segunda-feira, 30 de outubro de 2017

EU SOU...

POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES
 
Eu sou os livros que leio, os lugares que conheço, as pessoas que amo.
Eu sou a oração que faço, as cartas que recebo, os sonhos que tenho.
Eu sou as decepções que passei, as pessoas que perdi, as dificuldades que superei.
Sou as coisas que descobri, as lições que aprendi, os amigos que encontrei.
Sou aquilo que pensei, que deixei e aquilo que escolhi.
Sou cada sorriso que abri, cada mentira que sofri.
Sou as cores do arco-íris, o orvalho, a brisa, a chuva, a cascata, a correnteza, a maré.
Sou os pedaços que de mim levaram, os pedaços daqueles que ficaram, as memórias que me roubaram.
Sou cada promessa cumprida, cada calúnia sofrida, a indiferença não merecida.
Sou os abraços que espalhei... Os falsos beijos que não recusei... O sentimento puro que não ousei.
Sou as lembranças que tenho, as mudanças que estão por vir.
Sou a infância que esqueci, a fé que mal cabe em mim, o destino que ainda não vivi.

domingo, 29 de outubro de 2017

O HOMEM DOS BICHOS

POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES
Um homem vivia reclamando que a sua vida era um inferno.
Um dia, ele resolveu procurar o sábio da aldeia para achar uma solução para o seu grande problema. Assim que chegou à casa do Mestre, ele explicou que não aguentava mais a gritaria dos seus filhos, as reclamações da sua sogra e as constantes brigas com a sua mulher e, por isso, nunca tinha o mínimo sossego.
O sábio lhe perguntou:
- Você tem animais em casa?
- Tenho galinhas, cabras e porcos. Por quê?
- Então, ponha as galinhas dentro de casa...
O homem obedeceu...
Depois de um mês, voltou ao sábio, reclamando que, em vez de melhorar, piorou. Agora havia também o cacarejar das galinhas, centenas de penas, cocô e ovos por todos os lados... Dessa vez, o sábio falou:
- Agora, coloque as cabras dentro de casa.
O homem não entendeu, mas obedeceu...
Duas semanas após, procurou novamente o sábio, dizendo que tinha ficado pior ainda, pois agora tinha também o berro das cabras, o mau cheiro e as suas fezes pela casa toda. Agora, aconselhou o sábio:
- Você deve colocar também os porcos dentro da sua casa.
Intrigado com a sugestão, mesmo assim o homem pôs os porcos dentro de casa.
Dois dias depois voltou desesperado ao sábio, dizendo que a casa dele tinha ficado insuportável, que, se fosse continuar assim, era melhor morrer. O sábio retrucou:
- Mas antes já não era insuportável?
- Ah, mestre, comparado com o que a minha casa é hoje, antes de ter os animais, era um verdadeiro paraíso!
Aí, o sábio falou:
- Então ficou fácil: tire todos os animais de dentro da sua casa!
PENSE NISSO!

O ABORTO

POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES

Certo dia, uma jovem mãe, entrou em um consultório médico, carregando nos braços um bebê, de mais ou menos 2 anos de idade...
Assim que sentou na frente do médico, começou a lamuriar-se:
- Doutor, o senhor precisa me ajudar num problema muito sério. Este meu bebê ainda não completou um ano e estou grávida de novo! Não quero filhos nem tão cedo!
Então, o médico pergunta:
- Muito bem, e o que a senhora quer que eu faça?
A mulher, já esperançosa, respondeu:
- Desejo interromper esta gravidez e quero contar com sua ajuda.
O médico pensou alguns minutos e disse para a mulher:
- Acho que tenho uma melhor opção para solucionar o problema e é menos perigoso para a senhora.
A mulher sorria, certa que o médico aceitara o seu pedido, quando o ouviu dizer:
- Veja bem, minha senhora, para não ficar com dois bebês em tão curto espaço de tempo, vamos matar este que está em seus braços. Assim, o outro poderá nascer... Se o caso é matar, não há diferença, para mim, entre um e outro. Até porque, sacrificar o que a senhora tem nos braços, é mais fácil e a senhora não corre nenhum risco.
 A mulher ficou revoltada e gritou:
 - Não, doutor! Que horror! Matar uma criança é crime; é infanticídio!
E você, acha que existe diferença entre matar uma criança ainda por nascer (mas que já vive no seio materno) e uma já crescida?
O crime é exatamente o mesmo e o pecado, diante de Deus, é exatamente o mesmo.
PENSE NISSO, CASO UM DIA VOCÊ DESEJAR ABORTAR!

sábado, 28 de outubro de 2017

AMOR GRAMATICAL

POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES

O texto  é de autoria incerta, como boa parte daquilo que circula pela Internet. Além de criativo e de bom humor, poderá servir de gancho para uma revisão nos seus conhecimentos da Língua Portuguesa.
Era a terceira vez que aquele substantivo e aquele artigo se encontravam no elevador. Um substantivo masculino, com um aspecto plural, alguns anos bem vividos pelas preposições da vida; o artigo era bem definido, feminino singular. Era ainda novinha, mas com um maravilhoso predicado nominal, ingênua, silábica, um pouco átona, até ao contrário dele: um sujeito oculto, com todos os vícios de linguagem, fanático por leituras e filmes ortográficos.
O substantivo gostou da trama...
Os dois sozinhos num lugar sem ninguém ver e ouvir. E, sem perder a oportunidade, começou a insinuar-se, a conversar, a mesoclisar-se com falas melífluas. O artigo feminino deixou as reticências de lado, e permitiu-se encantar com a eufonia discursiva do aposto.
De repente, o elevador para, só com os dois lá dentro: "ótimo" - pensou o substantivo - "um bom lapso para provocar alguns sinônimos".
Pouco tempo depois, já estavam bem entre parênteses, quando o elevador recomeça a movimentar-se. Só que, em vez de descer, sobe e pára justamente no andar do substantivo.
Ele usou de toda a sua flexão verbal e entrou com ela em seu ordinal depois do terceiro, e então quedou-se sem proferir nenhum apotegma. Ligou o fonema e ficaram alguns instantes em elipse, ouvindo uma fonética clássica, tônica e rítmica.
Prepararam uma sintaxe dupla para ele e uma sílaba com gelo para ela. Ficaram conversando, sentados num vocativo, quando ele começou outra vez a se tornar sinclítico. Ela foi deixando, ele usando todo o seu repertório de declinações verbais, e, rapidamente chegaram a um imperativo: todas as coordenadas assindéticas diziam que iriam terminar numa relação transitiva direta.
Começaram a se aproximar, tocando o vocabulário. Ele sentiu de imediato seu ditongo crescente. E ela ja experimentava a umidade sintática e intumescência enclítica. Abraçaram-se em síncope: numa pontuação tão minúscula que nem um período simples passaria entre ambos.
Estavam nessa ênclise quando ela confessou que ainda era vírgula. Ele não exclamou-se nem perdeu o ritmo: sugeriu uma ou outra soletrada, inclusive, se fosse o caso, colocando o apóstrofo.
É claro que ela se deixou levar por essa retórica. Estava totalmente oxítona às metáforas dele. O resultado morfológico é que foram para o comum de dois gêneros. Ela totalmente voz passiva, ele voz ativa.
Entre beijos, carícias, parônimos e interjeições quase afônicas, ele foi avançando cada vez mais. Ficaram uns hiatos nessa próclise, e ele, com todo o seu predicativo do objeto, oscilava entre o parnasiano e o gongórico.
Estavam na posição de primeira e segunda pessoas do singular. Ela, eufêmica, simulava um perfeito agente da passiva. Ele, todo paroxítono, sentindo o pronome do seu grande travessão forçando aquele hífen ainda singular, quase perdia o fôlego na sintaxe e já não sabia mais a semântica das coisas.
Nisso, a porta abriu repentinamente. Era o verbo auxiliar do edifício. Ele tinha percebido tudo, e entrou dando conjunções, adjetivos e locuções nos dois, que se encolheram gerundialmente, sem crases e definitivamente apócrifos.
Mas, ao ver os cacófatos da jovem e outras figuras de linguagem iconográfica feminina, em acentuação tônica e subtônica, o verbo auxiliar diminuiu seus ablativos e declarou o seu particípio na prosopopeia.
O casal se entreolhou-se parônimo. E viu que esse desfecho talvez fosse melhor do que uma hipérbole por todo o edifício.
O verbo auxiliar se entusiasmou e foi logo mostrando o seu adjunto adnominal maiúsculo. "Que loucura, minha gente"! Aquilo não era nem comparativo: era um superlativo absoluto.
Foi se aproximando dos dois, com aquela coisa em negrito, com aquele predicativo do sujeito apontado para seus objetos. Foi chegando cada vez mais perto, comparando o ditongo do substantivo ao seu tritongo, propondo claramente uma "mesóclise-a-trois"!
E ainda impunha condições analíticas aditivas. Não bastasse querer abusar dos aparelhos fonéticos, numa regra oral que não estava escrita, queria também um transitivo direto no gerúndio do substantivo, para só depois culminar com o complemento adverbial no artigo feminino.
O substantivo, vendo que poderia se transformar num artigo indefinido depois dessa - e, sobretudo, pensando seriamente na diástase do seu infinitivo - resolveu colocar um ponto final na história: agarrou o verbo auxiliar pelo seu conectivo, jogou-o pela janela e voltou ao seu trema, cada vez mais fiel à língua portuguesa, com o artigo feminino colocado em conjunção coordenativa conclusiva.
Foi o que se deu! (por favor, não leia rápido demais).

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

O PERDÃO

POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES

Um rapaz ia muito mal na escola. Suas notas e o comportamento eram uma decepção para seus pais, que sonhavam em vê-lo formado e bem sucedido.
Um belo dia, o bom pai lhe propôs um acordo:
- Se você, meu filho, mudar o comportamento, se dedicar aos estudos e conseguir ser aprovado no vestibular de Medicina, lhe darei um carro de presente.
Por causa do carro, o rapaz mudou da água para o vinho. Passou a estudar como nunca e ter um comportamento exemplar. O pai estava feliz, mas tinha uma preocupação. Sabia que a mudança do rapaz não era fruto de uma conversa sincera, mas apenas do interesse de obter um automóvel. Isso era ruim. O rapaz seguia seus estudos e aguardava o resultado dos seus esforços. Assim, o grande dia chegou. Fora aprovado no vestibular. Como havia prometido, o pai convidou a família e os amigos para uma festa de comemoração. O rapaz abriu emocionado o pacote. Para sua surpresa, o presente era uma Bíblia. O rapaz ficou visivelmente decepcionado e nada disse.
A partir daquele dia, a distância e o silêncio separaram pai e filho. O jovem sentia-se traído e agora lutava por sua independência. Deixou a casa dos pais e foi morar no Campus Universitário. Raramente mandava notícias à família. O tempo foi passando e ele se formou, conseguiu um emprego num bom hospital e se esqueceu completamente do pai.
Todas as tentativas do pai para reatar os laços foram em vão até que um dia o velho, muito triste com a situação, não resistiu. Faleceu... No enterro, a mãe entregou ao filho a Bíblia, que tinha sido o último presente do pai.
De volta à sua casa, o rapaz que nunca perdoara o pai, quando colocou a Bíblia numa estante, notou que havia um envelope dentro dela. Ao abri-lo, encontrou uma carta e um cheque.
A carta dizia:
- Meu filho, sei o quanto você deseja ter um carro. Eu prometi e aqui está o cheque para você, escolha aquele que mais lhe agradar. No entanto, fiz questão de lhe dar um presente ainda melhor, a Bíblia sagrada. Nela aprenderás o amor de Deus e a fazer o bem, não pelo prazer da recompensa, mas pela gratidão e pelo dever de consciência.
Como é triste a vida dos que não sabem perdoar. Isto leva a erros terríveis e a um fim ainda pior. Antes que seja tarde, perdoe aquele a quem você pensa ter lhe feito mal. Talvez se olhar com cuidado, você irá ver que há também, um "cheque escondido" em todas as adversidades da vida.
Pense nisso.

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

IGUALDADE ENTRE OS SEXOS

Texto de Aloisio Guimarães

Na minha juventude, a mulher era considerada “o sexo frágil”, um título que vem perdendo a cada ano, por sua própria vontade, quando começou a exigir igualdade entre sexos.
Ontem, as mulheres andavam nas ruas de mãos dadas... Hoje, ao avistarmos duas mulheres andando desta forma, imediatamente procuramos algum traço familiar, para termos a certeza de que não se trata de “marido e mulher”!
Não muito distante, a mulher tinha o privilégio de andar do lado de dentro da calçada; de ter a porta do carro aberta, pelo homem, para ela entrar e sair do veículo; uma mulher jamais viajava em pé nos coletivos; eram comuns as serenatas, realizadas embaixo das janelas da mulher amada... Era o homem que pagava o jantar, o cinema... Em resumo, a mulher queria e era tratada como uma mulher!
Agora, vamos ao causo:
Certo dia, ainda quando era estudante de engenharia, estava num ônibus com destino à Cidade Universitária, onde faria a Prova Final de Resistência dos Materiais, do temido e odiado Prof. Arlindo Cabús. Pense num cara que ninguém gostava! Pensou? Era ele! Pois bem, apesar de ter passado a noite quase toda estudando e ter os assuntos na ponta da língua, sentado, no banco do coletivo, eu continuava lendo e estudando.
Nessa época, a única empresa que fazia a linha Centro/Cidade Universitária era a Empresa São Luiz, com a frequência "de hora em hora"! Era muito estudante para pouco ônibus e por isso eles andavam sempre cheios. Então, antes de chegar no Hospital do Açúcar, o ônibus já estava lotado, uma verdadeira lata de sardinha. As carona com os colegas ou às margem da rodovia Maceió/Recife era a solução. Assaltos eram coisas de cinema e por isso os motoristas davam carona tranquilamente!
Voltando ao causo...
Ônibus lotado, todo mundo agoniado, calor dos diabos e o Aloisio Guimarães (eu, lógico!) lá, estudando... Em determinado momento, levanto a vista e vejo, em pé, ao meu lado, uma jovem estudante de medicina, hoje médica, carregada de livros (ela estava indo para o Hospital Universitário, vizinho à Cidade Universitária). Imediatamente, parei de estudar e, como rezava os costumes da época, levantei-me e lhe ofereci o lugar.
Para minha desagradável surpresa, ela não sentou, permanecendo de pé.
Diante da situação, perguntei:
- Você não vai sentar?
Ela, educadamente, respondeu:
- Vou, estou esperando a cadeira esfriar...
Então, “educadamente”, respondi:
- Tudo bem, enquanto você espera a cadeira esfriar, eu vou sentar novamente!
Tive vontade de mandar ela para puta que pariu! Sentei e nunca mais ofereci cadeira a nenhuma mulher quer fosse nova, velha, grávida, com criança de colo...
Acho que fui o primeiro homem a aderir à igualdade entre sexos!

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

O PREÇO DE UM MILAGRE

POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES

Tess, uma garotinha, até o seu quarto, pegou um vidro de geleia que estava escondido no armário e derramou todas as moedas no chão. Contou uma por uma, com muito cuidado, três vezes. O seu total precisava estar exatamente correto. Não havia chance para erros...
Colocando as moedas de volta no vidro e tampando-o bem, saiu pela porta dos fundos em direção à farmácia Rexall, cuja placa acima da porta tinha o rosto de um índio.
Esperou com paciência o farmacêutico lhe dirigir a palavra, mas ele estava ocupado demais. A garotinha ficou arrastando os pés para chamar atenção, mas nada. Pigarreou, fazendo o som mais enojante possível, mas não adiantou nada. Por fim tirou uma moeda de 25 centavos do frasco e bateu com ela no vidro do balcão. E funcionou!
- O que você quer? - perguntou o farmacêutico irritado - Estou conversando com o meu irmão de Chicago que não vejo há anos...
- Bem, eu queria falar com o senhor sobre o meu irmão - respondeu Tess, no mesmo tom irritado - Ele está muito, muito doente mesmo, e eu quero comprar um milagre.
- Desculpe, não entendi... - disse o farmacêutico.
- O nome dele é Andrew. Tem um caroço muito ruim crescendo dentro da cabeça dele e o meu pai diz que ele precisa de um milagre. Então eu queria saber quanto custa um milagre.
- Garotinha, aqui nós não vendemos milagres. Sinto muito, mas não posso ajudá-la - explicou o farmacêutico num tom mais compreensivo.
- Eu tenho dinheiro; se não for suficiente vou buscar o resto. O senhor só precisa me dizer quanto custa.
O irmão do farmacêutico, um senhor bem aparentado, abaixou-se um pouco para perguntar à menininha de que tipo de milagre o irmão dela precisava.
- Não sei. Só sei que ele está muito doente e a minha mãe disse que ele precisa de uma operação, mas o meu pai não tem condições de pagar, então eu queria usar o meu dinheiro.
- Quanto você tem? - perguntou o senhor da cidade grande.
- Um dólar e onze cêntimos, e não tenho mais nada. Mas posso arranjar mais se for preciso - respondeu a garotinha, bem baixinho.
- Mas que coincidência! - disse o homem sorrindo - Um dólar e onze cêntimos! O preço exato de um milagre para irmãozinhos!
Pegando o dinheiro com uma das mãos e segurando com a outra a mão da menininha, ele disse:
- Mostre-me onde você mora, porque quero ver o seu irmão e conhecer os seus pais. Vamos ver se tenho o tipo de milagre que você precisa...
Aquele senhor elegante era o Dr. Carlton Armstrong, um neurocirurgião. A cirurgia foi feita sem ônus para a família, e depois de pouco tempo Andrew teve alta e voltou para casa.
Os pais estavam conversando alegremente sobre todos os acontecimentos que os levaram àquele ponto, quando a mãe disse em voz baixa:
- Aquela operação foi um milagre... Quanto será que custaria?
Tess sorriu, pois sabia exatamente o preço: um dólar e onze cêntimos, mais a fé de uma criancinha.
Em nossas vidas, nunca sabemos quantos milagres precisaremos. Um milagre não é o adiamento de uma lei natural, mas a operação de uma lei superior.

terça-feira, 24 de outubro de 2017

O DECÁLOGO DE ABRAHAM LINCOLN

POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES 

Às vezes se torna chato que o hobby de toda a humanidade seja falar mal dos Estados Unidos, não somente os sandinistas, chavistas e “comunistóides” da América Latina, mas em geral em todo o mundo. 
Nos últimos anos, na Venezuela, se considera socialmente negativo falar algo de bom dos Estados Unidos. Até os hispânicos que vivem nos Estados Unidos há mais de meia vida, não encontram nada de bom para dizer dos USA, mas ainda assim continuam lá e, não regressam a seus países de origem...
Um almirante da Armada dos Estados Unidos estava em uma conferência naval que incluía almirantes da armada americana, canadense, inglesa, australiana, e francesa. Durante um cocktail se encontrou com um grupo de oficiais que incluía representantes de todos esses países. Todo mundo conversava em inglês enquanto tomavam seus tragos, porém de repente um almirante francês comentou que, se bem que os europeus aprendem muitos idiomas, os americanos se bastam tão somente com o inglês. Então, perguntou:
- Por que temos que falar Inglês nestas conferências? Por que não se fala francês?
O almirante americano, sem hesitação, respondeu:
- Talvez seja porque os britânicos, os canadenses, os australianos e os americanos interviram para que vocês não tivessem que falar alemão pelo resto de suas vidas.
Se podia escutar a caída de um alfinete...
Durante uma conferência na França, da qual participavam um grande número de engenheiros de diversas nacionalidades, incluindo franceses e americanos, durante o recesso, um dos engenheiros franceses disse ”serenamente”:
- Vocês escutaram a última estupidez de George Bush? Enviou um porta-aviões à Indonésia para ajudar as vítimas do tsunami. Que ele pretende fazer, bombardeá-los?
Um engenheiro da Boeing se levantou e respondeu “serenamente”:
- Nossos porta-aviões têm três hospitais a bordo, que podem tratar várias centenas de pessoas. São nucleares, por isto podem fornecer eletricidade de emergência à terra. Têm três cozinhas com capacidade para preparar comidas para 3.000 pessoas três vezes ao dia, podem produzir vários milhares de galões de água potável a partir da água do mar, e têm meia dezena de helicópteros para transportar vítimas para o navio. Nós temos onze barcos iguais. Quantos barcos assim mandou a França?
De novo, silêncio sepulcral...
Sabem onde está o segredo dos americanos? Simplesmente, há mais de 150 anos aprenderam algo que parecia que nós tínhamos aprendido, mas não quisemos aprender.
São somente dez premissas muito simples, conhecidas com Decálogo de Abraham Lincoln:
• Você não pode criar prosperidade desalentando a iniciativa individual;
• Você não pode fortalecer o fraco, debilitando o forte;
• Você não pode ajudar aos pequenos, esmagando os grandes;
• Você não pode ajudar o pobre, destruindo o rico;
• Você não pode elevar o assalariado, pressionando a quem paga o salário.
• Você não pode resolver seus problemas enquanto gasta mais do que ganha.
• Você não pode promover a fraternidade da humanidade admitindo e incitando o ódio de classes.
• Você não pode garantir uma adequada segurança com dinheiro emprestado.
• Você não pode formar o caráter e o valor de um homem cortando-lhe a sua independência (liberdade) e iniciativa;
• Você não pode ajudar aos homens realizando por eles, permanentemente, o que eles podem e devem fazer por si mesmos.

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

A ALIANÇA

Texto de Luiz Fernando Verissímo

Esta é uma história exemplar, só não está muito claro qual é o exemplo. De qualquer jeito, mantenha-a longe das crianças. Também não tem nada a ver com a crise brasileira, o apartheid, a situação na América Central ou no Oriente Médio ou a grande aventura do homem sobre a Terra. Situa-se no terreno mais baixo das pequenas aflições da classe média. Enfim. Aconteceu com um amigo meu. Fictício, claro.
Ele estava voltando para casa como fazia, com fidelidade rotineira, todos os dias à mesma hora. Um homem dos seus 40 anos, naquela idade em que já sabe que nunca será o dono de um cassino em Samarkand, com diamantes nos dentes, mas ainda pode esperar algumas surpresas da vida, como ganhar na loto ou furar-lhe um pneu. Furou-lhe um pneu.
Com dificuldade ele encostou o carro no meio-fio e preparou-se para a batalha contra o macaco, não um dos grandes macacos que o desafiavam no jângal dos seus sonhos de infância, mas o macaco do seu carro tamanho médio, que provavelmente não funcionaria, resignação e reticências… Conseguiu fazer o macaco funcionar, ergueu o carro, trocou o pneu e já estava fechando o porta-malas quando a sua aliança escorregou pelo dedo sujo de óleo e caiu no chão. Ele deu um passo para pegar a aliança do asfalto, mas sem querer a chutou.
A aliança bateu na roda de um carro que passava e voou para um bueiro. Onde desapareceu diante dos seus olhos, nos quais ele custou a acreditar. Limpou as mãos o melhor que pôde, entrou no carro e seguiu para casa. Começou a pensar no que diria para a mulher. Imaginou a cena. Ele entrando em casa e respondendo às perguntas da mulher antes de ela fazê-las.
- Você não sabe o que me aconteceu!
- O quê?
- Uma coisa incrível.
- O quê?
- Contando ninguém acredita.
- Conta!
- Você não nota nada de diferente em mim? Não está faltando nada?
- Não.
- Olhe.
E ele mostraria o dedo da aliança, sem a aliança.
- O que aconteceu?
E ele contaria. Tudo, exatamente como acontecera. O macaco. O óleo. A aliança no asfalto. O chute involuntário. E a aliança voando para o bueiro e desaparecendo.
- Que coisa - diria a mulher, calmamente.
- Não é difícil de acreditar?
- Não. É perfeitamente possível.
- Pois é. Eu…
- Seu cretino!
- Meu bem…
- Está me achando com cara de boba? De palhaça? Eu sei o que aconteceu com essa aliança. Você tirou do dedo para namorar. É ou não é? Para fazer um programa. Chega em casa a esta hora e ainda tem a cara-de-pau de inventar uma história em que só um imbecil acreditaria.
- Mas, meu bem…
- Eu sei onde está essa aliança. Perdida no tapete felpudo de algum motel. Dentro do ralo de alguma banheira redonda. Seu sem-vergonha!
E ela sairia de casa, com as crianças, sem querer ouvir explicações.
Ele chegou em casa sem dizer nada.
- Por que o atraso? Muito trânsito. Por que essa cara?
- Nada, nada....
E, finalmente:
- Que fim levou a sua aliança?
E ele disse:
- Tirei para namorar. Para fazer um programa. E perdi no motel. Pronto. Não tenho desculpas. Se você quiser encerrar nosso casamento agora, eu compreenderei.
Ela fez cara de choro. Depois correu para o quarto e bateu com a porta. Dez minutos depois reapareceu. Disse que aquilo significava uma crise no casamento deles, mas que eles, com bom-senso, a venceriam.
- O mais importante é que você não mentiu pra mim.
E foi tratar do jantar.

domingo, 22 de outubro de 2017

FALTA DE PACIÊNCIA

POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES 

01. O sujeito entrando em uma agropecuária:

- Tem veneno pra rato?
- Tem, vai levar? - Pergunta o balconista.
- Não, vou trazer os ratos pra comer aqui! 
02.  No caixa do banco, o sujeito vai descontar um cheque:
- Vai levar em dinheiro?
- Não, me dá tudo em clipes e borrachinhas…
03. Casal abraçadinho, entrando no barzinho romântico:
- Mesa para dois?
- Não, mesa para quatro, duas são para colocar os pés.
04. O sujeito apanhando o talão de cheques e uma caneta:
- Vai pagar com cheque?
- Não, vou fazer um poema pra você nesta folhinha.
05. Você, no elevador da garagem do seu prédio, chega um e pergunta:
- Sobe?
- Não, esse elevador anda de lado.
OU
- Não, não... Tô aqui esperando meu apartamento descer pra me pegar.
06. O cara, fumando um cigarro:
- Mas você fuma?
- Não, eu gosto de bronzear os pulmões também.
07. O sujeito, voltando do píer com um balde cheio de peixes:
- Você pescou todos?
- Não, alguns são peixes suicidas e se atiraram no meu balde.
08. O homem com vara de pesca na mão, linha na água, sentado:
- Aqui dá peixe?
- Não, aqui dá tatu, quati, camundongo… Peixe costuma dar lá no mato.
09. Edifício pegando fogo, funcionários saindo correndo:
- É um incêndio?
- Não, é uma pegadinha do Programa Silvio Santo!
10. O sujeito no caixa do cinema:
- Quer uma entrada?
- Não, é que eu vi essa fila imensa e queria saber onde vai dar…
11. Quando te veem deitado, de olhos fechados, na sua cama, com a luz apagada e te perguntam:
- Você tá dormindo?
- Não, tô treinando pra morrer…
12. Quando a gente leva um aparelho eletrônico para a manutenção e o técnico pergunta:
- Tá com defeito?
- Não, é que ele estava cansado de ficar em casa e eu o trouxe para passear.
13. Está chovendo e percebem que você vai encarar a chuva, perguntam:
- Vai sair nessa chuva?
- Não, vou sair na próxima…
14. Você acaba de levantar, aí vem um idiota (sempre) e pergunta:
- Acordou?
– Não, sou sonâmbulo…
15, Seu amigo liga para sua casa e pergunta:
- Onde você está?
- No Polo Norte… Um furacão levou a minha casa pra lá.
16. Você sai do banheiro e alguém pergunta: 
- Tomou banho?
- Não, mergulhei no vaso sanitário…
17. O homem chega à casa da namorada com um enorme buquê de flores. Até que ela diz:
- Flores?
- Não, são cenouras.
18. Você está no banheiro quando alguém bate na porta e pergunta:
 - Tem gente?
 - Não, é o cocô que está falando…