domingo, 29 de março de 2015

A ATRIBULADA VIDA SEXUAL DE A. GUTEMBERG

Texto de Carlito Lima

Ao nascer, o pai deu-lhe esse nome homenageando dois grandes inventores, Alexandre Graham Bell (telefone) e Gutemberg (imprensa), porém, em toda sua vida, o filho, só inventou peripécias sexuais. Ao nascer, sua mãe tinha pouco leite, contratou uma forte mulher para amamentá-lo, a ama de leite havia parido um belo menino, dava de mamar ao filho e a Alexandre, ele abocanhava o seio duro, satisfazia o estômago, não largava a boca do peito. Se puxassem, chorava aos berros, só deixava de chupar quando adormecia. Alexandre criou-se na praia da Pajuçara, infância livre, leve e solta nos sítios de coqueiros vizinhos roubando melancia, banana e coco. Sua mãe, à noite, dava aula às moças prendadas da sociedade. Depois do jantar elas sentavam em uma enorme mesa retangular. Dona Mariinha enquanto ensinava redação às moças, fiscalizava o filho nos deveres escolares. Alexandre constantemente deixava o lápis cair no chão, se abaixava para apanhá-lo enquanto olhava as calcinhas das alunas desprevenidas. Ao terminar, seguia para o banheiro, as imagens, as pernas das meninas excitavam sua mente. Aos 13 anos deu-se a invenção em abrir um buraco estratégico no quarto da empregada.  Alexandre olhava as moças tomarem banho, trocarem de roupa. Certo dia, Cicinha, bela morena, 25 anos, percebeu a façanha do patrãozinho, ela passou a se exibir em banhos sensuais, se esfregando, de propósito, Alexandre ficava doidão. Certa tarde o adolescente teve um desmaio de tanta homenagem a Onã.  Dias depois, Cicinha com carinho, deu-lhe um presente de aniversário, 14 anos, desvirginou nosso herói no quintal, atrás do sapotizeiro, ao entardecer. Presente inesquecível.
Em sua juventude Alexandre Gutemberg namorou muito, como as namoradas da época eram virgens juramentadas, tornou-se o raparigueiro mais jovem da cidade, todo dinheiro descarregava nas boates de Jaraguá. Já era homem feito, servia no NPOR, quando apareceu Aparecida, linda, sensual, de família tradicional da cana de açúcar. Ele encantou-se, namorou durante um ano, noivou outro ano, casou-se. Aparecida, grande heroína, conservou-se virgem até o casamento, precisou muita firmeza para não cair nas invencionices do noivo. Foram passar a lua de mel em Garanhuns (naquela época o agradável balneário era conhecido como cemitério das virgens). Viajaram de carro logo após o casamento, Alexandre não aguentou, ao passar por um matagal deserto, encostou o carro numa jaqueira, amaram-se pela primeira vez.
Foram quatro filhas uma atrás da outra, Aparecida ligou as trompas, não atendeu ao marido, tanto queria um filho homem. Alexandre se formou, contador, montou escritório, inteligente, correto nos negócios, conceituado, pegou freguesia. Ao entrar no século XXI, Alexandre Gutemberg se engraçou de uma bela secretária. Certo dia, terminou o expediente, ele prolongou o trabalho, pediu a Rosário ficar mais um pouco. Enquanto ele lia uma carta sendo digitada pela secretária, chegou-se por trás, as costas nuas perfeitas, ele colocou a mão como se fosse natural, ela não reagiu, ele alisou um pouco, Rosário disse abafada, "assim não doutor Alexandre, assim não, assim não."  Virou-se, se beijaram, se amaram no chão do escritório. Alexandre estava como queria, a mulher em casa e a secretária num motel. Passaram-se três anos para Aparecida descobrir a traquinagem do marido. Teve que decidir. Preferiu ficar com a ninfomaníaca, Rosário. Separação dolorosa, pesou o fator sexo. O chefe e a secretária foram viver num apartamento, evitaram filhos. Certa manhã Alexandre sentiu dormência no braço direito, visão enublada, dor de cabeça, chamou Rosário com voz arrastada. Um AVC deixou nosso herói semi paralisado na face, dificuldade de locomoção e fala arrastada. Há quatro anos o casal vive sem amor, embora doente, aposentado, sem muitos recursos, Alexandre pede sexo, Rosário, evita-o, despreza-o, humilha-o em suas avançadas amorosas. Os filhos contrataram uma jovem sem experiência, analfabeta, para tomar conta do velho, dar banho, cuidar da aparência, dar comida. Rosário sai todo dia, ninguém sabe para onde. Zefinha, a cuidadora, depois do jantar ronda a cidade em busca de aventuras, gosta, dorme na casa de seus pais no Jacintinho. Tão jovem começou a sentir mal estar, descobriu, grávida. Trabalhou até os últimos meses, nasceu o menino, não sabia quem era o pai, até que, sem alarde, fizeram DNA. O velho Alexandre está feliz da vida, afinal é pai de um menino, vai batizá-lo, Alexandre Gutemberg de Almeida Filho.

sábado, 28 de março de 2015

A GAITA DE NOEL

Texto de Marina Gentile

Era uma vez um rapaz que desejava ir até Manaus, de bicicleta, partindo de São Paulo. A família ficou assustada com o sonho do jovem, mas não poderia impedir que ele concretizasse seu sonho. E assim aconteceu. Certo dia ele juntou algumas coisas na mochila, preparou sua bicicleta, juntou uns trocados e partiu.
De Santo Amaro ele atingiu a marginal Tietê, depois a Via Anhanguera. Era uma viagem solitária, muitas pedaladas, vislumbrando a paisagem, o frescor do vento,  vivendo o sonho de aventura. Dormiu em lugares estranhos, mas para ele era plenamente normal. Qualquer canto era um bom local para parar, quando necessitava descansar. Tudo ia bem até que sua bicicleta apresentou um problema sério. Estava um pouco além de Campinas-SP, não tinha dinheiro para substituir uma peça importante, por isto preferiu vendê-la e seguir sua trajetória de carona.
O primeiro caminhoneiro que o ajudou estava seguindo para  o sul de Minas Gerais. Ele não planejara ir até aquela cidade, tornou-se uma aventura sem escolha de rota. Além da gentil carona, ganhou uma deliciosa refeição, feita no próprio caminhão. Também ganhou café e pão com margarina. O motorista ficara feliz  com o acompanhante, pois achava triste viajar sozinho. Dissera ao Noel que gostara dele, poderia ser seu filho, havia semelhança entre eles.
Chegando à cidade Noel agradeceu a carona e seguiu a aventura. Alterara seus planos, pois agora estava sem bicicleta, com pouco dinheiro. Já que não podia ir a Manaus, conheceria a capital do Brasil. Da cidade onde estava conseguiu outra carona até uma cidade onde havia linha de trem. Chegando lá soube que o trem para Montes Claros sairia somente pela manhã. 
Na estação havia outros mochileiros como ele e um rapaz que nem mochila tinha, o qual foi apelidado pelo grupo de “Sem Nome”. O pessoal achou estranho o rapaz não querer identificar-se, poderia ter mentido, arranjado um nome fictício, mas ele nem se esforçou. Como havia  coisa mais séria para pensar, não  se importaram com isto.  
A temperatura estava diminuindo, não seria fácil passar a noite ali. Então eles se cotizaram, foram até um boteco próximo e compraram uma bebida para esquentar. Formou-se um grupo animado. O “Sem Nome” não ajudou a pagar, mas também não bebeu.  Noel apenas experimentou, os demais consumiram toda a bebida. Cada um contava algo, trocavam experiências, falavam de suas vidas, projetos, riram bastante até o sono chegar.  
O pessoal que bebeu adormeceu rapidamente, mas Noel ficou acordado por um bom tempo, até que o cansaço o dominou. Ainda estava escuro, muito frio, Noel acordou antes dos demais. Foi então que percebeu a falta de um deles, o “Sem Nome”. Achou estranho. Quando se virou para retirar algo de sua mochila notou que ela não estava ali.  Imediatamente percebeu o que acontecera. O “Sem Nome” deixou todos beberem à vontade,  para que ao adormecerem fosse mais fácil praticar o furto. A vítima tinha sido ele, pois os outros dormiram fazendo suas mochilas de travesseiro. A mochila de Noel ficara solta!  Então Noel gritou:
- Este safado não podia me roubar assim. Agora ele verá o que é alguém com raiva. 
Noel estava apenas com a roupa do corpo, sem documentos, sem dinheiro, sem nada. Estava descontrolado, nervoso, acordou todo mundo. O pessoal ficou impressionado, cada um falando uma coisa. Então o Noel percebeu que um trem de carga estava se aproximando. Ele foi ágil, perguntou se alguém tinha uma faca, um canivete, qualquer coisa. Um deles deu uma faca para o Noel e ele correu em direção ao trem de carga, pulou em um dos vagões, seguindo rumo a Montes Claros. Ninguém do grupo acreditava que o furtado pudesse reaver sua mochila, ninguém o acompanhou. 
Noel tinha plena certeza que encontraria o safado, calculara que ele estaria andando pela estrada que margeava a linha de trem. Então depois de alguns minutos em cima do vagão, achou que seria o momento de pular e caminhar sentido contrário, na tentativa de encontrar o safado.
Pulou, se arranhou, mas a raiva que estava era a sua energia propulsora. Ficou alguns segundos deitado, em seguida levantou-se, dando início a sua caminhada. A madrugada estava fria, os dormentes molhados, a neblina dificultava a visão. Ainda assim, estava certo que algo aconteceria a seu favor...
De repente Noel escutou um som de gaita. Era a sua gaita, que estava na mochila. Percebera que estava perto do safado. Então saiu da linha de trem e foi para a estradinha de chão, ao lado. Ficou a espreita na curva enquanto escutava o som da gaita se aproximando, o som indicando que estava bem próximo. Não demorou muito e avistou o “Sem Nome”, caminhando tranquilamente,  tocando a gaita furtada.  Assim que o fulano ficou bem perto, Noel deu um salto em cima dele, apontando a faca e o xingando. O “Sem Nome” deu um salto, um gritão, jogou a mochila e a gaita no chão e saiu correndo, como um leopardo. Noel nunca usara uma faca a não ser nas condições normais, mas só de apontá-la ao sujeito foi o suficiente para assustá-lo. Ninguém saiu ferido,  felizmente.
Noel então caminhou pela estrada até chegar à próxima cidade. Na cidadezinha, felizmente. conseguiu outra carona. E finalmente chegou a Montes Claros, na Estação de Trem, onde parte dos mochileiros ainda estava aguardando outro trem. Todos ficaram felizes, festejaram a chegada do Noel, o trataram como se fosse o maior valente do pedaço.
Esta foi uma das histórias do Noel, meu irmão. Toda vez que repetia a história conseguíamos rir,  sem parar, pelo jeito engraçado que narrava.
Saudades, meu irmão. Sinto saudades de você, de suas histórias. Infelizmente ele foi atingido fatalmente ao praticar o esporte que amava. Nada aconteceu com a bike, só com ele.

sexta-feira, 27 de março de 2015

COMO ÉRAMOS INOCENTES...

Texto de Aloisio Guimarães

A foto abaixo, de autoria desconhecida, recebida pelo WhatsApp, mostra uma verdadeira multidão de alagoanos/maceioenses, disputando um ingresso, no extinto Cine São Luiz, em Maceió, para assistir o filme “Aladim e a Lâmpada Maravilhosa”.
Para você que é mais jovem, o Cine São Luiz, ficava ali, na Rua do Comércio, onde hoje funciona a Loja Insinuante. E, muito provavelmente, tenha sido nele que os seus pais se conheceram, deram uns “amassos”, se apaixonaram e por isso você existe.

quinta-feira, 26 de março de 2015

CURSO DE ELETRICIDADE

POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES - RECEBIDO POR E-MAIL

Para facilitar a compreensão dos alunos, apresentamos abaixo um curso intensivo de eletricidade:



• O conteúdo total do copo representa a Potência Aparente (P).

• A Potência Ativa (W) representa a porção líquida do copo, ou seja, a parte que realmente será utilizada para matar a sede.

• Como na vida nem tudo é perfeito, junto vem uma parte de espuma, representada pela Potência Reativa (R).

Essa espuma está ocupando lugar no copo, porém não é utilizada para matar a sede.


A analogia com a cerveja pode ser utilizada para tirarmos algumas conclusões:

1. Quanto menos espuma tiver no copo, haverá mais cerveja.

Logicamente, quanto menos Potência Reativa for consumida, maior será o Fator de Potência.

2.  Se um dado sistema não consome uma Potência Reativa, ele possui um Fator de Potência unitário, ou seja, toda a potência drenada da fonte (rede elétrica) é convertida em trabalho.

RESUMINDO:
 
• A AMBEV é uma usina;

• O caminhão é uma linha de transmissão;

• O boteco é uma Subestação;

• A chopeira é um Transformador;

• O garçom é uma linha de distribuição;

• Você é o consumidor;

Sua mulher é a ANEEL: "A agência Reguladora". 

domingo, 22 de março de 2015

DESCANSE EM PAZ, GOVERNADOR

Texto de Aloisio Guimarães

Lamentavelmente, faleceu, na tarde deste sábado, o ex-governador de Alagoas Divaldo Suruagy, de 78 anos, vencido pelo câncer.
Suruagy foi Diretor-geral e Secretário-geral de Administração da Prefeitura de Maceió, Superintendente da Fundação Educacional de Maceió, Secretário da Fazenda e da Produção do Estado de Alagoas, Presidente da Central de Abastecimento S/A (CEASA), Deputado Estadual, Presidente da Assembleia Legislativa de Alagoas, Deputado Federal, Governador de Alagoas (3 mandatos) e Senador.
O seu sepultamento será logo mais, à tarde, no cemitério Parque das Flores.
Como tenho muitos defeitos, mas a ingratidão não é um deles:
- Muito obrigado, Governador.

quarta-feira, 18 de março de 2015

DOIS AMORES

Texto de Carlito Lima

- Que decepção Leonardo! Você é boiola! Nunca imaginei, estou traumatizada, não consigo acreditar no que vi, com meus olhos!
Resmungou Raimunda, irada, chorando diante do marido, os dois sentados à mesa da sala de seu apartamento, Leonardo cabisbaixo, cotovelos à mesa, mãos aparando o rosto, lágrimas caíam, só conseguiu dizer:
- Eu lhe amo Mundinha, mas tenho essa fraqueza, esse vício, não me contenho quando começa aquela comichão, vindo de baixo até às entranhas.
- Logo com Adalberon, seu maior amigo e compadre, padrinho do Felipinho, fugiu com medo, ainda bem que nosso filho tem um ano, não entende. Que Nojo! Em nossa cama às quatro da tarde, você de quatro na cama! O local sacrossanto de um casal foi desonrado. Não quero saber detalhes, fique calado. Vou pensar o que fazer de minha vida, nem de longe quero vê-lo - desabafou Raimunda.
Levantou-se, com desprezo cuspiu no marido, trancou-se no quarto. Leonardo tremia de culpa, de medo, de angústia, suava frio, vontade de se jogar pela janela, do segundo andar.  Quebraria apenas duas pernas, pensou. Passaram-se duas horas, mais calmo, conseguiu telefonar para Adalberon:
- Oi querido, que merda! Quem ia supor Mundinha retornar do emprego tão cedo? Vacilamos, azar, estou com vontade de morrer, quero lhe ver.
- Léo, minha cabeça está a mil, só penso no Pedrinho, me apeguei ao menino, como se fosse filho. Vamos dar um tempo colocar a cabeça no lugar, deixar a poeira baixar, depois a gente se telefona.
Raimunda passou a noite trancada, não quis saber de conversa, Léo cuidou de Pedrinho com carinho, como sempre. Dormiu no quarto do filho à custa de lexotan.
Dia seguinte pela manhã, a porta do quarto de casal estava aberta, ele olhou, não viu a esposa, percebeu um envelope branco em cima da cabeceira. Retirou uma carta, leu devagar, emocionado.
- Leonardo, nessa manhã estou pegando um avião para Fortaleza, meus pais me chamaram, vou morar com eles. Infelizmente não posso levar o Pedrinho, sei que você cuida bem dele, pelo menos isso, e dar o rabo, você sabe fazer. Quando eu estiver empregada venho buscar meu filho. Raimunda.
A carta e a ausência da esposa aliviaram Leonardo. Ele trabalha em casa com projetos, dar assessoria a algumas prefeituras, necessita apenas computador e celular, não tem patrão. Tentou ligar para a esposa, não atendeu. Adalberon apareceu ainda pela manhã, queria ver o afilhado, louco pela criança, afeiçoou-se a Pedrinho.
Meses se passaram sem notícias de Raimunda, os dois formaram um casal gay, tão em moda. Beron praticamente era babá e mãe da criança. Muito fuxico dos vizinhos, inclusive, moradores preconceituosos do prédio tentaram expulsar o casal gay. Apartamento próprio, sequer foram à Justiça, não saíram, enfrentaram os preconceitos.
Certa noite bateram à porta do apartamento, apareceu Raimunda surpreendente, foi enfática, estava trabalhando no Ceará, queria o divórcio e levar o menino. Choro geral, eles recusaram, não dariam a guarda de Felipe. Ela contratou uma advogada, retornou à Fortaleza. Depois de algumas audiências, o juiz deu ganho à Raimunda. Imediatamente ela retornou a Maceió, assinou o divórcio, levou o filho para Fortaleza, sob protestos e choros da dupla Beron e Léo. Nunca se acostumaram à falta de Pedrinho, catástrofe doméstica.
O tempo foi passando, um vazio sem Pedrinho. De repente Adalberon desapareceu do apartamento, da cidade, Léo o procurou desesperadamente. Ninguém encontrava Beron. Certo dia alguém deu a notícia: Adalberon estava morando em Fortaleza. Ele convenceu Raimunda, seria um excelente babá, tinha um amor, um apego, inexplicável por Pedrinho, tomaria conta do menino sem remuneração, apenas comida. Logo arranjou um emprego, ajudou a mãe da criança. Conversando com Raimunda, confessou detalhes de seu relacionamento gay, ele, Beron, era Papacus e Léo, Dadacus.  Inesperadamente aconteceu uma noitada de amor, ajudados pela cervejinha. Raimunda, carente, gostou e aceitou. Hoje vivem maritalmente, Pedrinho bem cuidado, um casal simpático aos vizinhos.
Leonardo ao saber da notícia, desabou a chorar, sem Raimunda, sem Adalberon, vida inútil. Fez tratamento psiquiátrico, melhorou a cabeça, não quer mais acasalamentos, quando aparece a tal comichão, vai à luta satisfazer seus desejos, sem esquecer jamais, seus dois amores.

sexta-feira, 13 de março de 2015

PAPA E IMPERADOR INSPIRAM O BRASIL...

Texto de Alberto Rostand Lanverly
Membro das Academias Maceioense e Alagoana de Letras e do IHGAL


Adepto de exercícios físicos, busco fortalecer minha musculatura em aulas especializadas, ministradas por academias de ginástica. Dias atrás, com o rosto respingando de suor, vislumbrei à minha frente uma penca de jovens, grande maioria menores de vinte anos e, cada um a seu modo, buscando alcançar o sonho da perfeição corpórea...
Olhando-os, imaginei que eles não entenderiam a vida em um país onde a inflação chegasse aos 80% mês, e muito menos compreenderiam que o poder aquisitivo do ganho de seus pais cairia pela metade, no espaço de trinta dias, levando-os a um padrão de consumo inconsistente e pouco saudável vez que, a única opção, seria correr para o supermercado, antecipando as compras mensais, logo que seu salário fosse depositado.
Vivemos assim, até julho de 1994, quanto tudo mudou com o Plano Real. Dias economicamente turbulentos outra vez são vividos no Brasil, com o visível descontrole dos dirigentes, fazendo-nos retornar a algumas épocas negras da história, amedrontando todos, sem exceção, até os que usavam em seus peitos bottons com a frase: sem medo de ser feliz.
A era de Rodrigo Borgia quando, fazendo uso da corrupção elegeu-se Papa, com o nome de Alexandre VI, parece estar sendo copiada, de forma literalmente similar quando fomentou uma era negra ao mundo então conhecido. Nomeando cardeais despreparados, cobrava propinas para liberar o funcionamento de serviços, em Roma e corrompia a tudo e a todos, até que seus interesses fossem alcançados... Isto, sem falar nas inúmeras amantes (uma delas, Giulia Farnese, nomeada por ele ministra de finanças da Santa Sé), além de filhos bastardos que não economizava em fazer.
Os métodos de Calígula também poderiam servir de espelho para os dias atuais. Segundo o grande historiador Sêneca, ungido ao poder em substituição a seu tio Tibério, como  esperança do povo que o alcunhava nossa estrela, logo se transformou em um homem arrogante, auto-definindo-se “Um Deus”, e colocando imediatamente em prática uma série de medidas, dentre as quais se destaca o tomar dinheiro da Plebe. O Imperador considerava-se tão dono da verdade que chegou a nomear seu cavalo, Incitatus, como cônsul e sacerdote.
O Brasil vive algo parecido. Assim como Alexandre VI e Calígula, os dirigentes atuais, após ungidos aos postos de mando, não poupam esforços para se tornarem amigos dos excessos. Anos atrás, o brasileiro estava longe de imaginar como seria um milhão de reais. Hoje, as facilidades negociadas por quem possui o poder valem muitas caixas de dinheiro que, somadas, fazem os sete dígitos parecerem troco.
É assim mesmo... tal qual a tenacidade da juventude que malha nas academias, a força do povo é incomensurável. Quem sabe, o fim da história que ora se desenha com letras infernais na terra que há muito deixou de nos orgulhar, não virá     a ser igual àquelas do Papa corrupto e do Imperador louco... Enquanto isto, nunca será demais repetir o que todos já sabemos: “A bruxa mentiu, a inflação subiu, a Petrobrás faliu, e o povo que vá para debaixo da ponte que caiu...”.

segunda-feira, 9 de março de 2015

GOSTO DE BALA

Texto de Carlito Lima

Almeidinha costumava usar terno branco, vestia-se elegante, sapato duas cores, bigodinho delineado, lábios grossos, indícios da descendência africana. Caixeiro viajante, trabalhava no meio do mundo. Vendia todo tipo de relógio, pulso, parede, despertador, ponto. Embolsava boas comissões das fabricas de São Paulo, excelente vendedor, conversador, simpático, convencia os clientes, lábia fina para negócios e para as mulheres.  Em seu cartão de visita estava escrito José Maria Peixoto de Almeida - Representante Comercial; eram três cartões diferentes, um para cada local onde morava. Almeidinha, antes de tudo, era um forte, sustentava três mulheres, três casas, trígamo assumido. Montou família em Maceió, em Monteiro na Paraíba e em Picos no Piauí. Organizado, morava uma semana em cada residência. Darlene, a piauiense lhe deu dois filhos, Juçara, a paraibana, pariu três vezes. A alagoana Malena não conseguiu engravidar. Ao retornar à Maceió, Almeida entrava em maratona sexual na ânsia de engravidar a esposa alagoana. Consultaram médicos, fizeram exames. Nenhuma anormalidade, o casal em excelente saúde física.
Certo final de ano, Almeidinha deixou até a boemia, frequentador assíduo da Zona de Jaraguá, encrenqueiro, quando bebia fazia arruaça, chegou a ser preso envolvido em briga por rapariga. Entretanto, naquele dezembro Zé Maria comportou-se, questão de honra engravidar a bela e gostosa Malena, a mais jovem das três, 19 anos. Passou uma semana e meia de amor nos braços, abraços, carinho e amor da esposa, quase não saiu de casa, visitou poucos clientes. Malena, depois do amor, ficava deitada, pernas levantadas, pés nas paredes, instrução do médico para engravidar. Logo depois do Natal, Almeida partiu, ano novo com Juçara, a paraibana. Meado de janeiro apareceu a menstruação de Malena, uma tristeza, ficou deprimida, raiva do marido. Maldizia o sangue que acabava, mais uma vez, o sonho de ser mãe.
Ao cair da tarde, a bela triste, tinha apenas uma diversão, debruçar-se sobre a janela apreciando o movimento das ruas de Bebedouro. Os homens gostavam, fantasiavam peripécias nos fartos seios de Malena, beleza estonteante, atraente. As mulheres enciumadas, despeitadas, chamavam-na de sem-vergonha, quenga, entretanto, jamais alguém viu caso de traição.
Certa tarde o coração de Malena bateu mais forte ao reconhecer um ex-namorado da adolescência fardado da Academia Militar das Agulhas Negras. O Cadete Villanova ao avistar sua ex-namorada cumprimentou-a com vasto sorriso, parou, dois dedos de prosa na janela, continuou o caminho até sua casa à beira da Lagoa Mundaú em Bebedouro. Toda tarde o jovem cadete Arísio Villanova saía em busca dos amigos e diversões de férias, passava invariavelmente pela janela de Malena. Certa vez, em conversa rápida, a serelepe informou, o marido estava viajando para as bandas de São Paulo, convidou Villa para discreta visita noturna.
Combinaram entrar pelos fundos da casa às 19 horas, ela deixaria a porta aberta, conversariam no quintal. Entusiasmado com a aventura, Villanova, bom cadete de Infantaria, fez progressão noturna sobre o campo, transpôs a linha férrea até chegar ao portão azul, estava escuro, sabia a cor por ter feito o reconhecimento do terreno, como bom militar. Não precisou bater, Malena, pontual, abriu o portão. Os dois se atracaram, muitos beijos, muitos desejos presos desde que eram inocentes namorados. Deitados no quintal fizeram amor noite à dentro. O cadete Villa, testosterona alta, saiu da casa de madrugada, cinco vezes amor, lindo e poderoso que nem a juventude. Arísio Villanova passou algumas noitadas frequentando o quintal da casa de Bebedouro. 
Certa noite, uma vizinha percebeu um vulto entrando no quintal da Dona Malena, ficou na espreita, reconheceu. A vitalina, além de espalhar a notícia, foi ao pai do cadete, alertando o perigo que o filho corria, o marido era valentão, arruaceiro; sabendo do chifre, não ia deixar por menos. Dr. Afrânio Villanova chamou o filho particular. No quarto, o pai tirou do bolso uma nota de Cr$ 100,00 (cem cruzeiros), lhe entregou, foi contundente no argumento:
- Meu filho, Maceió tem 100 mil habitantes, desses, 50 mil são mulheres; dessas pelo menos 500 estão disponíveis para você esta noite. Vá à rua, procure uma delas, menos Dona Malena, meu filho... beijo de mulher casada tem gosto de bala!!!
Desde esse dia o cadete Villanova não mais retornou ao quintal de Malena, percebeu o perigo da aventura. Dois anos depois, Almeidinha largou a jovem esposa, arranjou outra alagoana, fez mais três filhos. Malena terminou rapariga na Zona de Jaraguá. Villanova, hoje Coronel reformado do Exército Brasileiro, recorda, nunca esqueceu as aventuras daquelas férias de verão, os beijos de Malena com gosto de bala.

domingo, 8 de março de 2015

A MULHER AO LONGO DOS SÉCULOS

POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES

Os pensamentos abaixo, recebidos por e-mail, verdadeiros ou não, servem para mostrar como a mulher foi tratada ao longo dos séculos:
AS ESCRITURAS
- Os homens são superiores às mulheres porque Alá outorgou-lhes a primazia sobre elas. Portanto, dai aos varões o dobro do que dai às mulheres. Os maridos que sofrerem desobediência de suas mulheres podem castigá-las: deixá-las sós em seus leitos, e até bater nelas. Não se legou ao homem maior calamidade que a mulher.
• ZARATUSTRA - FLÓSOFO PERSA
- A mulher deve adorar o homem como a um deus. Toda manhã, por nove vezes consecutivas, deve ajoelhar-se aos pés do marido e, de braços cruzados, perguntar-lhe: "- Senhor, que desejais que eu faça?"
CÓDIGO DE HAMURABI
- Quando uma mulher tiver conduta desordenada e deixar de cumprir as suas obrigações do lar, o marido pode submetê-la à escravidão. Esta servidão pode, inclusive, ser exercida na casa de um credor de seu marido e, durante o período em que durar, é lícito a ele (ao marido) contrair novo matrimônio.
ARISTÓTELES - FILÓSOFO GREGO
 - A natureza só faz mulheres quando não pode fazer homens. A mulher é, portanto, um homem inferior.
SÃO PAULO
- Que as mulheres estejam caladas nas igrejas, porque não lhes é permitido falar. Se quiserem ser instruídas sobre algum ponto, interroguem em casa os seus maridos.
• CONSTITUIÇÃO INGLESA DO SÉCULO XVIII
- Todas as mulheres que seduzirem e levarem ao casamento os súditos de Sua Majestade, mediante o uso de perfumes, pinturas, dentes postiços, perucas e recheio nos quadris, incorrem em delito de bruxaria e o casamento fica automaticamente anulado.
LEI DE MANU - LIVRO SAGRADO INDIANO
- Mesmo que a conduta do marido seja censurável e mesmo que este se dê a outros amores, a mulher virtuosa deve reverenciá-lo como a um deus. Durante a infância, uma mulher deve depender de seu pai; ao se casar, de seu marido, se este morrer, de seus filhos e, se não os tiver, de seu soberano. Uma mulher nunca deve governar a si própria.
• LE MÉNAGIER DE PARIS - TRATADO DE CONDUTA MORAL
- Quando um homem for repreendido, em público por uma mulher, cabe-lhe o direito de derrubá-la com um soco, desferir-lhe um pontapé e quebrar-lhe o nariz para que assim, desfigurada, não se deixe ver, envergonhada de sua face. E é bem merecido, por dirigir-se ao homem com maldade de linguajar ousado.
HENRIQUE VII - REI DA INGLATERRA
- As crianças, os idiotas, os lunáticos e as mulheres não podem e não têm capacidade para efetuar negócios.
LUTERO - TEÓLOGO ALEMÃO
- O pior adorno que uma mulher pode querer usar é ser sábia.
 

sábado, 7 de março de 2015

NEM SEMPRE ALERTA

Texto de Alberto Rostand Lanverly
Membro das Academias Maceioense e Alagoana de Letras e do IHGAL


As fases da vida deixam marcas inesquecíveis. São aprendizados importantes disponibilizando opções variadas para nortearmos nossa jornada de forma bem mais consciente. Como aluno do Colégio Marista de Maceió, frequentei o movimento dos Escoteiros, convivendo não somente com inesquecíveis artesões da alegria, da disciplina e do saber, mas, acima de tudo, com conceitos que reputo vitais, não somente à época, mas para a vida inteira.
Nunca esqueci que o lema do escotismo, “sempre alerta”, enseja que o cidadão estar mentalmente preparado para ser forte e ativo o suficiente a atuar de maneira correta, no instante exato.
Hoje, o passar dos anos me conscientiza de que os vocábulos disciplina e organização nem de longe fazem parte do cotidiano do brasileiro. Inúmeros exemplos podem ser apresentados: Os motoristas no trânsito; o funcionamento dos postos de saúde; os horários escolhidos por órgãos públicos para pavimentarem as vias mais movimentadas ou os desfalques na Petrobras, são alguns exemplo. Some-se a este elenco de exageros, o Censo Demográfico brasileiro que, por lei, deve ocorrer a cada dez anos, mas nunca termina com menos de cinco anos de atraso, quando os dados coletados já são quase obsoletos.
Nunca me esqueci de um professor de francês, chamado Wanilo Galvão, que, quando queria elogiar seus alunos dizia: “você é mais organizado que o partido nazista”. À época, não entedia o conteúdo da sentença. Contudo, leituras diversas me fizeram compreender, que o sucesso temporal da imensa maldade praticada pelos discípulos de Hitler deveu-se, principalmente, à forma disciplinar e cirurgicamente planejada com que agiram.
Em Varsóvia, capital da Polônia, cidade localizada às margens do Rio Vístula, quando da invasão alemã, ocorrida em setembro de 1939, viviam l,5 milhões de habitantes. Os germânicos, já dominando a cidade, sem alarde, em apenas quatro meses, realizaram a triagem dos 350 mil judeus que ali residiam, identificando-os e segregando-os em guetos para, posteriormente, enviá-los aos campos de concentração. Nada fugia ao planejado. Os trens transportando número pré-estabelecido de prisioneiros, deixavam as estações em horários definidos, para nos campos de extermínio, como Auschwitz-Birkenau, por exemplo, serem incinerados diariamente em números previamente definidos.
No Brasil, em pleno Século XXI, metodologia de trabalho continua não sendo considerada prioridade. Aulas são ministradas em ambientes que mais parecem pocilgas e atendimento de saúde é oferecido sem os itens básicos necessários até para a esterilização. Obras de construção civil são iniciadas com base em cronogramas de atividades fictícias, além de orçamentos superfaturados e outras desventuras mais.
Continuo vivendo, sem nunca esquecer o juramento dos escoteiros: “Prometo, por minha honra, fazer o melhor possível para, cumprindo meus deveres, ajudar o próximo em toda e qualquer ocasião”. Esforço-me para, na medida do possível, praticar o prometido.

sexta-feira, 6 de março de 2015

E ENTÃO A GENTE CASA E ENTÃO E ENTÃO...

Texto de Gabi César Lins
Publicitária e Blogueira

O desafio primeiro é encontrar o cara perfeito. O cara que vai te entender só de te olhar. Aquele que com quase nada vai conseguir de você absolutamente tudo.
Então vocês começam a namorar e o grude gruda mesmo. Do tipo que se despedir depois de jantarem juntos parece a morte. Parece que estamos perdendo um ao outro pra sempre. Sim, tudo é exagero. Mas essa fase é pra ser exagerada mesmo. É intensa, é carnal, é quente, forte, é imensurável.
O tesão é tanto, a vontade é tanta que chega a segunda fase: o noivado. É aí que a gente surta de vez. A tara continua, o desejo continua, mas agora ambos são divididos com a neurose do casamento que provavelmente está se aproximando. A não ser que seu noivo esteja te enrolando.
Enfim, você não verá mais um vestido branco com os mesmos olhos, não poderá ver uma decoração de casamento sem que imagine como será a sua. Você pensará em mil músicas e vai se irritar porque seu noivo não vai se empolgar como você. Porque infelizmente essa é uma característica de nós mulheres. Porém, se seu noivo se envolve em tudo, não sei se te parabenizo ou se lamento.
E então chega o tão esperado dia: o casamento. E a festa acontece como o esperado, a lua-de-mel é perfeita, a casa está toda montada e tudo pronto para a tão sonhada vida a dois.
Até que surgem as manias, os defeitos e o lado B daquele que amamos tanto, inclusive o nosso próprio lado B.
Muita mulher jura que jamais fará cocô na frente do marido. Mentira.
Dizem também que soltar pum é um absurdo. Outra mentira.
Não há como evitar. Ninguém vai alugar uma casa pra ir lá e fazer suas necessidades fisiológicas. Meu pai dizia que a intimidade acaba com tudo. Eu discordo.
Discordo porque não há nada melhor do que ter confiança em ser quem você é sem se preocupar com a gordurinha pulando, o peito caído o mau cheiro depois de sair do banheiro.
Muitos vão dizer que é nojento. Para mim é uma declaração de amor diária. É a certeza que ambos se completam e que não há defeito que atrapalhe o vínculo de amor entre eles. Enfim, não é a melhor sensação do mundo, mas saber que posso soltar um pum sem me sentir mal sem sombra de dúvidas também é uma prova de amor.
Sem ofensas, crenças ou dó, por hoje é só.

quinta-feira, 5 de março de 2015

CAMISETAS NO CAMPUS

POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES

Tudo começou quando a turma de estudantes de Direito resolveu colocar uma frase em uma camiseta:
 - Seu namorado faz direito?  Vem cá, que eu faço.
A partir daí, os estudantes dos demais cursos resolveram partir para uma guerra de criatividade:
• OS FUTUROS E PREPOTENTES MÉDICOS
- Ele pode até fazer direito, mas ninguém conhece seu corpo melhor que eu.
• A RAPAZIADA DE GEOGRAFIA
- Uns até que podem fazer direito; outros até podem conhecer o seu corpo; mas, somente nós, sabemos a localização exata do seu Ponto G.
• O PESSOAL DE ADMINISTRAÇÃO
- Não adianta conhecer o corpo, saber se localizar e fazer direito, se não souber administrar o que tem.
• AGRONOMIA, JOGANDO PESADO
- Uns conhecem dizem bem; outros dizem fazer direito; outros sabem localizar; e alguns, sabem administrar o que tem, mas, plantar a mandioca como nós, ninguém consegue!
• OS FUTUROS PUBLICITÁRIOS
- De que adianta conhecer bem, saber localizar, fazer direito, saber administrar e plantar a mandioca se depois não puder contar pra todo mundo?
• A MOLECAGEM DA TURMA DE FÍSICA
- De que adianta conhecer bem, saber localizar, fazer direito, saber administrar, plantar a mandioca e poder contar pra todo mundo se não tiver energia e potência para fazer várias vezes?
• A EXATIDÃO DA TURMA DE MATEMÁTICA
- De que adianta conhecer bem, saber localizar, fazer direito, saber administrar, plantar a mandioca, poder contar pra todo mundo, ter energia e potência, se somente nós temos a medida certa?
• OS FUTUROS ARQUITETOS, QUERENDO DEMONSTRAR MACHISMO
- De que adianta conhecer bem, saber localizar, fazer direito, saber administrar, plantar a mandioca, poder contar pra todo mundo, ter energia e potência, ter a medida certa e não ter a nossa criatividade?
• A TURMA DE ECONOMIA, CURTA E GROSSA
- De que adianta conhecer bem, saber localizar, fazer direito, saber administrar, saber plantar a mandioca, poder contar pra todo mundo, ter energia e potência, ter a medida certa e ser criativo, se mulher gosta mesmo é de dinheiro?
• A TURMA DE COMPUTAÇÃO, COM COMPLEXO DE SUPERIORIDADE
- De que adianta conhecer bem, saber localizar, fazer direito, saber administrar, saber plantar a mandioca, poder contar pra todo mundo, ter energia e potência, ter a medida certa, ser criativo e ter dinheiro, se somente nós podemos dar prazer real e virtual?
• A TURMA DE ENGENHARIA, DO ALTO DA SUA SABEDORIA
- De que adianta conhecer bem, saber localizar, fazer direito, saber administrar, saber plantar a mandioca, poder contar pra todo mundo, ter energia e potência, ter a medida certa, ser criativo e ter dinheiro, dar prazer real e virtual, se somente os engenheiros sabem como recuperar os estragos que os outros fazem?
• OS FUTUROS QUÍMICOS, METIDOS A BESTAS
- De que adianta conhecer bem, saber localizar, fazer direito, saber administrar, saber plantar a mandioca, poder contar pra todo mundo, ter energia e potência, ter a medida certa, ser criativo e ter dinheiro, dar prazer real e virtual, saber como recuperar estragos, se uma relação, para dar certo, precisa ter "química"?
• A TURMA DE PSICOLOGIA, METIDA A GARANHÃO
- De que adianta conhecer bem, saber localizar, fazer direito, saber administrar, saber plantar a mandioca, poder contar pra todo mundo, ter energia e potência, ter a medida certa, ser criativo e ter dinheiro, dar prazer real e virtual, saber como recuperar estragos, ter química e não estar preparado psicologicamente?
Diante de tanta gozação masculina, as meninas de NUTRIÇÃO resolveram dar o troco e escreveram:
- De que adianta conhecer bem, saber localizar, saber fazer direito, saber administrar, plantar a mandioca, poder contar pra todo mundo, ter energia e potência para fazer várias vezes, ter a medida certa, ser criativo, ter dinheiro, dar prazer real e virtual, saber recuperar estrago, ter química e estar preparado psicologicamente se, no final das contas, a gente sempre precisa ensinar a comer!