terça-feira, 30 de novembro de 2021

A RÃ

 Texto de Olivier Clerc

Imagine uma panela cheia de água fria, na qual nada, tranquilamente, uma pequena rã. Um pequeno fogo é aceso embaixo da panela, e a água se esquenta muito lentamente. Pouco a pouco, a água fica morna, e a rã, achando isso bastante agradável, continua a nadar. A temperatura da água continua subindo... Agora, a água está quente mais do que a rã pode apreciar; ela se sente um pouco cansada, mas, não obstante isso, não se amedronta. Agora, a água está realmente quente, e a rã começa a achar desagradável, mas está muito debilitada; então, suporta e não faz nada. A temperatura continua a subir, até quando a rã acaba simplesmente cozida e morta...
Se a mesma rã tivesse sido lançada diretamente na água a 50 graus, com um golpe de pernas ela teria pulado imediatamente para fora da panela. Isto mostra que, quando uma mudança acontece de um modo suficientemente lento, escapa à consciência e não desperta, na maior parte dos casos, reação alguma, oposição alguma, ou, alguma revolta.
Se nós olharmos para o que tem acontecido em nossa sociedade desde há algumas décadas, podemos ver que nós estamos sofrendo uma lenta mudança no modo de viver, para a qual nós estamos nos acostumando.
Uma quantidade de coisas que nos teriam feito horrorizar 20, 30 ou 40 anos atrás, foram pouco a pouco banalizadas e, hoje, apenas incomodam ou deixam completamente indiferente a maior parte das pessoas.
Em nome do progresso, da ciência e do lucro, são efetuados ataques contínuos às liberdades individuais, à dignidade, à integridade da natureza, à beleza e à alegria de viver; efetuados lentamente, mas inexoravelmente, com a constante cumplicidade das vítimas, desavisadas e, agora, incapazes de se defenderem.
As previsões para nosso futuro, em vez de despertar reações e medidas preventivas, não fazem outra coisa a não ser a de preparar psicologicamente as pessoas a aceitarem algumas condições de vida decadentes, aliás, dramáticas.
O martelar contínuo de informações, pela mídia, satura os cérebros, que não podem mais distinguir as coisas...
Quando eu falei pela primeira vez destas coisas, era para um amanhã. Agora, é para hoje! Consciência, ou cozido, precisa escolher! Então, se você não está como a rã, já meio cozido, dê um saudável golpe de pernas, antes que seja tarde demais.
- Nós já estamos meio cozidos ou não?

quinta-feira, 25 de novembro de 2021

OLHARES

POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES

Não se esqueça, todos os dias, de olhar em 6 direções:
· Para frente: Para saber onde você está indo e planejar com antecedência.
· Para trás: Para lembrar de onde você veio e evitar os erros do passado.
· Para baixo: Para se certificar de que você não está pisando em outras pessoas e causando sua ruína ao longo do caminho.
· Para os lados: Para ver quem está lá, para apoiá-lo, e ver quem precisa do seu apoio.
· Para cima: Para se lembrar que Deus está no controle e que cuida de tudo e todos.
· Para dentro: Para você lembrar do quanto precisa se melhorar!
TENHA UM BOM DIA!

terça-feira, 23 de novembro de 2021

AMOLE O SEU MACHADO

POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES

Conta uma antiga lenda que um jovem com habilidade e rapidez no corte de lenha procurou um mestre, o melhor cortador de lenha da região, e pediu para ser seu discípulo a fim de aperfeiçoar seus conhecimentos.
O mestre concordou e começou a ensiná-lo...
Não passou muito tempo e o discípulo julgou ser muito melhor que o mestre, desafiando-o para uma competição em público. O mestre aceitou...
Durante a competição, o jovem trabalhava sem parar e, de vez em quando, olhava para conferir o trabalho do mestre. Para sua surpresa, o mestre, muitas vezes, estava sentado. Isso fortaleceu ainda mais a determinação do jovem, que continuou a cortar a lenha e a pensar “Coitado, o mestre realmente está muito velho...”.
Terminada a competição, ao medir os resultados, para surpresa do rapaz, o mestre havia cortado muito mais lenha que ele. O jovem indignado disse:
- Não entendo. Não parei de cortar lenha o dia todo, com toda minha energia, e sempre que olhava o senhor estava descansando!
Serenamente, o mestre respondeu:
- Eu não apenas descansava. Eu amolava o meu machado! Você, por estar tão empolgado em cortar mais lenha, esqueceu deste pequeno detalhe: afiar seu próprio machado! E por isso sua produtividade caiu e você perdeu.
MORAL DA HISTÓRIA:
O sucesso não depende do que você pensa, mas do que você realiza! 

segunda-feira, 22 de novembro de 2021

IRONIAS DA VIDA

POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES 

· O Advogado deseja que tenhas problemas com a Lei.
· O Hospital deseja que fiques doente.
· O Barbeiro deseja que teu cabelo cresça.
· O Professor espera que não saibas nada.
· A Prostituta deseja que teu casamento tenha problemas.
· O Dentista espera que tenhas dentes podres.
· O Mecânico espera que o teu carro estrague.
· O Posto de gasolina espera que teu carro fique sem combustível.
· O Supermercado espera que tua despensa fique limpa.
· O Coveiro espera que tu morras.
Apenas o Gatuno espera que tenhas prosperidade e riquezas na vida. Portanto, você deveria abraçar o gatuno, pois este é o único que quer o teu bem.

sexta-feira, 19 de novembro de 2021

DIA DA BANDEIRA

 POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES


O RATO DE BRONZE

 POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES

O textoabaixo foi enviado pelo "portuga" João Vieira, a quem mando um abraço, lamentando não ter tido tempo em conhecê-lo, durante as minhas férias em terras lusitanas. O teor do texto é aplicável a qualquer país, diante da insatisfação generalizada da população com a classe política:
Um cliente entrou numa loja de antiguidades. Depois de olhar para o que estava exposto, reparou numa figura de um rato em bronze, muito realista e que não tinha preço. Como gostou da peça decidiu comprá-la. Chamou o dono da loja e perguntou:
- Quanto custa este rato de bronze?
E o dono disse-lhe:
- A estátua 12€ e 500€ a sua história…
O cliente pagou os 12€ e disse ao proprietário:
- Eu levo apenas o rato, não estou interessado na sua história.
Ele saiu da loja e, caminhando pela rua, observou que começava a surgir certa quantidade de ratos reais, ao vivo, que saiam de todos os cantos e esgotos. O homem tremeu da surpresa e começou a andar mais rápido. Mas, alguns quarteirões depois, o número de ratos vivos multiplicava-se num mar de gritos e olhares ameaçadores. Ele correu em direção ao mar e, olhando para trás, viu os ratos, agora em número na casa dos milhões, correndo mais e mais rápido. O homem, em pânico, aproximou-se do cais e jogou ao mar o rato de bronze de que tanto tinha gostado. Surpreendentemente os milhões de ratos pularam na água e afogaram-se.
O homem regressou à loja de antiguidades e o proprietário, ao vê-lo, disse-lhe:
- Bem, bem, eu penso que voltou para conhecer a história, certo?
- Não - disse o homem - eu quero saber é se você tem também para vender figuras de bronze de sindicalistas, chefes de Estado, primeiros-ministros, políticos, banqueiros...

quarta-feira, 17 de novembro de 2021

O VALOR DA TOLERÂNCIA

POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES

Quando eu ainda era um menino, ocasionalmente, minha mãe gostava de fazer um lanche, tipo café da manhã, na hora do jantar. E eu me lembro especialmente de uma noite, quando ela fez um lanche desses, depois de um dia de trabalho muito duro. Naquela noite, minha mãe pôs um prato de ovos, linguiça e torradas queimadas, defronte ao meu pai. Eu me lembro de ter esperado um pouco, para ver se alguém notava o fato. Tudo o que meu pai   fez foi pegar a sua torrada, sorrir para minha mãe e me perguntar como tinha sido o meu dia na escola. Eu não me lembro do que respondi, mas me lembro de ter olhado para ele lambuzando a torrada com manteiga e geleia e engolindo cada bocado. Quando eu deixei a mesa naquela noite, ouvi minha mãe se desculpando por haver queimado a torrada. E eu nunca esquecerei o que ele disse:
- Adorei a torrada queimada...
Mais tarde, naquela noite, quando fui dar um beijo de boa noite em meu pai, eu lhe perguntei se ele tinha realmente gostado da torrada queimada. Ele me envolveu em seus braços e me disse:
- Filho, sua mãe teve um dia de trabalho muito pesado e estava realmente cansada. Além disso, uma torrada queimada não faz mal a ninguém. A vida é cheia de imperfeições e as pessoas não são perfeitas. E eu também não sou o melhor marido, empregado, ou cozinheiro, talvez nem o melhor pai, mesmo que tente todos os dias! O que tenho aprendido através dos anos é que saber aceitar as falhas alheias, escolhendo relevar as diferenças entre uns e outros, é uma das chaves mais importantes para criar relacionamentos saudáveis e duradouros. Desde que eu e sua mãe nos unimos, aprendemos, os dois, a suprir as falhas do outro. Eu sei cozinhar muito pouco, mas aprendi a deixar uma panela de alumínio brilhando. Ela não sabe usar a furadeira, mas após minhas reformas, ela faz tudo ficar cheiroso, de tão limpo. Eu não sei fazer uma lasanha como ela, mas ela não sabe assar uma carne como eu. Eu nunca soube fazer você dormir, mas comigo você tomava banho rápido, sem reclamar. A soma de nós dois monta o mundo que você recebeu e que te apoia, eu e ela nos completamos. Nossa família deve aproveitar este nosso universo enquanto temos os dois presentes.
Poderíamos estender esta lição para qualquer tipo de relacionamento: entre marido e mulher, pais e filhos, irmãos, colegas e com amigos. Se esforce para ser sempre tolerante, principalmente com quem dedica o precioso tempo da vida, a você e ao próximo.
"Dê, a quem você ama, asas para voar, raízes para voltar e motivos para ficar."
Dalai Lama

sábado, 13 de novembro de 2021

A TEORIA DO MERTHIOLATE

Texto de Murilo Gun

Na minha infância, as crianças eram mais calmas. Sabe por quê? Porque o Merthiolate ardia muito. As crianças de vez em quando deixavam de fazer merda pensando no Merthiolate. O Merthiolate tinha uma função pedagógica. O Merthiolate também tinha uma função psicológica. Porque aquele ardor dava a impressão de que os micróbios estavam sendo mortos. Você acreditava que de fato estava curando. Mercúrio Cromo não ardia, então dava a sensação que curava menos. Quando o Merthiolate encostava na ferida, você sentia que ali tinha virado um grande campo de batalha. Você sentia o ardor da guerra. E quando o ardor passava é porque a gente tinha conseguido vencer o mal.
Além do fator pedagógico e psicológico, o Merthiolate também tinha um apelo maternal. Porque a única coisa capaz de amenizar o sofrimento do Merthiolate eram as micropartículas de saliva materna. Quando a mãe soprava na ferida, o sofrimento magicamente reduzia.
Além do fator pedagógico, psicológico e maternal, o Merthiolate também tinha uma função de geolocalização. Porque o ardor servia como sinalização se o Merthiolate tinha sido de fato colocado no local correto. Se não ardesse, é porque não colocou direito. O Merthiolate era o GPS da ferida.
Além do fator pedagógico, psicológico, maternal e de geolocalização, o Merthiolate também teve um impacto na personalidade das pessoas. O ardor incrível do Merthiolate moldou a personalidade da geração de crianças dos anos 80. As crianças desde cedo se acostumaram a ser homem, engolir choro, aguentar dor...
Hoje em dia, o Merthiolate não arde mais! Por isso essa “geração emo”, tudo cheio de frescura, onde tudo dói e todos choram por qualquer coisa…

quinta-feira, 11 de novembro de 2021

DESEJOS

POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES

Que você consiga uma casa maior, mas que quase todos os cômodos fiquem vazios por sua família estar unida ao redor de uma única mesa.
Que você compre o carro dos seus sonhos, e descubra que ele pode ficar parado na garagem enquanto você caminha de mãos dadas por um parque.
Que você realize o desejo de comprar uma TV enorme, 3D, com home theater, mas que ela permaneça desligada durante o jantar, para que você possa ouvir como foi maravilhoso o dia da sua família.
Que sua conta bancária esteja satisfatoriamente recheada, mas sobretudo, que você tenha em seu bolso um ou dois reais para comprar algodão doce e saboreá-lo sujando os dedos.
Que você tenha um excelente plano de saúde, mas que se esqueça que ele existe por não precisar usá-lo.
Que você jante em badalados restaurantes para descobrir que a maior chef que existe, cozinha todos os dias dentro da sua casa.
Que sua internet trafegue em altíssima velocidade, mas que sua melhor rede seja aquela pendurada entre duas árvores, onde você possa ouvir os pássaros cantarem.
Que você tenha um smartphone de última geração, mas que não precise usá-lo para dizer às pessoas mais importantes da sua vida o quanto elas são especiais.
Que você tenha um tablet, mas que use mais as pontas dos seus dedos para fazer cafunés do que para mandar e-mails.
Que você possa comprar boas roupas, bolsas e relógios, mas que sua verdadeira marca seja a "inspiração" deixada pelos lugares por onde passará.
E assim, conquistando tudo o que você sempre quis, você descubra que mais importante do que aquilo que você tem, é o que você faz com tudo o que conquistou.
Bom e inspirado dia, aproveitem com vossas famílias!

quarta-feira, 3 de novembro de 2021

O ESPELHO E A JANELA

POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES

Certa vez um jovem muito rico foi procurar um rabi para lhe pedir um conselho. Toda sua fortuna não era capaz de lhe proporcionar a felicidade tão sonhada. Falou da sua vida ao rabi e pediu a sua ajuda. Aquele homem sábio o conduziu até uma janela e pediu para que olhasse para fora com atenção, e o jovem obedeceu.
- O que você vê através do vidro, meu rapaz? Perguntou o rabi.
- Vejo homens que vêm e vão, e um cego pedindo esmolas na rua - respondeu o moço.
Então o homem lhe mostrou um grande espelho e novamente o interrogou:
- O que você vê neste espelho?
- Vejo a mim mesmo, disse o jovem prontamente.
- E já não vê os outros, não é verdade?
E o sábio continuou com suas lições preciosas:
- Observe que a janela e o espelho são feitos da mesma matéria prima: o vidro. Mas, no espelho há uma camada fina de prata colada ao vidro e, por essa razão, você não vê mais do que sua própria pessoa. Se você comparar essas duas espécies de vidro, poderá retirar uma grande lição. Quando a prata do egoísmo recobre a nossa visão, só temos olhos para nós mesmos e não temos chance de conquistar a felicidade efetiva. Mas, quando olhamos através dos vidros limpos da compaixão, encontramos razão para viver e a felicidade se aproxima.
Por fim, o sábio lhe deu um simples conselho:
- Só vales alguma coisa, quando tiveres coragem de arrancar o revestimento de prata que tapa os olhos, para poderes de novo ver e amar aos outros.

segunda-feira, 1 de novembro de 2021

A CHAVE E A FECHADURA

POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES

Uma jovem donzela, “doida para liberar geral”, mas com medo da língua do povo, procura o mestre Pik Aretha e pergunta:
Mestre, eu não entendo...
- O quê, minha assanhada aprendiz?
- Se um homem transa com várias mulheres, ele é visto como um garanhão. Agora, se uma mulher transa com vários homens, ela é vista como uma vadia.
- É verdade, feminista aluna...
- Não é injusto?
Do alto de sua imensa sabedoria, o Mestre responde:
- Minha filha, pense nisto desta forma: se uma chave abre várias fechaduras, ela é uma Chave-Mestra, uma coisa boa de ter...
- E?
- Já uma fechadura que é aberta por várias chaves, é diferente, não presta... Você gostaria de possuir uma fechadura assim?
- Não, Mestre...