terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

MEDO

POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES

Eu tinha medo de ficar só, até que aprendi a gostar de mim mesmo.
Eu temia fracassar, mas percebi que fracassa quem desiste.
Eu tinha medo do que as pessoas pudessem pensar de mim, até perceber que o que conta realmente é o que eu penso de mim mesmo, com consciência, lucidez e humildade.
Eu temia ser rejeitado, até perceber que devo ter fé em mim mesmo, que sou meu maior companheiro.
Eu tinha medo da dor, até perceber que o sofrimento só me ajuda a crescer e afasta de mim a arrogância.
Eu temia a verdade, até descobrir que a verdade é um espelho quebrado em mil pedacinhos e que ninguém é dono da verdade, pois não tem do que um caco dela.
Eu temia as perdas e a morte, até perceber que as perdas não representam o fim, mas o início de um novo ciclo.
Eu temia o ódio, até que aprendi que o ódio é um veneno que a pessoa toma, pensando em atingir o outro.
Eu temia o ridículo, até que aprendi a rir de mim mesmo.
Eu temia ficar velho, até que compreendi que posso ganhar sabedoria a cada dia.
Eu temia ser ferido nos meus sentimentos, até que aprendi que ninguém consegue me ferir sem a minha permissão.
Eu temia a escuridão, até que entendi a importância da luz de uma pequena estrela.
Eu temia mudanças, até que percebi as mudanças pelas quais tem que passar uma bela borboleta, antes de poder voar.
Eu ainda tinha medo de ficar só, até que aprendi que a única pessoa que estará comigo em todos os momentos da minha vida sou eu mesmo.
Enfrente cada obstáculo à medida que apareça em sua vida, com coragem e confiança e não esqueça:
- NUNCA DESISTA DE VOCÊ!

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

O QUE ACONTECEU COM CUBA?

POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES
A primeira nação da América espanhola, que utilizou máquinas e barcos a vapor foi Cuba, em 1829.
A primeira nação da América Latina e a terceira no mundo (atrás da Inglaterra e dos EUA), a ter uma ferrovia foi Cuba, em 1837.
Foi um cubano quem primeiro aplicou anestesia com éter na América Latina em 1847
A primeira demonstração, a nível mundial, de uma indústria movida a eletricidade foi em Havana, em 1877.
Em 1881, foi um médico cubano, Carlos J. Finlay, que descobriu o agente transmissor da febre amarela e definiu sua prevenção e tratamento.
O primeiro sistema elétrico de iluminação em toda a América Latina foi instalado em Cuba, em 1889.
Entre 1825 e 1897, entre 60 e 75% de toda a renda bruta que a Espanha recebeu do exterior vieram de Cuba.
Antes do final do Século XVIII Cuba aboliu as touradas por considerá-las "impopulares, sanguinárias e abusivas com os animais"
O primeiro bonde que circulou na América Latina foi em Havana em 1900.
Também em 1900, antes de qualquer outro país na América Latina foi em Havana que chegou o primeiro automóvel.
A primeira cidade do mundo a ter telefonia com ligação direta (sem necessidade de telefonista) foi em Havana, em 1906.
Em 1907, estreou em Havana o primeiro aparelho de Raios-X em toda a América Latina.
Em 19 maio de 1913 quem primeiro realizou um vôo em toda a América Latina foram os cubanos Agustin Parla e Rosillo Domingo, entre Cuba e Key West, que durou uma hora e quarenta minutos.
O primeiro país da América Latina a conceder o divórcio a casais em conflito foi Cuba, em 1918.
O primeiro latino-americano a ganhar um campeonato mundial de xadrez foi o cubano José Raúl Capablanca, que, por sua vez, foi o primeiro campeão mundial de xadrez nascido em um país subdesenvolvido. Ele venceu todos os campeonatos mundiais de 1921-1927.
Em 1922, Cuba foi o segundo país no mundo a abrir uma estação de rádio e o primeiro país do mundo a transmitir um concerto de música e apresentar uma notícia pelo rádio.
A primeira locutora de rádio do mundo foi uma cubana: Esther Perea de la Torre. Em 1928, Cuba tinha e 61 estações de rádio, 43 deles em Havana, ocupando o quarto lugar no mundo, perdendo apenas para os EUA, Canadá e União Soviética. Cuba foi o primeiro no mundo em número de estações por população e área territorial.
Em 1937, Cuba decretou pela primeira vez na América Latina, a jornada de trabalho de 8 horas, o salário mínimo e a autonomia universitária.
Em 1940, Cuba foi o primeiro país da América Latina a ter um presidente da raça negra, eleita por sufrágio universal, por maioria absoluta, quando a maioria da população era branca. Ela se adiantou em 68 anos aos Estados Unidos.
Em 1940, Cuba adotou a mais avançada Constituição de todas as Constituições do mundo. Na América Latina foi o primeiro país a conceder o direito de voto às mulheres, igualdade de direitos entre os sexos e raças, bem como o direito das mulheres trabalharem.
O movimento feminista na América Latina apareceu pela primeira vez no final dos anos trinta em Cuba. Ela se antecipou à Espanha em 36 anos, que só vai conceder às mulheres espanholas o direito de voto, o posse de seus filhos, bem como poder tirar passaporte ou ter o direito de abrir uma conta bancária sem autorização do marido, o que só ocorreu em 1976.
Em 1942, um cubano se torna o primeiro diretor musical latino-americana de uma produção cinematográfica mundial e também o primeiro a receber indicação para o Oscar norte-americano. Seu nome: Ernesto Lecuona.
O segundo país do mundo a emitir uma transmissão pela TV foi Cuba em 1950. As maiores estrelas de toda a América, que não tinham chance em seus países, foram para Havana para atuarem nos seus canais de televisão.
O primeiro hotel a ter ar condicional em todo o mundo foi construído em Havana: o Hotel Riviera em 1951.
O primeiro prédio construído em concreto armado em todo o mundo ficava em Havana: O Focsa, em 1952.
Em 1954, Cuba tem uma cabeça de gado por pessoa. O país ocupava a terceira posição na América Latina (depois de Argentina e Uruguai) no consumo de carne per capita.
Em 1955, Cuba é o segundo país na América Latina com a menor taxa de mortalidade infantil (33,4 por mil nascimentos).
  Em 1956, a ONU reconheceu Cuba como o segundo país na América Latina com as menores taxas de analfabetismo (apenas 23,6%). As taxas do Haiti era de 90%; e Espanha, El Salvador, Bolívia, Venezuela, Brasil, Peru, Guatemala e República Dominicana 50%.
Em 1957, a ONU reconheceu Cuba como o melhor país da América Latina em número de médicos per capita (1 por 957 habitantes);, com o maior percentual de casas com energia elétrica, depois Uruguai; e com o maior número de calorias (2870) ingeridas per capita.
Em 1958, Cuba é o segundo país do mundo a emitir uma transmissão de televisão em cores.
Em 1958, Cuba é o país da América Latina com maior número de automóveis (160.000, um para cada 38 habitantes). Era quem mais possuía eletrodomésticos. O país com o maior número de quilômetros de ferrovias por km2 e o segundo no número total de aparelhos de rádio.
  Ao longo dos anos cinquenta, Cuba detinha o segundo e terceiro lugares em internações per capita na América Latina, à frente da Itália e mais que o dobro da Espanha.
Em 1958, apesar da sua pequena extensão e possuindo apenas 6,5 milhões de habitantes, Cuba era 29ª economia do mundo.
  Em 1959, Havana era a cidade do mundo com o maior número de salas de cinema: (358) batendo Nova York e Paris, que ficaram em segundo lugar e terceiro, respectivamente.
- E depois o que mais aconteceu?
- Veio a Revolução...

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

MAUS ALAGOANOS E OUTRAS PRAGAS

Texto de Aloisio Guimarães

Nos últimos dias, tenho recebido alguns e-mails de alagoanos e de pessoas de outros estados, criticando a eleição do senador Renan Calheiros à presidência do Senado Federal. Alguns e-mails possuem até uma cara de "abaixo-assinado".
De antemão, quero deixar bem claro que nunca votei no senhor Calheiros. Talvez vote um dia...
Diante dos acontecimentos recentes da história do país, discordo plenamente da revolta demonstrada nos e-mails (principalmente os dos alagoanos) que esteja relacionada com a eleição do senador.
Pergunto a estes indignados:
- Por que vocês esquecem os mensaleiros petistas? Será que eles são santinhos e só o Renan é que não presta?
- Por que a juventude paulistana, que esta semana fez uma manifestação na Avenida Paulista contra Renan, não pede, com a mesma veemência e repulsa, a cassação dos mensaleiros paulistas? Por que será que eles esquecem, entre outros políticos, que o petista paulista, José Genoíno, acaba de assumir uma cadeira na Câmara Federal, mesmo depois de ter sido condenado pelo Supremo Tribunal Federal?
Eles esquecem, simplesmente, eles esquecem. E os alagoanos, desinformados, inocentes e de memória curta, estão servindo de massa de manobra aos interesses dos outros.
Não estou defendendo o senador Renan e nem tenho procuração para tal. O que não aceito é a falta de coerência de quem se julga puro e/ou honesto. Quem age desta forma, vendo apenas os defeitos dos outros, sejam quais forem os seus interesses, demonstra, claramente, o seu caráter.
O que não aceito é ver um alagoano "metendo o pau" na nossa gente e se esquecendo dos paulistas, dos cariocas, dos mineiros... O que não aceito é ver alagoano dando "panos pras mangas" para que nos ridicularizem ainda mais, como sendo da terra do "Político Sicrano" ou do "Político Beltrano", numa clara demonstração de humilhação e de preconceito.
Portanto, você, alagoano, que deseja "passar o Brasil a limpo", seja coerente com a sua moralidade e exija "Ficha Limpa" para todos. Caso contrário, você nada mais é do que um mau alagoano, que apenas contribui para manchar o nome de Alagoas. Você, moralista de outro estado, olhe para seu próprio rabo, antes de querer tocar fogo no rabo dos outros. Seus políticos não são melhores do que os nossos. Pegue a sua "moralidade", que lhe faz esquecer os políticos trambiqueiros da sua terra (com certeza, você votou e vota sempre neles) e enfie no cu!
Fui...

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

NÃO FALES DE NINGUÉM

Texto de Humberto Rohden

Toda pessoa não suficientemente realizada em si mesma tem a instintiva tendência de falar mal dos outros. A razão última dessa mania de maledicência?
- É um complexo de inferioridade unido a um desejo de superioridade.
Diminuir o valor dos outros dá-nos a grata ilusão de aumentar o nosso valor próprio.
A imensa maioria dos homens não está em condições de medir o seu valor por si mesmo. Necessita medir o seu próprio valor pelo desvalor dos outros.
Esses homens julgam necessário apagar as luzes alheias a fim de fazerem brilhar intensamente a sua própria luz.
São com vaga-lumes que não podem luzir senão por entre as trevas da noite, porque as luzes das suas lanternas fosfóreas são muito fracas.
Quem tem bastante luz própria não necessita apagar ou diminuir as luzes dos outros para poder brilhar.
Quem tem valor real em si mesmo não necessita medir o seu valor pelo desvalor dos outros.
Quem tem vigorosa saúde espiritual não necessita chamar de doentes os outros para gozar a consciência da saúde própria.
As nossas reuniões sociais, os nossos bate-papos são, em geral, academias de maledicência.
Falar mal das misérias alheias é um prazer tão sutil e sedutor, algo parecido com whisky, gim ou cocaína, que uma pessoa de saúde moral precária facilmente sucumbe a esta epidemia.
A palavra é instrumento valioso para intercâmbio entre os homens. Ela, porém, nem sempre tem sido utilizada devidamente.
Enriquecemos o coração de amor e banhemos a mente com as luzes de misericórdia divina.
Porque, de acordo com o Evangelho de Lucas, "a boca fala do que está cheio o coração".

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

SAUDADES DO CARNAVAL

Texto de Rubens Mário
PROFESSOR E ADMINISTRADOR DE EMPRESAS

Carnaval, considerado, festa pagã e até do satanás, para algumas religiões mais radicais, mas, de comunhão, de romantismo, de ternura, de amor, de família, e, sobretudo, de muita alegria, para milhares de outras pessoas.
Num passado remoto, acredito que, há cerca de 30 anos, a festa ainda retratava todos os  substantivos relatados acima. Naquelas épocas, o povo, mesmo os menos abastados, brincava, com romantismo e sem maldades; as figuras épicas do pierrô, da colombina, e do arlequim, personagens lúdicos do nosso carnaval, que foram extraídos do teatro italiano, faziam parte obrigatória da grande festa. Esses três personagens imortalizados no nosso carnaval, serviram de inspiração para o mestre Zé Kéti, junto com Pereira Matos, compor uma das mais belas letras e melodias da nossa música popular - “Máscara negra” - “Arlequim está chorando pelo amor da Colombina, no meio da multidão”… - esta linda canção que foi imortalizada pela grande Dalva de Oliveira, felizmente, até hoje, ainda é bastante cantada nos grandes bailes e nos pré-carnavais da sexta-feira e do sábado.
Aqui em nossa capital, algumas semanas antes do carnaval, a prefeitura municipal promovia as chamadas “maratonas” - em diversos bairros da capital eram armados palanques onde orquestras de frevo tocavam todas as noites, preparando os foliões para os quatro dias de folia.
Os festivais de músicas carnavalescas, também eram realizados todos os anos antes do carnaval, e tinham uma importância muito grande, tanto para a revelação de novos compositores da terra, quanto para a preservação da nossa rica cultura.
Os blocos populares, também saiam às ruas, desde, algumas semanas antes do carnaval propriamente dito; eles eram inúmeros e arrastavam poeira e multidões - “Cavaleiro dos montes”, “Amigos da onça”, “Cara dura”, “Sai da frente”, "Daqui não saio”, “Bota fora”, “Vulcão”, “Bomba atômica”, “Vareta de aço”, “Sururu da nêga” e muitos outros.
Naquelas épocas, no nosso carnaval de rua, chamavam a atenção, grandes passistas e autênticos foliões, como: o “Moleque Namorador”, “Rás Gonguila”, “Major Bonifácio” e tantos outros. Numa época mais remota, lembro com bastantes saudades de foliões que percorriam as ruas do bairro do Prado fantasiados à caráter - o saudoso “Didô” com sua imensa chupeta pendurada ao pescoço, era uma figura inconfundível.
Compositores como: Reinaldo Cavalcante, Edécio Lopes - o maior de todos - Roberto Becker, e Juvenal Lopes, também compuseram lindas canções, que as emissoras, naquela época, difundiam com bastante intensidade, motivando e incentivando as pessoas à participarem do verdadeiro carnaval.
As lanças perfume, devido à inocência e romantismo das pessoas da época, eram usadas, principalmente, pelas crianças, de forma, apenas lúdica; os confetes e serpentinas constituíam-se em apetrechos obrigatórios para todos os foliões - as “batalhas” ofereciam um colorido e uma beleza especial, tanto nos salões, quanto  nas ruas.
O corso - desfile de veículos abertos, ornamentados, era um espetáculo à parte realizado nas ruas do centro da cidade - milhares de pessoas ficavam ao longo do percurso dos corsistas, ora aplaudindo, ora, espirrando água ou aroma das lanças, ou, atirando confetes e serpentinas. Era um espetáculo deslumbrante!
Infelizmente, com a partida do nosso maior difusor do verdadeiro carnaval - Edécio Lopes - ficamos sem a publicidade na mídia; para a nossa tristeza, o velho radialista e compositor não deixou herdeiros que continuassem a sua grande obra.
Resta-nos, parabenizar os fundadores e organizadores dos blocos de frevo, em especial, aos componentes do “Pinto da madrugada”, hoje, as nossas únicas opções de carnaval, ou pré-carnaval, pelo menos, na capital, que, melancolicamente, se despede da folia com o final do desfile do “Pinto da madrugada”.
 É de fazer chorar”...

domingo, 3 de fevereiro de 2013

TRABALHADOR BRAÇAL

Texto de Marina Gentile

Sou um trabalhador braçal,
Das mãos calejadas,
Corpo empoeirado, suado,
Por não ter estudo, faço de tudo.

Preparo a massa, o traço,
Amarro o estribo com arame recozido.
Preparo as colunas para o concreto,
Corto e moldo ferro.

Sou o ajudante, pião auxiliar,
Da arte da laje armar,
Preparo as estroncas,
Do escorar.

Carrinhos de areia, pedras, cimento,
Transporto e arrumo tudo no lugar,
Blocos, pisos, revestimentos,
Muita cautela para não quebrar.

Sou a força bruta das obras,
Vítima frequente de acidente,
Sou o pião do mandado,
Nem sempre valorizado...
Oh trabalhinho duro!