quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023

UMA MERECIDA RESPOSTA

  POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES

ANÚNCIO PUBLICADO EM UM JORNAL 
"Somos um restaurante, pequeno e casual, no centro da cidade, e estamos à procura de músicos para tocarem de graça no nosso restaurante, podendo, assim, promover a sua música e vender os seus CD's. Este não é um emprego diário e sim para eventos especiais que, eventualmente, se tornarão eventos diários uma vez que a resposta do público seja positiva. Preferimos que toquem jazz, Rock e outros ritmos mais leves, de todo o mundo e de várias culturas. Está interessado em promover o seu trabalho? Então, comunique conosco, o mais rápido possível."
RESPOSTA DE UM MÚSICO
"Olá! Eu sou um músico, com uma casa grande, à procura de um dono de restaurante que venha à minha casa promover o seu restaurante, ao fazer comida de graça para mim, minha família e meus amigos. Isto não aconteceria diariamente, mas, a princípio, em eventos especiais, os quais poderão, eventualmente, crescer e tornar-se algo grande e diário, se a resposta for positiva. Preferimos carne de primeira e refeições exóticas. Você está interessado em promover o seu restaurante? Então, comunique-me, urgentemente!"

domingo, 19 de fevereiro de 2023

DÚVIDAS

  Texto de Aloisio Guimarães

· ALTA VOLTAGEM
De passagem no corredor da empresa, não pude deixar de ouvir um trecho da conversa entre duas amigas, sobre certo colega de trabalho, tipo “machão”:
- Estou decepcionada, amiga...
- Por quê?
- Saímos ontem e descobri que ele é chegado a um fio terra.
Depois que ouvi isso, fiquei encucado...  
Será que o cara fez algum curso para eletricista e não me disse nada?
· CRISE EXISTENCIAL
Por que será que um amigo meu anda sempre resmungando Shakespeare, em voz baixa:
- Ser ou não ser: eis a questão.
Será que ele é?!
· O CONVITE
A turma fala demais. Agora anda comentando que a mulher do meu vizinho é uma tremenda de uma “galinha” e que ele é “conformado”.
Ontem, o cara me convidou para ir almoçar na casa dele, no domingo. Respondi que não sabia se ia ou não porque não queria incomodar, logo agora, neste momento de crise. Então ele me respondeu:
- Que nada, cara, onde come um, come dois, come três...
Será que devo ir?
· TIO
Sempre que alguém mais jovem me chama de “tio”, uma dúvida invade meus pensamentos:
- Será que o meu irmão anda comendo a mãe dele e eu não sei?
· FIM DO MISTÉRIO
Acabo de chegar à empresa onde trabalho e dou de cara com aquele colega solteirão, que nunca foi visto com mulher alguma, que tem modos delicados e, mesmo sendo homem, detesta futebol, conversando com uma amiga.
Embora a galera toda diz que ele "é", eu nunca acreditei, mas, ao passar por eles, ouvi o cara comentar com a garota:
- Menina, hoje eu não perco o jogo de jeito nenhum. Vai ser pau a pau.
Será mesmo?!
· PROGRAMA FAVORITO
Na quarta-feira, ao passar pela sala daquele meu colega solteirão, que todo mundo desconfia, ouvi claramente o convite que ele fez a um office-boy:
- Menino, eu comprei uma televisão de plasma, de última geração e vou dar uma festinha para inaugurar, você está convidado.
- Quando é? - perguntou o garotão.
- Domingo à noite, na hora do Programa Sílvio Santos. Adoro aquela parte do Roletrando...
Êpa, será o Benedito?!
· DÚVIDA CRUEL
O mundo está pegando fogo e aquele garotão, todo bombado, que mora no meu prédio diz que não sente "nenhum pingo" de calor.
- Será que é por isso mesmo que sempre disseram que ele é "fresco"?
· BATE-BOLA
Enquanto o Brasil não está jogando nada, a turma do prédio que moro anda comentando que a minha vizinha do 803 "bate um bolão".
- Será que devo convidá-la para uma pelada?
· O JORNALISTA
Dizem que o sonho de todo jornalista “é dar aquele furo”? Tenho um amigo, metido a machão, que é jornalista.
- Será que ele já deu um furo?

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2023

O VIBRADOR

 POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES 

No final do século XIX a “histeria”, suposta doença que os gregos tinham descrito como "útero ardente", era considerada uma "doença" exclusivamente feminina e se tornou numa espécie de praga entre as mulheres da época. 
Para apagar esse "fogo", a massagem clitoriana era dada como sendo o único tratamento adequado contra a histeria. Dessa forma. centenas de mulheres iam ao médico apenas para que tivessem a zona vaginal massageada e induzidas a um "paroxismo histérico", hoje conhecido como orgasmo. 
Qualquer comportamento estranho, como "ansiedade", "irritabilidade" e "fantasias sexuais", era considerado como um claro sintoma de histeria e a mulher era imediatamente enviada ao médico para receber uma massagem clitoriana relaxante. masturbação realizada pelos médicos nas mulheres viralizou tanto que a quantidade delas que iam às consultas foi tão grande que os médicos começaram a ter problemas de LER (Lesões por esforço repetitivo) nas mãos e pulsos - haja siririca!. Para aliviar as dores pelo excesso desse "trabalho manual", os médicos começaram a usar vários objetos na tentativa de minimizar o trabalho!  
Somente no ano de 1880 foi que o doutor Joseph Mortimer Granville, cansado de tanto masturbar manualmente as suas pacientes, criou e patenteou o primeiro vibrador eletromecânico com uma forma fálica (forma de pênis)..
No inicio, os vibradores eram bastões de plástico com um mecanismo bastante complexo, deixando o produto muito pesado e de difícil manipulação. Mesmo assim a variedade de vibradores é absurda: muitos modelos funcionavam com energia elétrica, outros com baterias ou gás ou água, inclusive foram desenvolvidos alguns que funcionavam a pedal. E os aparelhos tinham velocidades que variavam de 1.000 a 7.000 pulsações por minuto. 
Foi devido à grande procura e a fabricação em escala comercial que os preços dos vibradores logo começaram a ser compatíveis para uso doméstico e deixaram de existir somente nos consultórios médicos. Sua comercialização chegou a tal extremo que alguns modelos incluíam um adaptador que convertia o vibrador numa batedeira de bolo. E foram os primeiros aparelhos de uso pessoal a serem introduzidos em casa, precedendo o secador de cabelos e o aspirador de pó. Modelos como o "Barker Universal", o "Gyro-Lator" ou a "Miracle Ball” começam a ser comercializados através dos jornais de tiragem nacional. "A vibração é a vida", diziam alguns anúncios. "Porque você, mulher, tem o direito a não estar doente" era o principal mote de muitos catálogos femininos onde o vibrador era publicitado como "instrumento para a tensão e ansiedade feminina". Seu uso era promovido como uma forma de manter às mulheres relaxadas e contentes. "A vibração proporciona vida e vigor, força e beleza" ou ainda "O segredo da juventude foi descoberto na vibração". 
Sabemos o que o uso do vibrador significa nos dias de hoje, mas naquela época, a aplicação do vibrador sobre o clitóris era tida como uma prática exclusivamente médica, não sendo considerado ato sexual. 
Os problemas, os tabus e a grande "sacanagem" começam mais tarde, a partir de 1920, pois foi a partir deste ano que os médicos abandonaram o uso do vibrador em seus consultórios pois eles começaram a aparecer em filmes pornográficos. E, neles, as “atrizes” curavam sua histeria frente as câmaras. Os filmes fizeram com que o vibrador ficasse estigmatizado como coisa de mulheres da vida; nenhuma mulher fina ou mãe de família poderia ter uma histeria tranquila, sabendo que a rameira da esquina fazia uso do mesmo instrumento.
Nos anos seguintes, a venda de vibradores foi então disfarçada sob formas de discutível sutileza. Imagine a felicidade daquela esposa que, tendo recebido um aspirador de pó como presente de aniversário de seu marido, se deparasse com a panaceia ao abrir a caixa. A partir desse momento, o vibrador começou a perder sua imagem de instrumento médico e nos finais dos anos 60, início da "queima dos sutiãs", quando estudos revelaram a importância do orgasmo pela estimulação direta no clitóris, o vibrador se popularizou como um aparelho sexual fundamental para a mulher. Daí, veio a primeira grande mudança: agregar ao bastão uma capa de silicone ou látex, dando ao produto novos formatos e cores e proporcionando um contato muito mais agradável à pele. Em seguida, com a evolução tecnológica, micromotores foram desenvolvidos aliados a baterias mais leves e duradouras, reduzindo o peso dos produtos e criando vários tipos de vibração para estimular ainda mais a região pubiana.
A empresa Canden Enterprises lançou o "Earth Angel", o primeiro vibrador ecológico, o primeiro aparelho do género a funcionar sem pilhas e ativa-se graças a um mecanismo que utiliza uma manivela (voltamos aos anos 20) para carregar. A empresa assegura que com apenas quatro minutos usando a manivela, o aparelho funcionará durante 30 minutos.
O cinema - sob uma ótica não pornográfica - prestou sua homenagem aos vibradores. As filmagens foram realizadas nas cidades de Londres e Luxemburgo. O filme, "Hysteria" ("Histeria", em tradução livre), se passa na Era Vitoriana e mostra dois médicos que tratam casos de histeria, uma condição caracterizada por uma irritabilidade aguda, raiva e choro súbito, associada às mulheres. Um dos personagens faz um experimento elétrico para o tratamento da "doença".

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023

A TORRADA QUEIMADA

  POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES 

Quando eu ainda era um menino, minha mãe gostava de fazer um lanche, tipo café da manhã, na hora do jantar. E eu me lembro especialmente de uma noite, quando ela fez um lanche desses, depois de um dia de trabalho muito duro. Naquela noite distante, minha mãe colocou um copo com leite e um prato com torradas bastante queimadas, para o meu pai. Eu me lembro de ter esperado um pouco, para ver se alguém notava o fato. Tudo o que meu pai fez foi pegar a sua torrada, sorrir para minha mãe, e me perguntar como tinha sido o meu dia na escola.
Eu não me lembro do que respondi, mas me lembro de ter olhado para ele lambuzando a torrada com manteiga e geleia e engolindo cada pedaço. Quando eu deixei a mesa naquela noite, ouvi minha mãe se desculpando por ter queimado a torrada. E eu nunca esquecerei o que ele disse:
- Amor, eu adoro torrada queimada.
Mais tarde, naquela noite, quando fui dar um beijo de boa noite em meu pai, eu lhe perguntei se ele realmente gostava de torrada queimada. Ele me envolveu em seus braços e me disse:
- Filho, sua mãe teve um dia de trabalho muito pesado e estava realmente cansada. Além disso, uma torrada queimada não faz mal a ninguém. A vida é cheia de imperfeições e as pessoas não são perfeitas. E eu também não sou o melhor cozinheiro do mundo.
O que tenho aprendido através dos anos é que saber aceitar as falhas alheias, relevando as diferenças entre uns e outros, é uma das chaves mais importantes para criar relacionamentos saudáveis e duradouros. E essa lição serve para qualquer tipo de relacionamento: entre marido e mulher, pais e filhos, irmãos e amigos.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2023

GRATIDÃO

   POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES 

Debbie Stevens, de 47 anos, decidiu doar um rim para a sua chefe Jackie Brucia (foto ao lado), na Automotive Group, Flórida. Até aí tudo bem. Acontece que dias depois, logo após a recuperação da sua chefe, a doadora foi demitida do emprego!
Entrevistada pelo New York posto, Debbie declarou:
- Eu decidi me tornar uma doadora para a minha chefe, e ela destruiu o meu coração. Eu não queria que ela morresse. Senti como se estivesse dando a ela vida de volta!
Na verdade, a sua chefe não recebeu diretamente o rim dela porque era incompatível. Mesmo assim, o seu rim foi de fundamental importância, funcionando como "moeda de troca": o rim de Debbie foi para um paciente em Saint Louis (Missouri) e, em troca, a chefe recebeu um rim de um doador de São Francisco (Califórnia).
Após a operação, mesmo sentindo dores em função da cirurgia, Debbie voltou ao trabalho antes da licença expirar ao passo que a sua chefe, ficou em casa, se recuperando do transplante.
Quando a chefe reassumiu as funções, a vida de Debbie virou um inferno, sendo humilhada publicamente pela Jackie, ao menor sinal de erro no trabalho. O ponto culminante da história foi a sua demissão sumária, pela Jackie, por faltar 3 dias ao trabalho, por motivo de doença.
Debbie processou a empresa.