sábado, 16 de novembro de 2019

ESPÍRITO EVOLUÍDO

POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES

Há alguns anos, nas Olimpíadas Especiais de Seattle, EUA, nove participantes, todos portadores de deficiência mental, alinharam-se para a largada da corrida dos 100 metros rasos.
Ao sinal, eles partiram, não muito rápidos, mas com vontade de dar o melhor de si, terminar a corrida e ganhar.
Passados alguns segundos, um dos garotos tropeçou no asfalto, caiu e começou a chorar. Os outros oito, quando ouviram o choro, diminuíram o passo e olharam para trás. Então viraram e voltaram. Todos eles...
Uma das meninas, com Síndrome de Down, ajoelhou, deu um beijo no garoto e disse:
- Pronto, agora vai sarar!
E todos os nove competidores deram os braços e andaram juntos até a linha de chegada.
O estádio inteiro levantou e os aplausos duraram muitos minutos…
Talvez os atletas fossem portadores de deficiência mental, mas, com certeza, não eram deficientes espirituais. Isso porque, lá no fundo, todos nós sabemos que o que importa nesta vida, mais do que ganhar sozinho é ajudar os outros a vencer, mesmo que isso signifique diminuir os nossos passos.
Moral da História:
Procure ser uma pessoa de valor, em vez de procurar ser uma pessoa de sucesso. O sucesso é consequência.

quinta-feira, 14 de novembro de 2019

A MORTE DE UM INOCENTE

POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES

Eu fui a uma festa, mãe. Eu lembrei do que você me disse. Você me disse para eu não beber, e eu não bebi, mãe. Eu me senti orgulhosa de mim como você me disse que eu me sentiria.
Antes de dirigir, eu não bebi, mãe, embora alguns amigos insistissem para que eu bebesse, eu não bebi. Eu agi certo, mãe, e sei que você sempre esteve certa.
A festa foi acabando, mãe, e os amigos foram saindo. Quando eu entrei no carro eu acreditei que logo chegaria em casa e inteira, mãe! Isso por causa do jeito responsável e doce que você me criou. Eu dei partida, mãe, e assim que entrei na avenida, um outro carro não me viu, bateu forte e eu fui lançada para fora. Aqui, no solo da avenida, enquanto o socorro não vinha, eu escutei um policial dizer que o outro motorista estava bêbado. E agora sou quem pago por isso. Estou morrendo aqui, mãe. Eu gostaria que você chegasse logo.
Como isso pôde me acontecer, mãe? Minha vida simplesmente se queimar como um balão? Há sangue por toda parte, mãe, e a maior parte deste sangue é o meu sangue. E agora eu escuto o médico dizer que morrerei em poucos minutos. Eu só queria lhe dizer, mãe, jurar que não bebi. Os outros, sim. Mãe, eles não pensaram. Aquele que me atingiu provavelmente estava na mesma festa que eu. A diferença, mãe, é que ele bebeu e sou eu quem vai morrer.
Por que existe gente assim, mãe? Eles não percebem que podem arruinar a própria vida?
Estou sentindo dores agudas, mãe. O cara que me atingiu está andando e eu não consigo achar isso justo. Eu morrendo aqui e tudo o que ele faz é ficar ali parado me olhando.
Diga ao meu irmão para não chorar e para o papai não ficar bravo comigo. E quando eu partir, mãe, ponha flores no meu sepulcro. Alguém deveria ter avisado a este cara para não beber antes de dirigir. Se ele não tivesse bebido, eu ainda poderia continuar viva. Minha respiração está enfraquecendo, mãe. Estou ficando com medo.
Por favor, não chore por mim. Sempre que precisei, você não falhou. Eu só tenho uma última pergunta antes de me despedir:
Eu não bebi antes de dirigir, então por que sou eu quem vai morrer?
Este é o fim. Eu gostaria de poder olhar nos seus olhos para dizer estas palavras finais:
- Eu te amo. Adeus.