permita-me, meu Pai, envelhecer em minhas atitudes. Livre-me da necessidade de adotar cada modismo, cada clamor passageiro para que eu possa permanecer com meus pequenos caprichos, mesmo que sejam incompreendidos. Que eu não tenha necessidade de aceitar a todos os convites, nem de participar de todas as conversas. Que eu tenha o privilégio de me recolher em meu mundo, e preferir estar a sós com a minha presença fazendo o que eu bem entender sem prestar contas a ninguém.
Permita-me envelhecer fisicamente. Que eu não seja afligida pelo pavor de uma humanidade que não admite a velhice, camuflando a realidade com a palavra maturidade. Lutando pateticamente contra a os sinais do tempo. Que eu saiba me olhar no espelho me sentindo bela, mesmo envelhecendo. Que eu prefira roupas confortáveis que reflitam quem eu sou ao invés de tornar-me cabide da moda, na torpe intenção de impor uma falsa superioridade nos demais. Que eu me permita descuidar da aparência deixando as mechas brancas e as unhas por fazer por mais uns dias quando tenho coisas mais interessantes com que me divertir. Que eu entenda que meu corpo e meu metabolismo jamais serão os mesmos e aprenda a estar satisfeita comigo mesma. Assim serei muito mais atraente e agradável porque quando não me aceito, também não aceito a mais ninguém.
Que eu tenha a curiosidade de saber o que vem depois. Planejar, desenhar e me libertar para viver as próximas etapas sem medo de me despedir do que passou. Quero me dar o direito de envelhecer e me sentir senhora de mim mesma. Quero entender que bobagem foi perder tanto tempo da minha vida seguindo aos outros sem chegar a lugar nenhum e que os meus pequenos gostos de menina, ferozmente podados pela hipocrisia, não eram besteira e hoje me salvaram da pequenez do mundo.
Permita-me, meu Deus, envelhecer, dedicando os meus dias a fazer aquilo que eu gosto. Que eu deixe de servir tanta gente, de ser legal com todos, atendendo caprichos em troca de aceitação. Que eu fale cada vez mais nãos quando não estou interessada e deixe de perder tempo precioso cumprindo protocolos. Que eu viva meus dias na qualidade de quem percebeu que a vida é breve demais para viver a vida dos outros. Que eu inunde minha velhice com meus sonhos de menina me entregando de coração àquilo que faço gosto.
Que eu envelheça tanto, tão bem e com tanta sorte que eu não seja pega de surpresa pela morte. Morte de me petrificar naquilo que deve ser apenas passagem para o encontro comigo mesma. E que eu renasça todos os dias na aventura de se viver, compreendendo que envelhecer é uma arte, de fino gosto, para poucos.

quarta-feira, 15 de junho de 2016

STEVE JOBS

POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES
 
As últimas palavras atribuídas a Steve Jobs, antes dele falecer, chocaram o mundo. Um homem, dono de uma riqueza enorme, emocionou a todos com as suas últimas palavras:
Cheguei ao topo do sucesso nos negócios. Aos olhos dos outros, minha vida tem sido o símbolo de sucesso. No entanto, além do trabalho, tenho pouca alegria. Finalmente, minha riqueza é simplesmente um fato que estou acostumado. Neste momento, estou na cama de hospital, lembrando de toda minha vida, percebo que todos elogios e riquezas que estava tão orgulhoso, tornaram-se insignificantes com a iminência da morte.
No escuro, quando vejo a luz verde e escuto o ruído do equipamento de respiração artificial, posso sentir a respiração da morte se aproximar.
Só agora entendo, uma vez que você acumular dinheiro suficiente para o resto de sua vida, devemos seguir outros objetivos que não estão relacionados à dinheiro. Deve ser algo mais importante, por exemplo, histórias de amor, arte, sonhos da infância...
Ao não deixar de perseguir a riqueza, só pode converter uma pessoa em fracassado, assim como eu.
Deus fez uma forma que possamos sentir amor no coração e não ilusões construídas pela fama ou dinheiro, como fiz em toda minha vida e não posso levar comigo. Posso levar lembranças que o amor fortaleceu. Esta é a verdadeira riqueza que te acompanhará, lhe dará força e luz para ir em frente.
 O amor pode viajar milhares de quilômetros e assim a vida não tem limites.
Vá para onde queira ir. Esforce-se para alcançar seus objetivos. Tudo está em seu coração e em suas mãos.
Qual é cama mais cara do mundo? A cama de hospital. Se você tem dinheiro, pode pagar alguém para dirigir seu carro, só que não pode pagar alguém para sofrer sua doença.
Os bens materiais perdidos, podem ser encontrados. Existe uma coisa você não pode encontrar quando perde: a vida. Seja qual for a fase da vida em que estamos agora, no final, teremos de enfrentar o dia quando a cortina abaixa.
Por favor, valorize seu amor pela família, o amor por seu companheiro e amor pelos amigos. Trate-se bem e cuide do próximo.

terça-feira, 14 de junho de 2016

LIÇÃO DE VIDA

Texto de Cora Coralina

Eu não tenho medo dos anos e não penso na velhice. E digo para você, não pense. Nunca diga estou envelhecendo, estou ficando velha. Eu não digo. Eu não digo que estou velha, e não digo que estou ouvindo pouco.
É claro que quando eu preciso de ajuda, eu digo que preciso. Procuro sempre ler e estar atualizada com os fatos e isso me ajuda a vencer as dificuldades da vida. O melhor roteiro é ler e praticar o que lê.
O bom é produzir sempre e não dormi de dia. Também não diga pra você que está ficando esquecida, porque assim você fica mais.
Nunca digo que estou doente, digo sempre: estou ótima. Eu não digo que estou cansada. Nada de palavra negativa. Quanto mais você diz estar ficando cansada e esquecida, mais esquecida fica.
Você vai se convencendo daquilo e convence os outros. Então, silêncio!
Sei que tenho muitos anos. Sei que venho do século passado, e que trago comigo todas as idades, mas não sei se sou velha, não. Você acha que eu sou?
Posso dizer que sou a terra e nada mais quero ser. Filha dessa abençoada terra de Goiás.
Convoco os velhos como eu, ou mais velhos que eu, para exercerem seus direitos.
Sei que alguém vai ter que me enterrar, mas eu não vou fazer isso comigo.
Tenho consciência de ser autêntica e procuro superar todos os dias minha própria personalidade, despedaçando dentro de mim tudo que é velho e morto, pois lutar é a palavra vibrante que levanta os fracos e determina os fortes.
O importante é semear, produzir milhões de sorrisos de solidariedade e amizade.
Procuro semear otimismo e plantar sementes de paz e justiça. Digo o que penso, com esperança. Penso no que faço, com fé. Faço o que devo fazer, com amor. Eu me esforço para ser cada dia melhor, pois bondade também se aprende. Mesmo quando tudo parece desabar, cabe a mim decidir entre rir ou chorar, ir ou ficar, desistir ou lutar, porque descobri, no caminho incerto da vida, que o mais importante é o decidir.

domingo, 12 de junho de 2016

NUNCA DESISTA

POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES

Longe, muito longe, morava um homem que, todos os dias, ia para a praça de sua cidade e tentava convencer as pessoas a mudarem a sua visão sobre o que considerava errado. Enfim, gastava dias e dias lutando para que entendessem o seu discurso, a sua luta.
Passaram-se muitos anos...
Um dia, o seu amigo que vivera um longo tempo longe dali incomodado por ver o homem ainda na praça, lutando, apesar de tanto tempo, foi procurá-lo:
- Você está nessa luta e não vejo grandes vitórias, as pessoas são difíceis de mudar. Por que você não desiste?
O amigo, ainda com o mesmo entusiasmo, respondeu:
- Não posso desistir, porque senão eles terão me mudado!