terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

O PEDREIRO

POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES
 
Um velho pedreiro que construía casas há muito tempo, estava pronto para se aposentar. Ele informou o chefe, do seu desejo de se aposentar e passar mais tempo com sua família. Ele ainda disse que sentiria falta do salário, mas realmente queria se aposentar.
A empresa não seria afetada pela saída dele. Mas o chefe estava triste em ver um bom funcionário partindo, então ele pediu ao pedreiro para trabalhar em um ultimo projeto, como um favor.
O pedreiro não gostou, mas acabou concordando. Foi fácil ver que ele não estava entusiasmado com a ideia. Assim o pedreiro prosseguiu fazendo o trabalho de segunda qualidade e usando materiais inadequados.
Quando o pedreiro acabou, o chefe veio fazer a inspeção da casa construída. Depois de inspecioná-la, deu a chave da casa ao pedreiro e disse:
- Esta é a sua casa, ela é o meu presente para você.
O pedreiro ficou muito surpreendido. Que pena! Se ele soubesse que estava construindo sua própria casa, teria feito tudo diferente...
O mesmo acontece conosco. Nós construímos nossa vida, um dia de cada vez, e muitas vezes fazendo menos que o melhor possível na sua construção. Depois, com surpresa, nós descobrimos que precisamos viver na casa que nós construímos. Se pudéssemos fazer tudo de novo, faríamos tudo diferente. Mas agora não podemos voltar atrás. Você é o pedreiro. Todo dia martela pregos, ajusta tábuas e constrói paredes. Alguém já te disse que "A vida é um projeto que você mesmo constrói"? Tuas atitudes e escolhas de hoje estão construindo a "casa" em que você vai morar amanhã. Portanto construa com sabedoria! 

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

O LOBO DE GÚBIO

POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES
 
Gúbio, uma cidade na Úmbria, estava tomada de grande medo. Na floresta da região vivia um grande lobo, terrível e feroz, o qual não somente devorava os animais como os homens, de modo que todos do povoado estavam apavorados! Por isso, cercaram a cidade com altas muralhas e reforçaram as portas. E todos andavam armados quando saíam da cidade, como se fossem para um combate.
Certa vez, quando Francisco chegou naquela cidade, estranhou muito o medo do povo. Percebeu que a culpa não podia ser unicamente do lobo. Havia no fundo dos corações uma outra causa que era tão destrutiva como parecia ser a causa do lobo. Logo, Francisco ofereceu-se para ajudar. Resolveu sair ao encontro do lobo, sozinho e desarmado, mas cheio de simpatia e benevolência pelo animal, e como dizia às pessoas, na força da “Cruz”.
O perigoso lobo, de fato, foi ao encontro de Francisco, raivoso e de boca aberta pronto para devorá-lo! Mas quando o lobo percebeu as boas intenções de Francisco e ouviu como este se dirigia a ele como a um “irmão”, cessou de correr e ficou muito surpreendido. As boas vibrações de Francisco de Assis anularam a violência que havia no “irmãozinho” lobo. De olhos arregalados, viu que esse homem o olhava com bondade.
Francisco então falou para o lobo:
- Irmãozinho Lobo, quero somente conversar com você, meu irmão... E, caso você esteja me entendendo, levante, por favor, a sua patinha para mim!
O “irmãozinho lobo”, então, perante "tão forte vibração de amor e carinho", perdeu toda a sua maldade. Levantou, confiante, a pata da frente e, calmamente, a pôs na mão aberta de Francisco...
Então, Francisco disse-lhe amorosamente:
- Querido, “irmãozinho lobo”, vou fazer um trato com você: De hoje em diante, vou cuidar de você, meu irmão! Você vai morar em minha casa, vou lhe dar comida e você irá sempre me acompanhar e seremos sempre amigos! Você por sua vez, também será amigo de todas as pessoas desta cidade, pois, de agora em diante, você terá uma casa, comida e carinho, sendo assim, não precisará mais matar e nem agredir ninguém para sobreviver...
Com a promessa de nunca mais lesar nem homem nem animal, foi o lobo, com Francisco, até a cidade. Também o povo da cidade abandonou sua raiva e começou a chamar o lobo de "irmão". Prometeram dar-lhe cada dia o alimento necessário. Finalmente, o “irmão lobo” morreu de velhice, pelo que, todos da cidade tiveram grande pesar.
Ainda hoje se mostra em Gúbio, um sarcófago feito de pedra, no qual os ossos do lobo estão depositados e guardados com grande carinho e respeito durante séculos.
A história do Lobo de Gúbio, chama-nos, sem dúvida, à reflexão. Quantas vezes deparamo-nos com “irmãozinhos” um tanto agressivos, nervosos, impacientes, chegando mesmo a nos agredir com palavras ásperas, levando-nos à decepção e amarguras? Quantas vezes? Se pararmos para pensar e refletir, talvez chegamos à triste conclusão, de que esteja ocorrendo com eles, o mesmo acontecido com o lobo de Gúbio.
Ele, o lobo, acuado, com fome, sem receber compreensão e carinho, respondia também da mesma forma, com medo ódio e agressividade. Quando encontrou-se frente a frente com o Amor e a Paz, defendidas por Jesus em Seu Evangelho, e personificada, vivida e exemplificada por Francisco de Assis, o lobo não teve outra reação senão a de recuar em suas agressões e respondeu também com carinho e compreensão, passando de inimigo à companheiro e amigo de todos. Assim acontece em nossas vidas! Se oferecermos aos nossos semelhantes azedume, palavras de pessimismo, rancor, ódio e intolerância, receberemos, indubitavelmente, na mesma dose, tudo aquilo que semearmos, pois, como dizia São Francisco, "é dando que recebemos". 

domingo, 23 de fevereiro de 2020

RESPOSTA MAIS CLARA É IMPOSSÍVEL

POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES

A PERGUNTA
- Alguém sabe me explicar, num português, claro e direto, sem figuras de linguagem, o que quer dizer a expressão "no frigir dos ovos"?
A RESPOSTA
Quando comecei, pensava que escrever sobre comida seria sopa no mel, mamão com açúcar. Só que depois de um certo tempo dá crepe, você percebe que comeu gato por lebre e acaba ficando com uma batata quente nas mãos. Como rapadura é doce, mas não é mole, nem sempre você tem ideias e para descascar esse abacaxi só metendo a mão na massa. E não adianta chorar as pitangas ou, simplesmente, mandar tudo às favas.
Já que é pelo estômago que se conquista o leitor, o negócio é ir comendo o mingau pelas beiradas, cozinhando em banho-maria, porque é de grão em grão que a galinha enche o papo. Contudo é preciso tomar cuidado para não azedar, passar do ponto, encher linguiça demais. Além disso, deve-se ter consciência de que é necessário comer o pão que o diabo amassou para vender o seu peixe. Afinal não se faz uma boa omelete sem antes quebrar os ovos.
Há quem pense que escrever é como tirar doce da boca de criança e vai com muita sede ao pote. Mas como o apressado come cru, essa gente acaba falando muita abobrinha, são escritores de meia tigela, trocam alhos por bugalhos e confundem Carolina de Sá Leitão com caçarolinha de assar leitão.
Há também aqueles que são arroz de festa, com a faca e o queijo nas mãos, eles se perdem em devaneios (piram na batatinha, viajam na maionese... etc.). Achando que beleza não põe mesa, pisam no tomate, enfiam o pé na jaca, e no fim quem paga o pato é o leitor que sai com cara de quem comeu e não gostou.
O importante é não cuspir no prato em que se come, pois quem lê não é tudo farinha do mesmo saco. Diversificar é a melhor receita para engrossar o caldo e oferecer um texto de se comer com os olhos, literalmente. Por outro lado, se você tiver os olhos maiores que a barriga o negócio desanda e vira um verdadeiro angu de caroço. Aí, não adianta chorar sobre o leite derramado porque ninguém vai colocar uma azeitona na sua empadinha, não. O pepino é só seu, e o máximo que você vai ganhar é uma banana, afinal pimenta nos olhos dos outros é refresco...
A carne é fraca, eu sei. Às vezes dá vontade de largar tudo e ir plantar batatas. Mas quem não arrisca não petisca, e depois quando se junta a fome com a vontade de comer as coisas mudam da água para o vinho. Se embananar, de vez em quando, é normal, o importante é não desistir mesmo quando o caldo entornar. Puxe a brasa para sua sardinha, que no frigir dos ovos a conversa chega na cozinha e fica de se comer rezando. Daí, com água na boca, é só saborear, porque o que não mata engorda.
- Está respondido?

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

O HOMEM DOS TAMANCOS

Texto de Aloisio Guimarães

Todos nós, que temos mais de 5.0, já usamos tamancos. Os mais jovens já ouviram falar deles, mas muitos não têm a mínima ideia de como eles eram feitos antigamente. Para você, que é jovem, explico que os tamancos eram calçados rústicos, pesados, fabricados artesanalmente, com uma tira de couro e solado de madeira, feito principalmente do tronco da mangueira. Por serem muito pesados, quando andávamos, o contato do solado de madeira com o piso cimentado das casas, fazia um enorme e irritante barulho, do tipo "ploc!, ploc!, ploc!..."  Esclareço ainda, a quem não viveu essa época, que piso cerâmico nas casas era coisa de rico e quase ninguém podia colocá-los; quando muito, o piso era de mosaico.
Além de ser o principal calçado da população pobre, os tamancos serviram também como palmatória, instrumento usado pelos pais para aplicar corretivos nas traquinagens dos seus filhos, batendo com o solado do calçado na palma das mãos da garotada.
Pois bem, durante muitos anos, os tamancos foram os calçados dos meninos e das meninas no nordeste brasileiro. Hoje, os tamancos estão completamente diferentes, mais sofisticados e leves, sendo até artigo de grife. Mas muita gente "boa" já andou de tamancos e morou em casa com piso cimentado...
Apresentado a personagem principal do nosso causo de hoje, o tamanco, vamos a ele:
João José, colega engenheiro civil, conhecido como Jota-Jota, é daquele tipo sonso, "come-quieto", que se faz de morto para comer o coveiro. Contam que, certo dia, a esposa de Jota-Jota precisou da sua ajuda em um serviço doméstico e o chamou:
- Jota-Jota! Vem cá, morzão!
Os minutos passaram e nada do Jota-Jota aparecer. Novamente, a esposa chamou:
- Jota-Jota, tá ouvindo não?! Vem cá!
Nada do Jota-Jota aparecer. Então, a mulher começou a ficar invocada:
- Jota-Jota, cadê você, peste?!
Novamente, nada do Jota-Jota aparecer...
Cansada de não ser atendida, ela resolveu procurá-lo pela casa. Para a sua surpresa, quando ela chegou à área de serviço, flagrou Jota-Jota "brechando" (olhando, escondido, pela fresta da janela) a empregada tomando banho.
Ao ver a cena, a mulher de Jota-Jota esbravejou:
- Ah, então foi por isso que você não me escutou, não foi, seu safado?!
Aí, a confusão rolou solta. Dizem as más línguas e fofoqueiros de plantão que o Jota-Jota chegou até a levar uns tabefes da "dona encrenca", para deixar de ser "mané".
Como castigo, desse dia em diante, a mulher do Jota-Jota fez ele voltar aos seus tempos de criança: agora ele é obrigado a andar sempre de tamancos, pisando forte: “ploc! ploc! ploc!...” Para ela saber em que lugar da casa o “taradinho” se encontra.
Não me perguntem quem é o Jota-Jota: conto o milagre, mas não digo o santo! 

terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

DISCURSO DE DESPEDIDA

POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES

Discurso atribuído a Bryan Dyson, ex-presidente da Coca Cola, proferido durante a solenidade de sua despedida da empresa:
Imagine a vida como um jogo em que você esteja fazendo malabarismos com cinco bolas no ar. Estas são: seu Trabalho, sua Família, sua Saúde, seus Amigos e sua Vida Espiritual.
E você terá de mantê-las todas no ar...
Logo você vai perceber que o Trabalho é como uma bola de borracha: se soltá-la, ela rebate e volta.
Mas as outras quatro bolas: Família, Saúde, Amigos e Espírito, são frágeis como vidros: se você soltar qualquer uma destas, ela ficará irremediavelmente lascada, marcada, com arranhões, ou mesmo quebradas, vale dizer, nunca mais será a mesma.
Deve entender isto: tem que apreciar e esforçar para conseguir cuidar do mais valioso. Trabalhe eficientemente no horário regular do escritório e deixe o trabalho no horário. Gaste o tempo requerido à tua família e aos seus amigos. Faça exercício, coma e descanse adequadamente. E sobretudo... Cresça na sua vida interior, no espiritual, que é o mais transcendental, porque é eterno.
Shakespeare dizia:
- Sempre me sinto feliz, sabes por quê? Porque não espero nada de ninguém. Esperar sempre dói. Os problemas não são eternos, sempre têm solução. O único que não se resolve é a morte. A vida é curta, por isso, ame-a! Viva intensamente e recorde: antes de falar, escute; antes de escrever, pense; antes de criticar, examine, antes de ferir, sente; antes de orar, perdoe, antes de gastar, ganhe; antes de render, tente de novo e, antes de morrer, viva!

domingo, 16 de fevereiro de 2020

AVIÕES

POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES

O texto abaixo, provavelmente saído de uma cabeça feminina, compara o homem a um avião, em função do seu "desempenho" ao longo dos anos, diferentemente da opinião masculina, que considera a mulher um "avião", de última geração, independente da idade, bastando apenas ser "gostosona".
Vejamos o que elas pensam:
• AVIÃO DE PAPEL
   É o homem até os 20 anos: realiza apenas voos rápidos, de curto alcance e duração!
 
• AVIÃO DE CAÇA MILITAR
Próprio dos homens dos 20 até os 30 anos: sempre a postos, 7 dias por semana. Ataca qualquer objetivo. Capaz de executar várias missões, mesmo quando separadas por curtos intervalos de tempo.
• AVIÃO COMERCIAL DE VOOS INTERNACIONAIS
Comportamento dos homens que vai dos 30 até os 40 anos: opera em horário regular, destinos de alto nível, voos longos, com raros sobressaltos. A clientela chega com grande expectativa e, no final da viagem, sai cansada, mas satisfeita.
• AVIÃO COMERCIAL DE VOOS REGIONAIS
Aqui se enquadram os homens dos 40 até os 50 anos: mantêm horários regulares, destinos bastante conhecidos e rotineiros. Os voos nem sempre saem no horário previsto, o que demanda mudanças e adaptações que irritam a clientela.
• AVIÃO DE CARGA
Homens dos 50 aos 60 anos: preparação intensa e muito trabalho antes da decolagem. Uma vez no ar, manobra lentamente e proporciona menor conforto durante a viagem. A clientela é composta majoritariamente por malas e bagulhos diversos.
• ASA DELTA
Classificação dos homens na faixa etária que vai dos 60 aos 70 anos: exige excelentes condições externas para alçar voo. Dá um trabalho enorme para decolar e, depois, evita manobras bruscas para não cair antes da hora. Após aterrissagem, desmonta e guarda o equipamento.
• PLANADOR
Aqui começa o "fim de carreira", estando enquadrados os homens dos 70 aos 80 anos: só voa eventualmente e com auxílio.  Repertório de manobras extremamente limitado. Uma vez no chão, precisa de ajuda até para voltar ao hangar.
• MODELO ANTIGO
Após os 80 anos: apenas enfeite.
- Será mesmo verdade?

sábado, 15 de fevereiro de 2020

A LEI DO CAMINHÃO DO LIXO

Texto de Arnaldo Jabor
 
Um dia peguei um táxi para o aeroporto. Estávamos rodando na faixa certa quando um carro preto saiu de repente do estacionamento direto na nossa frente. O taxista pisou no freio bruscamente, deslizou e escapou de bater em outro carro, foi mesmo por um triz! O motorista desse outro carro sacudiu a cabeça e começou a gritar para nós nervosamente, mas o taxista apenas sorriu e acenou para o cara, fazendo um sinal de positivo. E ele o fez de maneira bastante amigável. Indignado lhe perguntei:
- Porque você fez isto? Este cara quase arruína o seu carro, a nós e quase nos manda para o hospital?
Foi quando o motorista do taxi me ensinou o que eu agora chamo de “A Lei do Caminhão de Lixo”. Ele explicou que muitas pessoas são como caminhões de lixo: andam por aí carregadas de lixo, cheias de frustrações, de raiva, traumas e desapontamento. À medida que suas pilhas de lixo crescem, elas precisam de um lugar para descarregar e, às vezes, descarregam sobre a gente. Nunca tome isso como pessoal. Isto não é problema seu! É dele! Apenas sorria, acene, deseje-lhes sempre o bem, e vá em frente. Não pegue o lixo de tais pessoas e nem o espalhe sobre outras pessoas no trabalho, em casa, ou nas ruas. Fique tranquilo, respire e deixe o lixeiro passar. O princípio disso é que pessoas felizes não deixam os caminhões de lixo estragar o seu dia. A vida é muito curta, não leve lixo com você! Limpe os sentimentos ruins, aborrecimentos do trabalho, picuinhas pessoais, ódio e frustrações. Ame as pessoas que te tratam bem. E trate bem as que não o fazem. A vida é dez por cento do que você faz dela e noventa por cento da maneira como você a recebe. 
 
Tenha um ótimo dia, uma ótima vida e uma lixeira vazia. 

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

ADVOGADOS

POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES

História real e que ganhou o primeiro lugar no Criminal Lawyers Award Contest.

Um advogado de Charlotte, NC, comprou uma caixa de charutos muito raros e muito caros. Tão raros e caros que os colocou no seguro, contra fogo, entre outras coisas. Depois de um mês, tendo fumado todos eles e ainda sem ter terminado de pagar o seguro, o advogado entrou com um registro de sinistro contra a companhia de seguros. Nesse registro, o advogado alegou que os charutos haviam sido perdidos em uma série de “pequenos incêndios".
A companhia de seguros recusou-se a pagar, citando o motivo óbvio: que o homem havia consumido seus charutos da maneira usual.
O advogado processou a companhia e ganhou!
Ao proferir a sentença, o juiz concordou com a companhia de seguros que a ação era frívola. Mas, apesar disso, o juiz alegou que o advogado "tinha a posse de uma apólice da companhia na qual ela garantia que os charutos eram seguráveis e, também, que eles estavam segurados contra fogo, sem definir o que seria fogo aceitável ou inaceitável" e que, portanto, ela estava obrigada a pagar o seguro.
Em vez de entrar no longo e custoso processo de apelação, a companhia aceitou a sentença e pagou US$ 15.000,00 ao advogado, pela perda de seus charutos raros nos incêndios.
Agora vem a melhor parte:
Depois que o advogado embolsou o cheque, a companhia de seguros o denunciou, e fez com que ele fosse preso, por 24 incêndios criminosos! Usando seu próprio registro de sinistro e seu testemunho do caso anterior contra ele, o advogado foi condenado por incendiar intencionalmente propriedade segurada e foi sentenciado a 24 meses de prisão, além de uma multa de US$ 24.000,00.
MORAL DA HISTÓRIA
Cuidado com o que você faz! A outra parte também pode ter um advogado, melhor e mais esperto!

terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

POR QUE O TECLADO NÃO É NA ORDEM ALABÉTICA?

FONTE: AGRISSÊNIOR NOTÍCIAS

Na verdade, a disposição não é aleatória e a razão é simples e segue uma lógica: a disposição das teclas obedece ao padrão da máquina de escrever, concebida pelo americano Christopher Scholes, em 1868, e criador do teclado QWERTY. Este nome foi adotado devido à disposição das primeiras seis teclas. Scholes estudou as combinações de letras mais utilizadas na língua inglesa e considerou que a melhor opção era distanciar as teclas mais utilizadas, umas das outras, de forma a evitar que hastes da máquina de escrever, ao subirem, com pouco tempo de intervalo umas das outras, ficassem presas. Assim sendo, concluiu que seria muito mais prático e rápido se agrupasse as letras, tendo por base o critério de maior utilização na Língua Inglesa.
Desde então, este padrão espalhou-se por todo o mundo, sendo hoje adotado pela grande maioria dos teclados de computadores.
Como tudo começou…
Apesar de as teclas não estarem dispostas por ordem alfabética, a verdade é que houve uma tentativa por parte do criador em ordena-las desse modo. No entanto, essa disposição criava alguns problemas à digitação. Tendo em conta que muitas das palavras inglesas têm muitos “th” e “st”, o que obrigava à sua frequente digitação, logo estas letras estando juntas fazia com que dificultasse a escrita. Por essa razão, houve necessidade de colocar estas teclas em locais mais distantes para evitar a colisão.
Este afastamento, para além de ter ajudado a tornar a digitação mais rápida, permitiu também que houvesse um maior incentivo para os textos passarem a ser escritos a duas mãos.
Depois de muitos anos de estudo, o americano August Dvorak criou um novo teclado, que prometida uma escrita mais rápida e eficiente para língua inglesa. O criador garantia que era possível digitar 3.000 palavras na linha principal contra 50 do teclado QWERTY. Para provar esta descoberta, chegou a realizar competições para descobrir qual dos teclados era mais adequado à língua inglesa, no entanto, como as pessoas já estavam habituadas ao padrão QWERTY, o modelo proposto por Dvorak acabou por nunca ter criado impacto.
O teclado QWERTY não é adotado em todos os países. Em alguns locais é preferencialmente usado o teclado AZERTY (França e Bélgica), QWERTZ (Alemanha) ou QZERTY (Itália) assim como os símbolos, diacríticos e caracteres acentuados também ocupam uma posição diferentes em teclados internacionais do QWERTY.
CURIOSIDADE SOBRE O TECLADO QWERTY 

· A palavra “typewriter” ("máquina de escrever", em inglês) pode ser escrita recorrendo apenas às teclas da primeira linha do teclado;
· As letras mais usadas estão na linha do meio, o que confere uma maior rapidez na digitação;
· As letras menos utilizadas estão na linha inferior, sendo o seu alcance mais difícil;
· A mão direita abrange a maior parte do teclado, já que grande parte da população é destra.

domingo, 9 de fevereiro de 2020

EDELWEISS

Texto de Silvana Duboc

Edelweiss é o nome de uma flor encontrada no alto das montanhas e Alpes da Suíça, da França, da Áustria, da Iugoslávia e da Itália. Ela se desenvolve nas alturas dessas montanhas. Edelweiss significa "branco precioso", é uma linda flor em formato de estrela. Dizem que quando você quer presentear alguém que signifique um amor eterno ou uma amizade eterna, dá-se uma flor de Edelweiss a essa pessoa, a flor eterna. Dizem, também, que sua duração depois de seca é de mais de 100 anos. Essa mesma flor hoje é Patrimônio Tombado da Humanidade nos 5 países onde ela é encontrada.
A história se passa em cidades da Áustria e da Polônia, e começa no ano de 1939, por ocasião da Segunda Guerra Mundial. Trata-se da história de uma família que tinha uma vida feliz em sua casa de varanda localizada próxima dos Alpes na Áustria, quando um dia, com o início da guerra, foram brutalmente levados por soldados para os Campos de Concentração de Auschwits, na Polônia.
Vamos a ela:
Nossa história inicia no ano de 1939, pouco antes do começo da Segunda Guerra Mundial...
Vivíamos na Áustria, um país coberto por flores, eu, meus pais e meu irmão. Éramos a imagem da família feliz e unida e entre nós reinava a certeza que nada na vida conseguiria nos separar. Mas não foi bem assim...
Meu pai era um cirurgião de renome, minha mãe professora daquelas dedicadas, que lecionava por puro amor aos seus alunos. Eu tinha então dez anos e meu irmão quinze. Nossos dias e nossas noites eram muito alegres. Meus pais tinham o hábito de nos levarem até a varanda de nossa casa após o jantar para vermos as estrelas e enquanto fazíamos isso, cada um ia contando as coisas boas que haviam acontecido no seu dia. Não que não pudéssemos contar as ruins, mas é que naquela época das nossas vidas só aconteciam coisas boas. Não me recordo de algum dia ter visto um deles triste...
Depois que contávamos tudo e que admirávamos bastante as estrelas, cantávamos ao som do violão do meu irmão. A primeira música sempre era Edelweiss, linda, sonora, trazia paz aos nossos corações... Ah, como era bom cantar Edelweiss junto da minha família e debaixo das estrelas! Eu tinha a sensação que poderia fazer aquilo a vida toda sem jamais enjoar, mas, enfim, o tempo foi passando e veio a guerra e só se ouvia falar em Hitler e eu não entendia bem que homem era aquele, nem o que ele representava e então eu continuava todas as noites olhando para as estrelas junto das pessoas que eu mais amava.
Um dia, um terrível dia de dezembro que jamais esquecerei, tivemos que partir. Me lembro que meu pai veio até nós e nos disse delicadamente:
- Vamos ter que passar algum tempo sem ver as estrelas no céu...
Fomos covardemente arrancados de nossa casa por soldados, fomos levados a um local que viria a ser a nossa nova casa, chamava-se Campo de Concentração... Lá não fomos felizes e lá eu pude ver pela primeira vez o semblante da minha família triste, nem pareciam aquelas pessoas adoráveis que conviviam comigo naquela varanda...
Todas as noites eu dizia à minha mãe que queria ver as estrelas, cantar sob elas e ela me respondia com lágrimas nos olhos que durante um pequeno período a única estrela que eu poderia ver era a que eu trazia pendurada no pescoço, de seis pontas, tão linda quanto as que brilhavam no céu. Acontece que minha mãe se enganou, não foi um período tão curto assim que ficamos por lá e com o tempo foram me levando muito mais coisas além das estrelas do céu; foram me levando tudo. Levaram-me a estrela do pescoço também, levaram meus pais para um banho do qual eles nunca mais voltaram... Levaram meu irmão dentro de um trem que eu nunca soube para onde foi, levaram o meu sorriso, a minha alegria de viver, levaram a minha infância. Só não levaram a minha voz e por isso, todas as noites ao deitar, eu fechava os olhos e cantava baixinho Edelweiss e aí eu podia ver as estrelas, o meu pai, a minha mãe, o meu irmão, a varanda da nossa casa. A minha imaginação eles também não conseguiram levar...
Hoje eu tenho a absoluta certeza que realmente eu nunca teria me cansado de cantar na varanda com a minha família, que eu, de forma alguma, abandonaria o meu país, que minha mãe foi a pessoa mais doce que eu conheci, que meu pai foi a imagem da dignidade, que meu irmão foi o meu grande companheiro e que tocava violão como ninguém...
Hoje eu sei a verdadeira razão das lágrimas de meus pais ao se despedirem de mim, apenas porque iriam tomar um banho e o motivo do abraço tão apertado que meu irmão me deu naquela tarde em que foi colocado dentro daquele trem...
Hoje eu sei de tantas coisas que eu não queria saber, sei que os homens podem agir como animais ferozes. Sei que raças, credos, religiões, são apenas subterfúgios que os homens usam para deixar o leão que existe dentro deles despertar...
Hoje eu sei que o tempo é poderoso, mas não tão poderoso a ponto de apagar qualquer coisa que tenha sido muito boa ou muito ruim...
Hoje eu sei finalmente, que a “saudade” é o Campo de Concentração do coração...
Hoje eu sei que o maior tesouro que existe na vida é a PAZ!