terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

O GRANDE ÍDOLO

Texto de Carlito Lima

Eram dois irmãos chamados Zé, Zé Miguel e Zé Gabriel, para diferençar chamavam o menor de Zé Pequeno, o apelido pegou, sem cerimônia, assim ficou conhecido. Tornou-se comerciante de material de construção, solteirão convicto, chegado às mulheres da vida, nunca namorou. Certo dia apareceu na casa de sua mãe, uma prima vinda do Rio de Janeiro, Zulmira, havia passado dos 30. Zé Pequeno ficou encantado com a vistosa loura, roupa decotada, divertida, sem meias palavras, dizia o que vinha na cabeça, tetas exuberantes, sorriso desavergonhado. Suas conversas escandalizavam a família e amigos. A maldade humana especulava a profissão de Zulmira no Rio de Janeiro.
Entretanto, o coração tem razões que própria razão desconhece. Zé Pequeno ficou encantado, apaixonado, pela prima. Não adiantaram os fuxicos, as previsões dos amigos. Zé Pequeno respondia, sabia o que queria. Terminou casando-se com a bela Zulmira. Os amigos, os desocupados, previram um belo par de chifres. Com três meses de casados telefonaram para Zé Pequeno, sua distinta esposa estava com um jovem num motel perto da rodoviária. Zé pegou-a em flagrante saindo do motel. Não houve acordo, acabou o casamento. Foi a crônica do chifre anunciado.
Zé Pequeno gostou de ser casado, disse para si mesmo, jamais com mulher bonita, casaria novamente com mulher feia. Certo dia entrou na sua loja, Eulália, colega de infância, estrábica, sem muitos predicados da beleza feminina. Logo Zé Pequeno casou novamente, sem medo de levar ponta.
Os anos se passaram, os dois se deram bem, cada qual no seu canto sem se intrometer na seara do outro. Eulália tem uma butique de moda, ganha para seu sustento, é boa e servil esposa. Entretanto, tem duas manias incuráveis, ciúme doentio do Zé Pequeno e neura constante da violência urbana. Ela lê tudo nos jornais sobre assalto, assassinato, sequestro. É sua conversa predileta. Sabe todas as histórias contadas no rádio, televisão. Eulália ama o alarmismo da imprensa, faz bem à sua mente, alimenta-se de fatos tenebrosos. Exagera as histórias, terminando com a frase. "Ninguém suporta mais tanta violência!"
Numa bela tarde de sábado, Eulália foi a uma palestra sobre violência urbana, não poderia perder. O conferencista expôs sua teoria. A maioria dos crimes estão na faixa entre 14 e 26 anos, são traficantes, eles se matam por pontos de venda drogas. De repente o palestrante perguntou à plateia quantas vezes alguém tinha sido assaltado ou quantas pessoas conheciam que foram assaltadas. Apenas duas mulheres levantaram o braço. Eulália pensou, tentou relembrar algum assalto com amigo, nada. Retornou para casa decepcionada, não conhecia um parente, um amigo que foi assaltado, frustrante.
Nessa mesma tarde, Zé Pequeno telefonou para uma amiga moradora do Trapiche, cafetina das melhores meninas de programas da cidade. Apanhou a garota, bonita, alta. Levou-a para um motel. Tarde agradável, alguns uísques, até que na hora do banho ele escorregou, caiu de costa, nuca no chão, abriu-lhe a cabeça, o sangue jorrou.
Foi dirigindo ao Pronto Socorro, levou alguns pontos na cabeça. Zé começou a pensar o que dizer em casa. Teve uma ideia, uma mentira bem encaixada e registrada. Dirigiu-se à Delegacia de Plantão, abriu um Boletim de Ocorrência. Contou o assalto. Quando abriu o carro estacionado, dois rapazes armados mandaram ele dirigir rumo ao Litoral Norte, ao chegar na praia de Ipioca, mandaram parar. Deram-lhe uma coronhada, ele desmaiou. Levaram o dinheiro da carteira, o celular e o lep-top, ainda bem que deixaram o carro e ele, vivo.
Ao contar a história do assalto em casa, veio uma áurea de felicidade e alegria dentro de Eulália, ela não conteve o sorriso de satisfação. Ouviu atentamente a história do marido. Deu-lhe uma íntima satisfação. Contou exagerando a história para toda vizinhança, como Zé Pequeno foi assaltado. Há mais de um mês é seu único assunto. O assalto ao Zé acabou a frustração de Eulália. Zé Pequeno agora é seu grande ídolo.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

CARNAVAL BRASILEIRO

Texto do Agrissênior Notícias

A história do carnaval no Brasil iniciou-se no Período Colonial. Uma das primeiras manifestações carnavalescas foi o entrudo, uma festa de origem portuguesa que, na colônia, era praticada pelos escravos. Estes saíam pelas ruas com seus rostos pintados, jogando farinha e bolinhas de água de cheiro nas pessoas. Tais bolinhas nem sempre eram cheirosas. O entrudo era considerado ainda uma prática violenta e ofensiva, em razão dos ataques às pessoas, mas era bastante popular.
Isso pode explicar o fato de as famílias mais abastadas não comemorarem com os escravos, ficando em suas casas. Porém, nesse espaço, havia brincadeiras, e as jovens moças das famílias de reputação ficavam nas janelas jogando águas nos transeuntes. Por volta de meados do século XIX, no Rio de Janeiro, a prática do entrudo passou a ser criminalizada, principalmente após uma campanha contra a manifestação popular veiculada pela imprensa. Enquanto o entrudo era reprimido nas ruas, a elite do Império criava os bailes de carnaval em clubes e teatros. No entrudo, não havia músicas, ao contrário dos bailes da capital imperial, onde eram tocadas principalmente as polcas.
A elite do Rio de Janeiro criaria ainda as sociedades, cuja primeira foi o Congresso das Sumidades Carnavalescas, que passou a desfilar nas ruas da cidade. Enquanto o entrudo era reprimido, a alta sociedade imperial tentava tomar as ruas.
Cordões, ranchos e marchinhas.
Todavia, as camadas populares não desistiram de suas práticas carnavalescas. No final do século XIX, buscando adaptarem-se às tentativas de disciplinamento policial, foram criados os cordões e ranchos. Os primeiros incluíam a utilização da estética das procissões religiosas com manifestações populares, como a capoeira e os zé-pereiras, tocadores de grandes bumbos. Os ranchos eram cortejos praticados principalmente pelas pessoas de origem rural.
As marchinhas de carnaval surgiram também no século XIX, e o nome originário mais conhecido é o de Chiquinha Gonzaga, bem como sua música O Abre-alas. O samba somente surgiria por volta da década de 1910, com a música Pelo Telefone, de Donga e Mauro de Almeida, tornando-se ao longo do tempo o legítimo representante musical do carnaval.
Afoxés, frevo e corsos
Na Bahia, os primeiros afoxés surgiram na virada do século XIX para o XX com o objetivo de relembrar as tradições culturais africanas. Os primeiros afoxés foram o Embaixada Africana e os Pândegos da África. Por volta do mesmo período, o frevo passou a ser praticado no Recife, e o maracatu ganhou as ruas de Olinda.
Ao longo do século XX, o carnaval popularizou-se ainda mais no Brasil e conheceu uma diversidade de formas de realização, tanto entre a classe dominante como entre as classes populares. Por volta da década de 1910, os corsos surgiram, com os carros conversíveis da elite carioca desfilando pela avenida Central, atual avenida Rio Branco. Tal prática durou até por volta da década de 1930.
Escolas de samba e Trio elétrico
Entre as classes populares, surgiram as escolas de samba na década de 1920. As primeiras escolas teriam sido a Deixa Falar, que daria origem à escola Estácio de Sá, e a Vai como Pode, futura Portela. As escolas de samba eram o desenvolvimento dos cordões e ranchos. A primeira disputa entre as escolas ocorreu em 1929.
As marchinhas conviveram em notoriedade com o samba a partir da década de 1930. Uma das mais famosas marchinhas foi Os cabelos da mulata, de Lamartine Babo e os Irmãos Valença. Essa década ficou conhecida como a era das marchinhas. Os desfiles das escolas de samba desenvolveram-se e foram obrigados a se enquadrar nas diretrizes do autoritarismo da Era Vargas. Os alvarás de funcionamento das escolas apareceram nessa década.
Em 1950, na cidade de Salvador, o trio elétrico surgiu após Dodô e Osmar utilizarem um antigo caminhão para colocar em sua caçamba instrumentos musicais por eles tocados e amplificados por alto-falante, desfilando pelas ruas da cidade. Eles fizeram um enorme sucesso. Todavia, o nome “trio elétrico” somente foi utilizado um ano depois, quando Temistócles Aragão foi convidado pelos dois.
O trio elétrico conheceria transformação em 1979, quando Morais Moreira adicionou o batuque dos afoxés à composição. Novo sucesso foi dado aos trios elétricos, que passaram a ser adotados em várias partes do Brasil.

domingo, 26 de fevereiro de 2017

POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES

José era um homem que vivia nas ruas. Todos os dias ele entrava na igreja, ficava uns dois minutos e saía.
O Padre, estranhando a sua atitude, foi até ele e perguntou:
- José, porque você entra na igreja, fica apenas alguns minutos e sai ?
José respondeu:
- Ah, Padre, é que eu não sei fazer orações. Então, chego aqui e digo “- Oi, Jesus, aqui é o Zé” , e depois vou embora.
O Padre criticou a sua atitude, falando que não era assim que se orava.
Passado algum tempo, o Padre estranhou, pois, o Zé nunca mais tinha aparecido na igreja. Curioso e preocupado, mandou verificar o que tinha acontecido. Então, descobriu que Zé havia sido atropelado.
Não tinha sido nada grave, mas ele precisava permanecer no hospital. E não é que o Zé mudou o rumo do hospital, levando alegria e o amor às outras pessoas? Os médicos e enfermeiros se espantaram com a mudança que ele provocou no local, até que uma enfermeira chegou e perguntou:
- Zé, você é uma pessoa que está sempre sorrindo e contagiando os outros pacientes com a sua alegria. Explica-me o porquê de tua alegria...
- Ah, eu fico assim pela visita que recebo todos os dias...
A enfermeira se espantou, pois a cadeira ao lado do leito do Zé estava sempre vazia. Então, ela pergunta:
- Mas, Zé, quem vem te visitar, pois a sua cadeira está sempre vazia?
Aí, Zé respondeu:
- Ele chega, senta, sorri e diz: “- Oi, Zé, aqui é JESUS”...
PENSE NISSO! 

sábado, 25 de fevereiro de 2017

O PODEROSO CHEFÃO

POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES

Uma Empresa entendeu que estava no momento de mudar o estilo de gestão e contratou um novo gerente geral.
Este veio determinado a agitar nas bases e tornar a Empresa mais produtiva.
No primeiro dia, acompanhado dos dois principais assessores, fez uma inspeção à toda empresa.
No armazém, todos estavam trabalhando, mas um rapaz novo estava encostado na parede com as mãos no bolso. Vendo uma boa oportunidade de demonstrar sua filosofia de trabalho, o gerente perguntou ao rapaz:
- Quanto que você ganha por mês?
- Trezentos reais, por quê?
Respondeu o rapaz sem saber o que se tratava.
O administrador tirou R$. 300,00 do bolso e deu ao rapaz, dizendo:
- Aqui está o seu salário do mês. Agora desapareça e não volte nunca mais!
O rapaz guardou o dinheiro e saiu conforme as ordens recebidas.
O gerente então, enchendo o peito, pergunta a um grupo de operários:
- Algum de vocês sabe o que este tipo fazia aqui?
- Sim senhor - responderam atônitos os operários - ele veio entregar as pizzas...
MORAL DA HISTÓRIA
Existem pessoas que desejam tanto mandar, que se esquecem de pensar.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

AS MELHORES SEMENTES

POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES

Um empresário agricultor, de pouco estudo, participava todos os anos da principal feira de agricultura da sua cidade. O que acontecia de mais extraordinário é que ele sempre ganhava, ano após ano, o troféu "Milho do ano".
Entrava com seu milho na feira e saía com a faixa azul recobrindo seu peito. O seu milho era cada vez melhor.
Em uma ocasião dessas, um repórter do jornal abordou o empresário após tradicional colocação da faixa de campeão!
Ele ficara muito intrigado com a revelação do empresário de como ele costumava cultivar seu qualificado e valioso produto.
O repórter descobriu que o fazendeiro compartilhava boa parte das melhores sementes da sua plantação de milho com os seus vizinhos.
- Como pode o senhor compartilhar suas melhores sementes com seus vizinhos, quando eles estão competindo diretamente com o senhor?
O fazendeiro respondeu:
 - Você não sabe? É simples: o vento apanha o pólen do milho maduro e o leva de campo para campo. Se meus vizinhos cultivarem milho inferior ao meu, a polinização degradará continuamente a qualidade do meu milho. Se eu quiser cultivar milho bom, eu tenho que ajudá-los a cultivar o melhor milho, cedendo a eles as melhores sementes.
Moral de História:
Aqueles que escolhem estar em paz devem fazer com que seus vizinhos estejam em paz. Aqueles que querem viver bem têm de ajudar os outros para que vivam bem. Aqueles que querem ser felizes têm de ajudar os outros a encontrar a felicidade, pois o bem-estar de cada um está ligado ao bem-estar de todos. Você já parou pra pensar que todos nós somos importantes uns para os outros e que para vivermos bem nós dependemos uns dos outros? Espero que você também consiga ajudar seus vizinhos a cultivar cada vez mais as melhores sementes, os melhores milhos e as melhores amizades.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

O BEM E O MAL

POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES 

Ao conceber pintura da “Santa Ceia”, Leonardo da Vinci deparou-se com uma grande dificuldade: Precisava pintar o bem, na imagem de Jesus, e o mal, na figura de Judas - o apóstolo que resolveu trai-lo durante o jantar. 
Por este motivo, interrompeu o seu trabalho, até que conseguisse encontrar os modelos ideais.
Certo dia, enquanto assistia a um coral, viu, em um dos rapazes, a imagem perfeita de Cristo. Convidou-o para o seu ateliê, onde reproduziu seus traços em estudos e esboços. 
Passaram-se três anos... 
A “Santa Ceia” estava quase pronta, mas Da Vinci ainda não havia encontrado o modelo ideal de Judas. O cardeal, responsável pela igreja, começou a pressioná-lo, exigindo que terminasse logo o mural. 
Depois de muitos dias procurando, o pintor finalmente encontrou um jovem prematuramente envelhecido, bêbado, esfarrapado, atirado na sarjeta.  Imediatamente, pediu aos seus assistentes que o levassem até a igreja. Da Vinci copiava as linhas da impiedade, do pecado, do egoísmo, tão bem delineadas na face do mendigo, que mal conseguia parar em pé. Quando terminou, o jovem - já um pouco refeito da bebedeira - abriu os olhos e notou a pintura à sua frente, e disse, numa mistura de espanto e tristeza:
- Eu já vi esse quadro antes! 
- Quando? - perguntou surpreso, Da Vinci.
- Há três anos, antes de eu perder tudo o que tinha, numa época em que eu cantava num coro, tinha uma vida cheia de sonhos e um artista me convidou para posar como modelo para a face de Jesus...
MORAL DA HISTÓRIA:
O bem e o mal tem a mesma face; tudo depende apenas da época em que cruzam o caminho de cada ser humano.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

ANÚNCIO EM UM JORNAL CEARENSE

POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES
 
HOMEM DESCASADO PROCURA
Homem de 40 anos, que só gosta de mulher, após casamento de sete anos mal sucedido afetivamente, vem, através deste anúncio, procurar mulher que só goste de homem, para compromisso duradouro, desde que preencha os seguintes requisitos: 
Tenha idade entre 28 e 40 anos, não descartando, evidentemente, aquelas de idade abaixo do limite inferior, mas descartando de imediato aquelas acima do limite superior. Deve ter um grau razoável de escolaridade, para que não diga, na frente de estranhos "menos vezes", "quando eu si casar", "pobrema no úter", "eu já si operei de apênis", "é de grátis", "vamo de a pé", "adoro tar com você" e outras pérolas gramaticais. Os olhos podem ter qualquer cor, desde que sejam da mesma, e olhem para uma mesma direção. Os dentes, além de extremamente brancos, todos os 32, devem permanecer na boca ao deitar e nunca dormirem mergulhados num copo d'água. Os seios devem ser firmes, do tamanho de um mamão papaia, cujos mamilos olhem sempre para o céu - quando muito, para o purgatório, nunca para o inferno - e devem ter consistência de modo que não escapem pelos dedos, como massa de pão. Por motivos óbvios, a boca e os lábios - não confundí-los com "beiço" - devem ter consistência macia. A barriga, se existir, deve ser muito pequena e discreta, e não um ponto de referência. É obrigatório que ela seja sexualmente normal, isto é, que tenha orgasmos, se múltiplos melhor, mas, mesmo que eventuais, quando acontecerem, ela gema um pouco e pisque os olhos, para que me sinta sexualmente interessante. Independentemente da minha experiência, exijo que durante o ato sexual ela não boceje, não ria, não fique vendo as horas no rádio relógio e não durma ou cochile. Exijo ainda que não tenha feito nenhuma sessão de análise, o que poderia camuflar, por algum tempo, uma eventual esquizofrenia.
A interessada deverá ter um carro que ande, nem que seja uma Brasília; que tenha dinheiro para o táxi uma vez que, pela própria idade, não tenho mais paciência para levar namorada de madrugada para casa.
A interessada deve enviar cartas com foto recente, de corpo inteiro, frente e costas, para a redação deste jornal, para o codinome: “Cachorro mordido de cobra tem medo até de barbante".
RESPOSTA DE UMA PRETENDENTE
Prezado "Homem descasado",
Li seu anúncio no jornal e manifesto meu interesse em manter um compromisso duradouro com o senhor, desde que, é claro, o senhor também preencha "outros certos requisitos" que considero básicos!
Vale lembrar que tais exigências se baseiam em conclusões tiradas acerca do comportamento masculino, em diversas relações frustradas, que só não deixaram marcas profundas em minha personalidade, porque, graças a Deus, fiz anos de terapia, o que, infelizmente, contraria uma de suas exigências!
Quanto à idade, convém ressaltar que espero que o senhor tenha a maturidade dos 40 anos e o vigor dos 28! Espero que o seu grau de escolaridade supere a cultura que porventura tenha adquirido assistindo aos programas do "Show do Milhão"! Os seus olhos podem ser de qualquer cor, desde que vejam algo além de jogos de futebol e revistas de mulher pelada! Os seus dentes devem sempre sorrir, mesmo quando lhe for solicitado que lave a louça ou arrume a cama. Não é necessário que seus músculos tenham sido esculpidos pelo halterofilismo, mas que seus braços sejam fortes o suficiente para carregar as compras. Quanto à boca, por motivos também óbvios, além de cumprir com eficiência as funções a que se destinam as bocas no relacionamento de um casal, devem servir, inclusive, para pronunciar palavras doces e gentis e não somente “pega mais uma cerveja aí, mulher!". A barriga, que é quase certo que o senhor a tenha, é tolerável, desde que não lhe atrapalhe para recolher as cuecas e meias, que jamais deverão ficar no chão. Quanto ao desempenho sexual, espero que o senhor corresponda, ao menos polidamente, à "performance" daquilo que o senhor "diz que faz" aos seus amigos e que, para a consumação do mesmo, não seja necessário levar para a cama livros do tipo "Manual do corpo humano" ou "Mulher, esse ser estranho". No que diz respeito ao item alimentação, cumpre ao senhor está sempre atualizado com a lista dos melhores e mais caros restaurantes, ser um bom conhecedor de vinhos e de toda espécie de iguarias, além de, evidentemente, pagar as contas.
Com relação ao carro, saiba que serão desnecessários os trajetos para a minha residência, durante as madrugadas, uma vez que, havendo correspondência nas exigências que por ora faço, pretendo mudar-me de mala e cuia para a sua casa, meu amor!
Ass.: "A Cobra"

sábado, 18 de fevereiro de 2017

A LAVANDERIA

POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES

Devido à inocência de Tarzan, que viveu sozinho na selva durante muito tempo, Jane, “que estava matando cachorro à grito”, lhe dava aulas sobre sexualidade. Explicava-lhe tudo, como se fosse a uma criança:
- Olha, Tarzan, isso que você tem aí, entre as suas pernas, pendurado, é uma roupa suja e isso que tenho aqui, entre as minhas pernas, é a máquina de lavar. 
Maliciosamente, ela concluiu:
- Agora, você sabe o que você tem que fazer, hein? Pegar a sua roupa, colocar aqui na minha lavadora e lavá-la.
Assim, nas 15 noites seguintes, Tarzan “lavou a sua roupa” sem parar, deixando Jane bastante exausta. 
Não aguentando mais tanta “lavagem de roupa”, ela procura Tarzan e aconselha:
- Escuta, Tarzan, as lavagens de roupa não podem ser tão frequentes porque a máquina de lavar pode quebrar ou então a sua roupa pode ficar estragada. 
E arremata:
- Você deve esperar mais uns dois ou três dias para poder lavar a roupa novamente...
Ao ouvir isso, Tarzan ficou tão decepcionado que ficou um mês sem “colocar a roupa para lavar”. 
Preocupada com a “falta de roupa suja”, Jane foi falar com o cara, para saber o que estava acontecendo:
- Tarzan, meu amor, o que está acontecendo? Já faz mais de um mês que você não lava a sua roupa na minha lavadora...
Então, Tarzan, inocentemente, respondeu:
- Tarzan aprendeu a lavar na mão!

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

O MÉDICO DOS MÉDICOS

POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES

Maravilhosa Mensagem de Fé, lida pelo Orador da Turma, durante uma Formatura de Medicina.
Boa noite a todos.
Hoje, estou aqui para prestar uma homenagem ao primeiro, maior e melhor médico da história da humanidade!
DEUS é esse médico, O Médico dos Médicos, e o mais excelente conhecedor do corpo humano. Todas as células e tecidos, órgãos e sistemas, foram arquitetados por Ele, e Ele entende e conhece a sua criação melhor do que todos.
- Que médico mais excelente poderia existir?
· Deus é o primeiro Cirurgião da história. A primeira operação? Uma Toracoplastia, quando Deus retirou uma das costelas de Adão e dela formou a mulher.
· Ele também é o primeiro Anestesista, porque antes de retirar aquela costela fez um profundo sono cair sobre o homem.
· Deus é o melhor Obstetra especialista em fertilização que já existiu, pois concedeu filhos a Sara, uma mulher que, além de estéril, já estava na menopausa, havia muito tempo!
· Jesus, o filho de Deus, que com Ele é um só, é o primeiro Pediatra da história, pois disse “Deixem vir a mim as crianças, porque delas é o Reino de Deus".
· Ele também é o maior Reumatologista, pois curou um homem que tinha uma mão ressequida, ou, tecnicamente, uma Osteoartrite das Articulações Interfalangeanas.
· Jesus é o primeiro Oftalmologista: relatou em Jerusalém, o primeiro caso de cura em dois cegos de nascença.
· Ele também é o primeiro Emergencista a realizar, literalmente, uma Ressuscitação Cardiopulmonar bem-sucedida, quando usou, como desfibrilador, as suas palavras, ao dizer: “Lázaro, vem para fora”, e, pelo poder delas, ressuscitou seu amigo que já havia falecido há 4 dias.
· Ele é o melhor Otorrinolaringologista, pois devolveu a audição a um surdo. Seu tratamento? O poder do Seu Amor.
· Jesus também é o maior Psiquiatra da história: há mais de 2 mil anos curou um jovem com graves distúrbios do pensamento e do comportamento!
· Deus também é o melhor Ortopedista que já existiu, pois juntou um monte de ossos secos em novas articulações e deles fez um grande exército de homens. Sem contar quando ele disse a um homem coxo “Levanta, toma a tua maca e anda!” e o homem andou! E foi o Tratamento Ortopédico de quadril mais efetivo já relatado na história!
· A primeira evidência científica sobre a Hanseníase está na Bíblia! E Jesus é o Dermatologista mais sábio da história, pois curou instantaneamente 10 homens que sofriam desta doença.
· Ele também é o primeiro Hematologista, pois, com apenas um toque, curou a Coagulopatia de uma mulher que sofria de hemorragia havia mais de 12 anos e que tinha gastado todo o seu dinheiro com outros médicos, em tratamentos sem sucesso.
· Jesus é ainda, o maior Doador de Sangue do mundo Seu tipo sanguíneo? O "Negativo", ou, "Doador Universal", pois nesta transfusão, Ele, ofereceu o seu próprio sangue, o sangue de um homem sem pecado algum, por todas as pessoas que tinham sobre si a condenação de seus erros. E assim, através da sua morte na cruz e de sua ressurreição, deu a todos os que O recebem, o poder de se tornarem filhos de Deus! E para ter este grande presente, que é a salvação, não é necessário fazer nada, apenas crer e receber!
O bom médico é aquele que dá a sua vida pelos seus pacientes e Ele fez isso por nós! Ele é um médico que não cobra pelos Seus serviços porque o presente gratuito de Deus é a vida eterna! No seu consultório não há filas, não é necessário marcar consulta e nem esperar para ser atendido. Pelo contrário, Ele já está à porta e bate, e aquele que abrir o seu coração para Ele, Ele entrará e fará uma grande festa! Não é necessário ter plano de saúde ou convênio, basta você querer e pedir! O tratamento que ele oferece é mais do que a cura de uma doença física, é uma vida de paz e alegria aqui na terra e mais uma eternidade inteira ao seu lado no céu!
O médico dos médicos está convidando você hoje para se tornar um paciente dele, e receber esta salvação e constatar que o tratamento que Ele oferece é exatamente o que você precisa para viver!
Ele é o único Caminho, a Verdade e a Vida; ninguém pode ir até Deus senão por Ele.
Seu nome é JESUS.
A este Médico, o nosso aplauso e a nossa sincera gratidão!

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

DE REPENTE 60 (OU 2 X 30)

Texto de Regina de Castro Pompeu

Ao completar sessenta anos, lembrei do filme "De repente 30", em que a adolescente, em seu aniversário, ansiosa por chegar logo à idade adulta, formula um desejo e se vê repentinamente com trinta anos, sem saber o que aconteceu nesse intervalo. Meu sentimento é semelhante ao dela: perplexidade. Pergunto a mim mesma “onde foram parar todos esses anos?”. Ainda sou aquela menina assustada que entrou pela primeira vez na escola, aquela filha desesperada pela perda precoce da mãe; ainda sou aquela professorinha ingênua que enfrentou sua primeira turma, aquela virgem sonhadora que entrou na igreja, vestida de branco, para um casamento que durou tão pouco! Ainda sou aquela mãe aflita com a primeira febre do filho que hoje tem mais de trinta anos. Acho que é por isso que engordei, para caber tanta gente, é preciso espaço!
Passei batido pela tal crise dos trinta, pois estava ocupada demais lutando pela sobrevivência.
Os quarenta foram festejados com um baile, enquanto eu ansiava pela aposentadoria na carreira do magistério, que aconteceu quatro anos depois.
Os cinquenta me encontraram construindo uma nova vida, numa nova cidade, num novo posto de trabalho.
Agora, aos sessenta, me pergunto onde está a velhinha que eu esperava ser nesta idade e onde se escondeu a jovem que me olhava do espelho todas as manhãs. Tive o privilégio de viver uma época de profundas e rápidas transformações em todas as áreas: de Elvis Presley e Sinatra a Michael Jackson, de Beatles e Rolling Stones a Madonna, de Chico e Caetano a Cazuza e Ana Carolina; dos anos de chumbo da ditadura militar às passeatas pelas diretas e impeachment do presidente a um novo país misto de decepções e esperanças; da invenção da pílula e liberação sexual ao bebê de proveta e o pesadelo da AIDS. Testemunhei a conquista dos cinco títulos mundiais do futebol brasileiro (e alguns vexames históricos). Nasci no ano em que a televisão chegou ao Brasil, mas minha família só conseguiu comprar um aparelho usado dez anos depois e, por meio de suas transmissões, vi a chegada do homem à lua, a queda do muro de Berlim e algumas guerras modernas. Passei por três reformas ortográficas e tive de aprender a nova linguagem do computador e da internet. Aprendi tanto que foi por meio desta que conheci, aos cinquenta e dois anos, meu companheiro, com quem tenho, desde então, compartilhado as aventuras do viver.
Não me sinto diferente do que era há alguns anos, continuo tendo sonhos, projetos, faço minhas caminhadas matinais com meu cachorro Kaká, pratico ioga, me alimento e durmo bem (apesar das constantes visitas noturnas ao banheiro), gosto de cinema, música, leio muito, viajo para os lugares que um dia sonhei conhecer. Por dois anos não exerci qualquer atividade profissional, mas voltei a orientar trabalhos acadêmicos e a ministrar algumas disciplinas em turmas de pós-graduação, o que me fez rejuvenescer em contato com os alunos, que têm se beneficiado de minha experiência e com quem tenho aprendido muito mais que ensinado.
Só agora comecei a precisar de óculos para perto (para longe eu uso há muitos anos) e não tinjo os cabelos, pois os brancos são tão poucos que nem se percebe (privilégio que herdei de meu pai, que só começou a ficar grisalho após os setenta anos). Há marcas do tempo, claro, e não somente rugas e os quilos a mais, mas também cicatrizes, testemunhas de algumas aprendizagens: a do apêndice me traz recordações do aniversário de nove anos passado no hospital; a da cesárea marca minha iniciação como mãe e a mais recente, do câncer de mama (felizmente curado), me lembra diariamente que a vida nos traz surpresas nem sempre agradáveis e que não tenho tempo a perder.
A capacidade de fazer várias coisas ao mesmo tempo diminuiu, lembro de coisas que aconteceram há mais de cinquenta anos e esqueço as panelas no fogo. Aliás, a memória (ou sua falta) merece um capítulo à parte: constantemente procuro determinada palavra ou quero lembrar o nome de alguém e começa a brincadeira de esconde-esconde. Tento fórmulas mnemônicas, recito o alfabeto mentalmente e nada! De repente, quando a conversa já mudou de rumo ou o interlocutor já se foi, eis que surge o nome ou palavra, como que zombando de mim... Mas, do que é que eu estava falando mesmo? Ah, sim, dos meus sessenta. Claro que existem vantagens: pagar meia-entrada (idosos, crianças e estudantes têm essa prerrogativa, talvez porque não são considerados pessoas inteiras), atendimento prioritário em filas exclusivas, sentar sem culpa nos bancos reservados do metrô e a TPM passou a significar "Tranquilidade Pós-Menopausa".
Certamente o saldo é positivo, com muitas dúvidas e apenas uma certeza: tenho mais passado que futuro e vivo o presente intensamente, em minha nova condição de mulher muito sex...agenária!

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

O CAMPO FÉRTIL

POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES

Um mestre encarregou um dos seus discípulos para cuidar do campo de arroz.
No primeiro ano, o discípulo vigiava, para que nunca faltasse a água necessária. O arroz cresceu forte e a colheita foi boa.
No segundo ano, ele teve a ideia de acrescentar um pouco de fertilizante. O arroz cresceu rápido e a colheita foi maior do que a colheita do ano anterior.
No terceiro ano, ele colocou mais fertilizante. A colheita foi maior ainda, mas o arroz nasceu pequeno e sem brilho.
Então, o mestre o advertiu, dando-lhe uma lição:
- Se continuares aumentando a quantidade de adubo, não terás nada de valor no ano que vem.
MORAL DA HISTÓRIA
Você fortalece alguém quando ajuda um pouco, mas você o enfraquece, e pode até estragá-lo, se o ajudar em demasia. 

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

A FÁBULA DO PORCO ESPINHO

POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES

Durante a era glacial, muitos animais morriam por causa do frio.
Os porcos-espinhos, percebendo a situação, resolveram se juntar em grupos. Assim se agasalhavam e se protegiam mutuamente.
Mas, os espinhos de cada um feriam os companheiros mais próximos, justamente os que ofereciam maior calor.
Por isso decidiram afastar-se uns dos outros e voltaram a morrer congelados.
Então precisavam fazer uma escolha: ou desapareceriam da Terra ou aceitavam os espinhos dos companheiros.
Com sabedoria, decidiram voltar a ficar juntos. Aprenderam assim a conviver com as pequenas feridas que a relação com uma pessoa muito próxima podia causar, já que o mais importante era o calor do outro. E assim sobreviveram!
Moral da História: 
O melhor relacionamento não é aquele que une pessoas perfeitas, mas aquele onde cada um aprende a conviver com os defeitos do outro e consegue admirar suas qualidades.

domingo, 12 de fevereiro de 2017

PSICOLOGIA DE POLÍCIA E BANDIDO

Texto de Sérgio Oliveira

Na greve da PM no Espírito Santo, cidadãos comuns foram vistos realizando saques em lojas e supermercados. A ausência da polícia revela uma realidade assustadora: o caos ético e moral que se encontra o nosso país.
Quando a polícia se torna a regra de conduta das pessoas, o instrumento de controle que as impede de cometer crimes, percebe-se a falta de consciência ética e moral. Retirada a polícia, vem à tona o desejo latente de um povo corrupto. Idiotice pensar que só políticos são desonestos, tendo oportunidade, muitos se tornam criminosos.
A conclusão é a seguinte:
Se precisamos de polícia para sermos honestos, somos uma sociedade de bandidos soltos!