sábado, 29 de abril de 2017

FILHOS DE PROVETA

POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES

O IBGE estava realizando o Censo Brasileiro e um entrevistador chegou à casa de um casal de japoneses no bairro Agronomia, num pequeno sítio pertinho da Bento, bem antes de Viamão.
- Boa tarde. Eu sou do IBGE e estou trabalhando no Censo do Brasil. O senhor poderia me responder algumas perguntas, por favor? Precisamos de uns 5 minutos, nada mais que isso!
- Sim, sim. Pode fazê pergunta, que japonês responde…
- Qual o seu nome e a sua idade, por favor...
- Makoto Harada, 35 anos, né!?
- Qual o nome e a idade de sua esposa?
- Esposa? Ayako Harada, 25 anos, né!?
- E o casal, tem filhos?
- Japonês tem dois filhos, né? - respondeu o seu Makoto apontando para duas crianças pequenas que estavam ao seu lado junto à porta.
O entrevistador, no entanto, notou que as duas crianças não tinham feições de origem japonesa. Na verdade, uma das crianças era de cor negra e a outra tinha feições claramente de descendência alemã e por isso perguntou:
- São filhos adotivos, seu Makoto?
- Não, não! Filhos legítimos de japonês, legítimos, né?
- Legítimos?! Mas como assim, seu Makoto?! O senhor é japonês, sua esposa é japonesa, e as duas crianças não possuem feições orientais como vocês dois... - argumentou o intrigado entrevistador.
- É filho de proveta, né? De proveta... - respondeu o japonês já um pouco incomodado com o questionamento do recenseador.
- Puxa, que interessante seu Makoto! Mas isso foi lá no Japão? Como foi isso? -perguntou o recenseador, curioso.
- No, no… Aqui no Brasil, mesmo; aqui em Portalegre mesmo - disse seu Makoto, constrangido.
- No Brasil? Em Porto Alegre? - comentou o agora perplexo entrevistador.
E então o japonês esclareceu:
– Sim, sim. É que japonês sai pra viajá, e aí vem Negão e “proveta” com mulher de japonês, né? Japonês sai viajá e aí vem alemão e “proveta”, né?

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