sábado, 30 de junho de 2018

DISCRIMINAÇÃO CONTRA OS BRANCOS

Texto de Ives Gandra Martins

Hoje tenho eu a impressão de que o “cidadão comum e branco” é agressivamente discriminado pelas autoridades e pela legislação infraconstitucional, a favor de outros cidadãos, desde que sejam índios, afrodescendentes, homossexuais ou se autodeclarem pertencentes às minorias submetidas a possíveis preconceitos.
Assim é que, se um branco, um índio ou um afrodescendente tiverem a mesma nota em um vestibular, pouco acima da linha de corte para ingresso nas Universidades e as vagas forem limitadas, o branco será excluído, de imediato, a favor de um deles. Em igualdade de condições, o branco é um cidadão inferior e deve ser discriminado, apesar da Lei Maior.
Os índios, que pela Constituição (art. 231) só deveriam ter direito às terras que ocupassem em 5 de outubro de 1988, por lei infraconstitucional passaram a ter direito a terras que ocuparam no passado. Menos de meio milhão de índios brasileiros - não contando os argentinos, bolivianos, paraguaios, uruguaios que pretendem ser beneficiados também - passaram a ser donos de 15% do território nacional, enquanto os outros 183 milhões de habitantes dispõem apenas de 85% dele. Nesta exegese equivocada da Lei Suprema, todos os brasileiros não índios foram discriminados.
Aos “quilombolas”, que deveriam ser apenas os descendentes dos participantes de quilombos, e não os afrodescendentes, em geral, que vivem em torno daquelas antigas comunidades, tem sido destinada, também, parcela de território consideravelmente maior do que a Constituição permite (art. 68 ADCT), em clara discriminação ao cidadão que não se enquadra nesse conceito.
Os homossexuais obtiveram, do Presidente Lula e da Ministra Dilma Roussef, o direito de ter um congresso financiado por dinheiro público, para realçar as suas tendências, algo que um cidadão comum jamais conseguiria.
Os invasores de terras, que violentam, diariamente, a Constituição, vão passar a ter aposentadoria, num reconhecimento explícito de que o governo considera, mais que legítima, meritória a conduta consistente em agredir o direito. Trata-se de clara discriminação em relação ao cidadão comum, desempregado, que não tem este "privilégio", porque cumpre a lei.
Desertores e assassinos, que, no passado, participaram da guerrilha, garantem, a seus descendentes, polpudas indenizações, pagas pelos contribuintes brasileiros. Está, hoje, em torno de 4 bilhões de reais o que é retirado dos pagadores de tributos para “ressarcir” àqueles que resolveram pegar em armas contra o governo militar ou se disseram perseguidos.
E são tantas as discriminações, que é de se perguntar: de que vale o inciso IV do art. 3º da Lei Suprema?
Como modesto advogado, cidadão comum e branco, sinto-me discriminado e cada vez com menos espaço, nesta terra de castas e privilégios.

quinta-feira, 28 de junho de 2018

MEU ADORÁVEL PRIMO

Texto de Aloisio Guimarães

Certo dia estava na praia de Jatiúca, sozinho e sentado na areia, quando apareceu um primo meu, de nome José "Zé" Aloisio, que fazia tempos que não nos encontrávamos Assim que me viu, após os cumprimentos iniciais, ele sentou-se junto a mim.
Depois de alguns minutos, duas garotas, na faixa dos 20 anos, sentaram próximas a nós.
Sem se importar com a presença das jovens, continuamos a conversar sobre nossa família:
- Como vai tia Isa (como minha mãe era chamada na família)?
- Vai bem... E tia Lucila (mãe dele, minha tia), como vai?
Pela proximidade, cerca de um metro, mesmo sem querer, as duas garotas ouviam toda a nossa conversa e percebiam que éramos primos.
De repente, Zé Aloisio fica em pé e me convida:
- Primo, vamos dar um mergulho?
Eu respondi:
- Vou não, primo, a água está muito fria; vai você, que eu fico aqui...
Em seguida, ele tira o relógio do pulso, a carteira porta-cédula e a camiseta e, dirigindo-se a uma das garotas, entrega-os e solicita:
- Você dá uma olhada aqui, prá mim?
E, passo seguinte, se dirige para o mar.
As duas garotas olharam para mim e fizeram aquele olhar interrogativo, estranhando o fato dele não ter confiado os seus pertences a mim, seu primo, visto que, ouvindo o nosso papo, elas tinham tomado conhecimento do nosso parentesco.
Mudamente, eu respondi-lhes apenas "dando os ombros"...
Como não encontrei um buraco para me esconder, levantei-me e fui embora, sem esperar o meu “querido” primo sair da água.
Com todo respeito à minha tia:
- Um tremendo filho da puta!
Até hoje não tenho notícia se ele morreu afogado...

quarta-feira, 27 de junho de 2018

POEMA AFRICANO

POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES                                    
                                            
                                            
                                             Meus caros irmãos,
                                             Quando nasci eu era negro,
                                             Agora cresci e continuo negro.
                                             Quando tomo sol, fico negro.
                                             Quando estou com frio, fico negro.
                                             Quando tenho medo, fico negro.
                                             Quando estou doente, fico negro.
                                             Quando morrer, ficarei negro.
                                             E você homem, branco,
                                             Quando nasce, é rosa.
                                             Quando cresce, fica branco.
                                             Quando toma sol fica, vermelho.
                                             Quando sente frio, fica roxo.
                                             Quando sente medo, fica verde.
                                             Quando está doente, fica amarelo.
                                             Quando morre, fica cinza.                                             
                                             E ainda tem a cara de pau,
                                             De me chamar de homem de cor?
 

terça-feira, 26 de junho de 2018

NO TEMPO DAS DILIGÊNCIAS

Texto de Aloisio Guimarães

Quando criança, em Palmeira dos Índios, não perdia as matinês do Cine Palácio (de propriedade de Itamar Malta), principalmente quando eram filmes do gênero “bang-bang”: "A Árvore dos enforcados", "Billy The Kid", "Sete homens e um destino", "Duelo ao pôr do sol", "Jesse James", "O dólar furado", "Álamo", "Os brutos também amam", "O homem que matou o facínora"...
São excelentes e inesquecíveis filmes, tanto que alguns deles ainda são procurados e assistidos nos dias atuais.
De todos eles, talvez o maior clássico seja "No Tempo das Diligências", com John Wayne (direção de John Ford). Este filmaço mostra a história de nove pessoas que são obrigadas a embarcar em uma perigosa viagem de diligência, através do território indígena, no estado do Arizona. Cada uma das personagens tem um motivo pessoal que o obriga a realizar a viagem. O filme é repleto de cenas clássicas dos westerns americanos: lutas com os índios, duelos na cidade...
Excetuando-se os "filmes de índios", como "No Tempo das Diligências", normalmente, os filmes de cowboy tinham sempre o mesmo enredo: um forasteiro que chegava a um lugarejo qualquer, perdido no meio-oeste americano, e terminava livrando-o do domínio do fazendeiro mau-caráter, que expulsava os pequenos colonos de suas terras e delas se apoderava. No final, após a realizar a limpeza que fazia na cidade, ele terminava ficando com a mocinha,  é lógico. No desenrolar da trama, sempre ocorriam assaltos às diligências e trens; assaltos a bancos; o manda-chuva da cidade tinha sua casa sempre cercada de capangas; os membros das quadrilhas, vez por outra, resgatavam os seus líderes presos nas cadeias; às vezes, o armazém que abastecia o lugarejo de suprimentos era assaltado...
Tais recordações fazem com que eu lhe pergunte:
- Existe alguma semelhança com os dias atuais?
- Hoje em dia ocorrem assaltos aos meios de transportes (ônibus, vans, táxis...)?
- Será que hoje são registrados assaltos a bancos, loterias, correios...?
- Será que hoje encontramos seguranças armados em portas das casas e das lojas?
- Será que os líderes de gang criminosas de hoje são resgatados por seus comandados?
 - Será que os nossos armazéns (lojas, mercearias, butiques...) estão sendo assaltados?
Se você respondeu "sim" para a maioria das questões acima, então, meu amigo, você está vivendo no "velho oeste americano", no ano de 1880 e, quem sabe, daqui a um século, seus netos estejam vivendo no ano 2018.
Ah, antes que eu esqueça:
- Naquele tempo, apesar de existirem juízes corruptos, os criminosos eram enforcados!

segunda-feira, 25 de junho de 2018

CHEQUE SEM FUNDOS

Texto de Aloisio Guimarães

Jamais esquecemos as passagens interessantes da infância dos nossos filhos, não importando o quanto os anos passem.
No nosso caso, um dos momentos inesquecíveis vividos com a nossa filha, Edoarda, ocorreu quando ela tinha mais ou menos uns oito anos e estávamos fazendo compras na loja Bompreço, em Maceió.
Ao passarmos pela seção de brinquedos, ela nos pediu (a mim e à minha mulher) para comprarmos a famosa e caríssima (na época) boneca Barbie, modelo novo e recém-lançado.
Depois de ouvirmos o seu pedido, falamos que, no momento, era impossível porque ainda não tínhamos recebido o salário.
Após escutar nossa justificativa ela não se fez de rogada e, inocentemente, sugeriu:
- Ôxente, painho, passe um cheque!
Na hora, achamos muita graça e ficamos orgulhosos da sua presença de espírito para nos convencer da compra. Mas, assim que chegamos à nossa casa, tratamos logo de explicar-lhe o que era um cheque; o que era ter dinheiro em banco; o que acontecia com o nosso dinheiro guardado no banco, quando passávamos um cheque; quando é que podíamos passá-los; o que era cheque sem fundos e o que acontecia com quem passava esse tipo de cheque.
Tenho certeza de que ela aprendeu sobre a responsabilidade que se deve ter na emissão de um cheque.
Hoje, após vários anos, quando saímos para almoçar, na brincadeira, mas reforçando a lição dada, falo para ela:
- Filha, hoje quem vai pagar é você...
E, quando ela responde:
- Eu não, estou lisa!
Imediatamente retruco:
- Ôxente, passe um cheque!
Risos na certa...
No item honestidade, a missão de pai foi cumprida!

domingo, 24 de junho de 2018

O BEM

POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES




sábado, 23 de junho de 2018

A COPA QUE NÃO FUI

Texto de Aloisio Guimarães

Em 1986 participei de um Concurso Nacional de Redação, da Rede Manchete de Televisão e R.J. Reynolds Tabacco Companny (cigarros Camel), cujo tema era "Minha aventura com meu time de futebol". Dentre os membros da comissão julgadora estava, entre outros, Arnaldo Niskier, jornalista do Grupo Manchete e, depois, Membro da Academia Brasileira de Letras. A premiação, para os dois primeiros colocados, era ir a Copa do Mundo de Futebol no México, ganhando passagem de ida e volta, hospedagem em hotel cinco estrelas (em Acapulco - Hotel Pierre Marques), transporte em voo fretado nos dias dos jogos, todos os traslados, U$ 500.00 (cash) e ingressos para os jogos semifinal e final.
Fui um dos ganhadores, tirando em 2º lugar (RESULTADO PUBLICADO NA REVISTA MANCHETE - ANO 35 - Nº 1.785 - DE 5 DE JULHO DE 1986). A história que criei foi uma mistura de realidade e ficção e com um final surpreendente para a época (23 anos atrás). Acho até que foi a surpresa do final que fez com que eu ganhasse o concurso. Em linhas gerais, foi o seguinte:
· REALIDADE 1
O meu pai era dono do Ferroviário, time de futebol da cidade de Igaci, formado por garotos da cidade. O time era considerado imbatível na região.
· REALIDADE
A zaga do time era considerada "uma verdadeira muralha"! Tão imbatível e segura que, em 8 anos de existência, jogando todos os finais de semana, tínhamos contabilizado apenas 5 derrotas!
· REALIDADE
Quando jogávamos fora de casa, quase sempre viajávamos em cima de uma caminhonete pau-de-arara.
· REALIDADE 4
Nas noites de domingo, a torcida esperava pela nossa volta para saber de quanto tínhamos ganho o jogo. Para isto, dávamos voltas ao redor da pracinha da cidade, gritando o resultado da partida de futebol.
· FICÇÃO
Certo dia, fomos jogar na cidade vizinha e fomos goleados implacavelmente, tendo o centroavante do time adversário humilhado a nossa respeitada defesa. Diante de tal catástrofe, todos defendiam que devíamos atrasar a volta para casa, só voltando pela madrugada, quando todos já estivessem dormindo, para não frustrar a torcida que nos esperava na praça. Arrumamos desculpas para tudo, menos para um fato inusitado: O centroavante do time adversário que, repito, humilhou a nossa zaga, respondia pelo nome de Maria José da Silva - uma garota de 13 anos!
Fui premiado, mas, medroso, eu não fui à Copa do Mundo porque, meses antes, ocorreu um grande terremoto na Cidade do México. A Copa do Mundo que deveria ter ido, só vi pela televisão. No meu lugar, mandei Maspole, um dos meus irmãos. Como "recompensa", ele me presenteou com um videocassete, que hoje soa como uma grande bobagem, mas, à época, era a grande novidade tecnológica. Tenho certeza absoluta de que fui um dos primeiros alagoanos a possuir este tipo de aparelho.
Até agora não fui, mas, quem sabe, um dia eu não vá a uma Copa? Deus é Pai, não é padrasto...

terça-feira, 19 de junho de 2018

domingo, 17 de junho de 2018

O PODER DO SILÊNCIO

POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES

Pensar antes de reagir é uma das ferramentas mais nobres do ser humano nas relações interpessoais. Nos primeiros trinta segundos de tensão, cometemos os maiores erros de nossa vida, falamos palavras e temos gestos diante das pessoas que amamos que jamais deveríamos expressar. Nesse rápido intervalo de tempo, somos controlados pelas zonas de conflitos, impedindo o acesso de informações que nos subsidiariam a serenidade, a coerência intelectual, o raciocínio critico.
Um médico pode ser muito paciente com as queixas de seus pacientes, mas muitíssimo impaciente com as reclamações de seus filhos. Pensa antes de reagir diante de estranhos, mas não diante de quem ama. Não sabe fazer a oração dos sábios, nos focos de tensão, o silêncio.
Só o silencio preserva a sabedoria quando somos ameaçados, criticados, injustiçados. Se vivermos debaixo da ditadura da resposta, da necessidade compulsiva de reagir quando pressionados, cometeremos erros, alguns muito graves. Cada vez as pessoas estão perdendo o prazer de silenciar, de se interiorizar, refletir, meditar. O dito popular de contar até dez antes de reagir é imaturo, não funciona. O silêncio não é se aguentar para não explodir; o silêncio é o respeito pela própria inteligência.
Quem faz a oração dos sábios não é escravo do binômio do bateu-levou. Quem bate no peito e diz que não leva desaforo para casa, não pensa nas consequências de seus atos. Quem se orgulha de vomitar para fora tudo que pensa, machuca quem mais deveria ser amado. Não conhece a linguagem do autocontrole.
Decepções fazem parte do cardápio das melhores relações. Nesse cardápio precisamos do tempero do silencio para prepara o molho da tolerância. Para conviver com máquinas não precisamos de silêncio nem da tolerância, mas com seres humanos elas são fundamentais. Ambos são frutos nobres da arte de pensar antes de reagir. Preserva a saúde psíquica, a consciência, a tranquilidade. O silêncio e a tolerância são o vinho dos fortes, a reação impulsiva é a embriagues dos fracos. O silencio e a tolerância são as armas de quem pensa; a reação instintiva é a arma de quem não pensa. É muito melhor ser lento no pensar do que rápido em machucar. É preferível conviver com uma pessoa simples, sem cultura acadêmica, mas tolerante, do que com um ser humano de ilibada cultura, saturada de radicalismo, egocentrismo, estrelismo. Sabedoria e tolerância não se aprendem nos bancos de uma escola, mas no traçado da existência. Ninguém é digno de maturidade se não usar suas incoerências para produzi-la.
Todo ser humano passa por turbulências na vida. A alguns falta pão na mesa; a outros, a alegria na alma. Uns lutam para sobreviver; outros são ricos e abastados, mas mendigam o pão da tranquilidade e da felicidade.
Os milionários quiseram comprar a felicidade com o seu dinheiro; os políticos quiseram conquistá-la com o Poder; as celebridades quiseram seduzi-la com sua fama, mas ela não se deixou achar. Balbuciando aos ouvido de todos, disse:
- Eu me escondo nas coisas simples e anônimas.
Todos fecham os seus olhos quando morrem, mas nem todos enxergam quando estão vivos.

sexta-feira, 15 de junho de 2018

OS MANDAMENTOS DA TERCEIRA IDADE

POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES

Adaptação de “Compreendendo Melhor Como Viver a Terceira Idade, na Opinião da Terceira Idade”, do Dr. Conceil Corrêa da Silva.
• ARTIGO PRIMEIRO
NÃO SE APOSENTE DA VIDA PARA SE TORNAR UMA PRAGA DA FAMÍLIA
A vida é atividade, e o verdadeiro elixir da eterna juventude é o dinamismo. Não despreze as ocupações enquanto tiver energia para as lutas cotidianas. SE não tiver nada pra fazer vá caminhar, passear no shopping, jogar baralho na praça..qualquer coisa, menos aporrinhar os outros!
• ARTIGO SEGUNDO
SEJA INDEPENDENTE E PRESERVE A SUA LIBERDADE, MESMO QUE SEJA DENTRO DE UM QUARTINHO
Quem renuncia ao próprio lar, obriga-se a andar na ponta dos pés, para evitar atritos com noras, genros, netos e outros parentes. Se possível more num flat. Melhor usar suas economias para ter um resto de vida feliz. Não economize no item "Moradia"; a próxima vai ser a última e definitiva...
• ARTIGO TERCEIRO
MANTENHA O GOVERNO DA SUA PRÓPRIA BOLSA
Ajude os seus filhos financeiramente, na medida das suas posses;  reserve uma parte para emergências.  Tenha o melhor plano de saúde que puder pagar.  Se você depender do governo, tá no sal!
• ARTIGO QUARTO
CULTIVE A ARTE DA AMIZADE COMO SE FOSSE UMA PLANTA RARA, CERCANDO OS FAMILIARES E AMIGOS DE CUIDADOS COMO SE FOSSEM FLORES
Se a sua memória estiver falhando, anote numa agenda sentimental as datas mais importantes das suas vidas, e compartilhe com eles a alegria de estar presente.
Como você é um velho do século XXI, aprenda a mexer com a Internet: programe todos os aniversários em seu email, ele informará a você com antecedência e você nunca mais esquecerá nada!
• ARTIGO QUINTO
CUIDE DA SUA APARÊNCIA E SEJA O MAIS ATRAENTE POSSÍVEL
Não seja um daqueles velhos relaxados, que exibem caspa na gola do paletó e manchas de gordura na roupa, que revelam o cardápio da semana. Nunca despreze o uso de água e sabão. Vá ao salão de beleza uma vez por mês, pelo menos: a moça vai fazer sua unha, seu pé, cabelo e barba... Não tem preço ficar ela agradando-lhe por uma gorjeta! Vista-se como um Lord. Nada daquelas bermudas xexelentas, moletons rosa e sapatinho de velho!
• ARTIGO SEXTO
SEJA CORDIAL COM SEUS VIZINHOS
Evite implicar-se com o latido do cachorro, o miado do gato, o lixo fedorento na calçada, ou o volume do rádio. Um bom vizinho é sempre um tesouro, especialmente se os parentes morarem distantes. Seja esperto: use um mp3 e ouça músicas com fones de ouvido, para se livrar dos barulhos que lhe chateiam. Um Frank Sinatra, Nat King Cole... Acalmarão você e o farão lembrar os bons tempos, sem saudosismo. Se  estiver depressivo, ataque de Elvis, Beatles, Creedence, Roling Stones... Todos do nosso tempo!
• ARTIGO SÉTIMO
CUIDADO COM O NARIZ E NÃO SE INTROMETA NA VIDA DOS FILHOS ADULTOS
Eles são seres com cérebro, coração, vontade, e contam com muitos anos para cometerem os seus próprios erros. Feche a matraca!
• ARTIGO OITAVO
FUJA DO VÍCIO MAIS COMUM DA VELHICE, QUE É A PRESUNÇÃO
A longa vida pode não lhe ter trazido sabedoria. Há muitos que chegam ao fim da jornada, tão ignorantes como no início dela. Faça de conta que você nunca viveu nada. Experiência não se passa. Fique só observando os erros e não se meta, a menos que alguém peça a sua opinião. Resista á vontade de dá-la Tudo o que é de graça, não tem valor. Deixe que a "humildade" seja a sua marca mais forte.
• ARTIGO NONO
OS CABELOS BRANCOS NÃO LHE DÃO O PRIVILÉGIO DE SER RANZINZA E INCONVENIENTE
Lembre-se de que toda paciência tem limite, e que não há nada mais desagradável do que alguém desejar a sua morte. Aprenda jogar xadrez, a usar a internet... Ou ocupe a sua mente com outras coisas. Não encha o saco dos outros!
• ARTIGO DÉCIMO
NÃO SEJA REPETITIVO, CONTANDO A MESMA HISTÓRIA TRÊS, QUATRO, CINCO VEZES 
Quem olha só para o passado, tropeça no presente e não vê a passagem para o futuro. Fique de boca fechada e você será um sábio. Lembre-se que você tem dois ouvidos e uma boca só: isso não é por acaso!

quinta-feira, 14 de junho de 2018

PARA A VIDA

POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES
 

1. Um dia, os homens de uma aldeia decidiram orar para que chovesse. No dia da oração todas as pessoas se reuniram, mas apenas um menino veio com um guarda-chuva. Isso é FÉ. 

2. Quando você lança um bebê no ar e ele ri, é porque ele sabe que você o pegará novamente. Isso é CONFIANÇA. 

3. Todas as noites vamos dormir sem a garantia de que estaremos vivos na manhã seguinte, no entanto, colocamos o despertador para acordar. Isso é ESPERANÇA

4. Podemos fazer grandes planos para amanhã, mesmo que nós não conheçamos o futuro em tudo. Isso é SEGURANÇA

5. Nós vemos o sofrimento no mundo e, apesar disso, nos casamos ​​e temos filhos.  Isso é AMOR 

6. Havia um homem velho com o seguinte escrito em sua camiseta: "Eu não tenho 70 anos, eu tenho 16 com 54 anos de experiência." Isso é ATITUDE

Viva a sua vida com fé, confiança, esperança, segurança, amor e atitude!


 

sábado, 9 de junho de 2018

MALHAÇÃO ILIMITADA

Texto de Aloisio Guimarães

Toda mulher, independentemente da idade, na ânsia de cuidar da saúde, ficar sarada ou gostosona, tem a mania de academia, mas igual à minha não existe.
Diariamente, acorda às 6 horas da manhã e faz 45 minutos, rigorosamente cronometrados, de um aparelho chamado de STEP, algo parecido com degraus, providos de molas (duras).
Depois disso, ela passa meia hora em pé, “dirigindo o fogão", preparando o café do maridão, no caso, eu.  Em seguida, vamos juntos para o trabalho, onde ficamos até as 14 horas, porque precisamos pagar as nossas contas e dinheiro não cai do céu...
Quando regressamos, é hora dela passar mais meia hora, novamente "dirigindo o fogão", para fazer o almoço. Tão logo terminamos de almoçar ela vai correndo lavar os pratos, pois não permite de maneira alguma que eu faça isso porque, segundo ela, "é serviço de mulher" (eita mulé arretada da gota serena!).
Terminada a agradável tarefa de cozinhar e lavar os pratos, ela vai para a academia - só para mulheres e professora mulher, porque eu “sou maluco, mas tenho juízo” e mulher minha não vai ficar por aí, dando bobeira...
Quando volta da academia, ainda tem disposição para mais uns 40 minutinhos, “jogo-rápido”, fazendo o seu "cooperzinho" na esteira que temos em casa.
E tudo isto é quando estamos sem empregada, como agora. Quando tínhamos empregada, o tempo que ela hoje “desperdiça dirigindo o fogão e lavando pratos", ela se divertia dando suas pedaladas na bicicleta ergométrica que tinha e, felizmente, foi doada por falta de espaço suficiente.
Ultimamente ela sentiu fortes dores nas costas, pescoço e braços. Após vários exames, foi diagnosticada com tendo "bico de papagaio" e “3 hérnias de disco” (no caso dela, pela quantidade de hérnias, deveria ser chamado de “hérnia de discoteca”).
Mesmo com problemas na coluna, você pensa que ela parou? Enganado! Ela continua querendo manter o mesmo ritmo desenfreado de ginástica!
Vendo diariamente toda essa obsessão, digo-lhe sempre que algum dia, quando um amigo me encontrar na rua, vai ocorrer o seguinte diálogo:
- Oi, Aloisio, cadê a Vanja, como é que ela está?
- Cara, você não soube?! Ela morreu de repente, cheia de saúde!

Agora, o que eu não compreendo é o porquê dela ficar brava comigo, quando escuta este meu comentário...
Finalmente, cá para nós, hoje à noite, depois que ela ler isto tudo, será que vou dormir na cama ou no sofá?