quinta-feira, 30 de maio de 2019

O QUE É GLOBALIZAÇÃO

POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES

- Qual é a mais correta definição de Globalização?
- A morte da princesa Diana
- Por quê?
- Porque ela era uma princesa inglesa que tinha um namorado egípcio; sofreu um acidente de carro dentro, de um túnel francês, num carro alemão com motor holandês, conduzido por um belga, bêbado de uísque escocês, seguido por paparazzi italiano, em motos japonesas; foi tratada por um médico canadense, que usou medicamentos brasileiros.
E você, que tomou conhecimento da tragédia no noticiário da televisão digital, com tecnologia japonesa, quando bebia o seu "escocês paraguaio", agora é lembrado de tudo, através da tecnologia americana (Windows), instalada em um computador com chips feitos em Taiwan, monitor coreano, que foi montado por trabalhadores de indianos, numa fábrica de Singapura, transportado em caminhões indianos, dirigidos por motoristas indonésios, descarregados por pescadores italianos, reempacotados por mexicanos e, finalmente, vendido a você por chineses.
ISTO É GLOBALIZAÇÃO, O RESTO É CONVERSA!

terça-feira, 28 de maio de 2019

A RIQUEZA E A POBREZA

POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES


Um dia, um pai de família rica levou seu filho para viajar para o interior com o firme propósito de mostrar quanto as pessoas podem ser pobres. Eles passaram um dia e uma noite na fazenda de uma família muito pobre. Quando retornaram da viagem, o pai perguntou ao filho:
- O que achou do que viu?
O filho respondeu:
- Foi muito legal, pai!
- Você viu como as pessoas pobres podem ser?
O pai perguntou:
- Sim - respondeu o filho.
- E o que você aprendeu? - o pai perguntou.
O filho respondeu:
- Eu vi que nós temos um cachorro em casa e eles tem quatro; nós temos uma piscina que alcança o meio do jardim, eles têm um riacho que não tem fim; nós temos uma varanda coberta e iluminada com luz e eles tem as estrelas e a lua. Nosso quintal vai até o portão de entrada e eles tem uma floresta inteira.
Quando o pequeno garoto estava acabando de responder, seu pai ficou estupefato. E seu filho acrescentou:
- Obrigado pai, por me mostrar quanto pobres nós somos!
Se você tem amor, amigos, família, saúde, bom humor e atitudes positivas para com a vida, você tem tudo!

sábado, 25 de maio de 2019

O GAROTO E A CERCA

POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES

Havia um garotinho que tinha mau gênio. Seu pai lhe deu um saco cheio de pregos e lhe disse que cada vez que perdesse a paciência que batesse um prego na cerca dos fundos da casa. No primeiro dia o garoto havia pregado 37 pregos na cerca. Porém, gradativamente o número foi decrescendo. O garotinho descobriu que era mais fácil controlar seu gênio do que pregar pregos na cerca. Finalmente chegou o dia, no qual o garoto não perdeu mais o controle sobre o seu gênio. Ele contou isto a seu pai, que lhe sugeriu que tirasse um prego da cerca por cada dia que ele fosse capaz de controlar seu gênio.
Os dias foram passando até que finalmente o garoto pode contar a seu pai que não haviam mais pregos a serem retirados.
O pai pegou o garoto pela mão e o levou até a cerca. Ele disse:
- Você fez bem garoto, mas de uma olhada na cerca. A cerca nunca mais será a mesma. Quando você diz coisas irado, elas deixam uma cicatriz como esta. Você pode esfaquear um homem e retirar a faca em seguida, e não importando quantas vezes você diga que sente muito, a ferida continuará ali. Uma ferida verbal é tão má quanto uma física. Amigos são uma joia rara Eles te fazem sorrir e o encorajam a ter sucesso. Eles sempre te ouvem, tem uma palavra de apoio e sempre querem abrir seu coração para você. Mantenha isto em mente, antes de se irar contra alguém.

quinta-feira, 23 de maio de 2019

HIGIENE NA IDADE MÉDIA

POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES
 
Nos filmes com temática medieval de Hollywood vemos nobres abastados e belas damas maquiadas, penteadas e cheias de joias, vestindo túnicas pulcras e branquinhas. Tudo fachada, pois em um período entre a queda do Império Romano até a descoberta da América a higiene pessoal não era considerada uma prioridade.
Os médicos achavam que a água, sobretudo quente, debilitava os órgãos, deixando o corpo exposto a insalubridades e que, se penetrasse através dos poros, podia transmitir todo tipo de doenças. Inclusive começou a estender a ideia de que uma camada de sujeira protegia contra as doenças e que, portanto, o asseio pessoal devia ser realizado "a seco", só com uma toalha limpa para esfregar as partes expostas do corpo.
Os médicos recomendavam que as crianças limpassem o rosto e os olhos com um trapo branco para limpar o sebo, mas não muito para não retirar a cor "natural" (encardida) da tez. Na verdade, os galenos consideravam que a água era prejudicial à vista, que podia provocar dor de dentes e catarros, empalidecia o rosto e deixava o corpo mais sensível ao frio no inverno e a pele ressecada no verão. Ademais, a Igreja condenava o banho por considerá-lo um luxo desnecessário e pecaminoso.
A falta de higiene não era um costume de pobres, a rejeição pela água chegava aos estratos mais altos da sociedade. As damas mais entusiastas do asseio tomavam banho, quando muito, duas vezes ao ano, e o próprio rei só o fazia por prescrição médica e com as devidas precauções.
Os banhos, quando aconteciam, eram tomados em uma tina enorme cheia de água quente. O pai da família era o primeiro em tomá-lo, logo os outros homens da casa por ordem de idade e depois as mulheres, também por ordem de idade. Enfim chegava a vez das crianças e bebês que podiam se perder dentro daquela água suja. Não é à toa que as crianças tinham grande desgosto em tomar banho.
Tudo era reciclado. Tinha gente dedicada a recolher os excrementos das fossas para vendê-los como esterco. Os tintureiros guardavam urina em grandes tinas, que depois usavam para lavar peles e branquear telas. Os ossos eram triturados para fazer adubo. O que não se reciclava ficava jogado na rua, porque os serviços públicos de limpeza urbana e saneamento não existiam ou eram insuficientes. As pessoas jogavam seu lixo e dejetos em baldes pelas portas de suas casas ou dos castelos. Imagine a cena: o sujeito acordava pela manhã, pegava o pinico e jogava ali na sua própria janela.
O mau cheiro que as pessoas exalavam por debaixo das roupas era dissipado pelo leque. Mas só os nobres tinham lacaios que faziam este trabalho. Além de dissipar o ar também servia para espantar insetos que se acumulavam ao seu redor. O príncipe dos contos de fadas fedia mais do que seu cavalo.
Na Idade Média a maioria dos casamentos era celebrado no mês de junho, bem no começo do verão boreal. A razão era simples: o primeiro banho do ano era tomado em maio; assim, em junho, o cheiro das pessoas ainda era tolerável. De qualquer forma, como algumas pessoas fediam mais do que as outras ou se recusavam a tomar banho, as noivas levavam ramos de flores, ao lado de seu corpo nas carruagens para disfarçar o mau cheiro. Tornou-se, então, costume celebrar os casamentos em maio, depois do primeiro banho. Não é ao acaso que hoje maio é considerado o mês das noivas e dali nasceu a tradição do buquê de flores das noivas.
Nos palácios e casas de família a existência dos banheiros era praticamente nula, nem "casinha" existia. Quando a necessidade imperava, o fundo do quintal ou uma moita eram escolhidos segundo a preferência de cada um. Não era incomum também ver alguém cagando nas ruas. Os sistemas de esgoto ainda não existiam; portanto as cidades medievais eram verdadeiros depósitos de lixo e excremento. Grandes metrópoles como Londres ou Paris podiam ser consideradas naquele tempo como alguns dos lugares mais sujos do mundo.
Os mais ricos tinham pratos de estanho. Certos alimentos oxidavam o material levando muita gente a morrer envenenada, sem saber o porquê. Alguns alimentos muito ácidos, que provocavam este efeito, passaram a ser considerados tóxicos durante muito tempo. Com os copos ocorria a mesma coisa: o contato com uísque ou cerveja fazia com que as pessoas entrassem em um estado de narcolepsia produzido tanto pela bebida quanto pelo estanho. Alguém que passasse pela rua e visse alguém neste estado podia pensar que estava morto e logo preparavam o enterro. O corpo era colocado sobre a mesa da cozinha durante alguns dias, enquanto a família comia e bebia esperando que o "morto" voltasse à vida ou não. Foi daí que surgiu o costume de beber o morto e mais tarde o velório feito hoje junto ao cadáver.
O Rei Henrique VIII, famoso por romper com a Igreja Romana e por ter se casado seis vezes, tinha mais de 200 empregados que lhe serviam como cozinheiros, carregadores, abanadores, etc. Mas os serventes com a pior das sortes eram aqueles que deviam cuidar das "necessidades" do rei: tinham que despiolhá-lo uma vez ao dia, limpar sua bunda depois que fizesse suas necessidades e lavar suas partes íntimas enquanto o rei permanecia sentado e inclusive, quando a rainha estava grávida e o monarca sentia certas necessidades, um dos serviçais -homem ou mulher- devia “bater uma” para o rei. Isto, por suposto, era feito na frente de várias pessoas, que depois do "ato" trocavam suas roupas.
No entanto, mesmo diante desta porquice toda, quando um nobre viajante ou qualquer membro da nobreza se apresentava ante o rei ou a rainha, devia inclinar em sinal de veneração, e se por acaso esta pessoa nesse exato momento tivesse a má sorte de deixar escapar um "peidinho" em frente do monarca, a pena era o desterro. Ele era enviado para longe e sem poder regressar por 7 anos, isso se o rei decidisse que podia voltar. Isto muito provavelmente originou a vergonha e desaprovação de peidar na frente dos outros, pese que seja um ato natural comum a todos os mamíferos.

quarta-feira, 22 de maio de 2019

A INTRUSA

Texto de Políbio Braga

Alguns anos depois que nasci, meu pai conheceu uma estranha, recém-chegada à nossa pequena cidade. Desde o princípio, meu pai ficou fascinado com esta encantadora personagem e, em seguida, a convidou a viver com nossa família. A estranha aceitou e, desde então, tem estado conosco.
Enquanto eu crescia, nunca perguntei sobre seu lugar em minha família; na minha mente jovem já tinha um lugar muito especial.
Meus pais eram instrutores complementares. Minha mãe me ensinou o que era bom e o que era mau e meu pai me ensinou a obedecer. Mas a estranha era nossa narradora. Mantinha-nos enfeitiçados por horas com aventuras, mistérios e comédias. Ela sempre tinha respostas para qualquer coisa que quiséssemos saber de política, história ou ciência. Conhecia tudo do passado, do presente e até podia predizer o futuro! Levou minha família ao primeiro jogo de futebol. Fazia-me rir, e me fazia chorar. A estranha nunca parava de falar, mas o meu pai não se importava. Às vezes, minha mãe se levantava cedo e calada, enquanto o resto de nós ficava escutando o que tinha que dizer, mas só ela ia à cozinha para ter paz e tranquilidade. (Agora me pergunto se ela teria rezado alguma vez para que a estranha fosse embora).
Meu pai dirigia nosso lar com certas convicções morais, mas a estranha nunca se sentia obrigada a honrá-las. As blasfêmias, os palavrões, por exemplo, não eram permitidos em nossa casa…nem por parte nossa, nem de nossos amigos ou de qualquer um que nos visitasse. Entretanto, nossa visitante de longo prazo usava sem problemas sua linguagem inapropriada que às vezes queimava meus ouvidos e que fazia meu pai se retorcer e minha mãe se ruborizar.
Meu pai nunca nos deu permissão para tomar álcool. Mas a estranha nos animou a tentá-lo e a fazê-lo regularmente. Fez com que o cigarro parecesse fresco e inofensivo, e que os charutos e os cachimbos fossem distinguidos.
Falava livremente (talvez demasiado) sobre sexo. Seus comentários eram às vezes evidentes, outras sugestivos, e geralmente vergonhosos. Agora sei que meus conceitos sobre relações foram influenciados fortemente durante minha adolescência pela estranha. Repetidas vezes a criticaram, mas ela nunca fez caso aos valores de meus pais, mesmo assim, permaneceu em nosso lar.
Passaram-se mais de cinquenta anos desde que a estranha veio para nossa família. Desde então mudou muito; já não é tão fascinante como era no princípio.
Não obstante, se hoje você pudesse entrar na guarida de meus pais, ainda a encontraria sentada em seu canto, esperando que alguém quisesse escutar suas conversas ou dedicar seu tempo livre a fazer-lhe companhia...
Seu nome? Ah, seu nome… Chamamos de TELEVISÃO! É isso mesmo; a intrusa se chama TELEVISÃO! Agora ela tem um marido que se chama Computador, um filho que se chama Iphone e um neto de nome Tablet. A estranha agora tem uma família. A nossa será que ainda existe?

terça-feira, 21 de maio de 2019

CUIDE DO SEU LEÃO

POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES

Outro dia fui almoçar com um amigo, hoje chegando perto de seus 70 anos. Gosto disso. Depois de um almoço longo, no qual falamos bem pouco de negócios, mas muito sobre a vida, ele me perguntou sobre meus negócios.
Contei um pouco do que estava fazendo e, meio sem querer, disse a ele:
- Pois é... Empresário, hoje, tem de matar um leão por dia.
Sua resposta, rápida e afiada, foi:
- Não mate seu leão. Você deveria mesmo era cuidar dele.
Fiquei surpreso com a resposta e ele provavelmente deve ter notado minha surpresa, pois me disse:
- Deixe-me contar-lhe uma história que quero compartilhar com você.
Segue mais ou menos o que consegui lembrar da conversa:
- Existe um ditado popular antigo dizendo que temos de “matar um leão por dia”. E por muitos anos, eu acreditei nisso, e acordava todos os dias querendo encontrar o tal leão. A vida foi passando e muitas vezes me vi repetindo essa frase. Quando cheguei aos 50 anos, meus negócios já tinham crescido e precisava trabalhar um pouco menos, mas sempre me lembrava do tal leão. Afinal, quem não se preocupa quando tem de matar um deles por dia? Pois bem. Cheguei aos meus 60 e decidi que era hora de meus filhos começarem a tocar a firma. Mas qual não foi minha surpresa ao ver que nenhum dos três estava preparado! A cada desafio que enfrentavam, parecia que iam desmoronar emocionalmente. Para minha tristeza, tive de voltar à frente dos negócios, até conseguir contratar o Paulo, que hoje é nosso diretor geral. Este “fracasso” me fez pensar muito. O que fiz de errado no meu plano de sucessão? Hoje, do alto dos meus quase 70 anos, eu tenho uma suspeita: “a culpa foi do leão”.
Novamente, eu fiz cara de surpreso:
- O que o leão tinha a ver com a história?
Ele, olhando para o horizonte, como que tentando buscar um passado distante, me disse:
- É, pode ser que a culpa não seja cem por cento do leão, mas fica mais fácil justificar dessa forma. Porque, desde quando meus filhos eram pequenos, dei tudo para eles: uma educação excelente, oportunidade de morar no exterior, estágio em empresas de amigos... Mas, ao dar tudo a eles, esqueci de dar um leão para cada, que era o mais importante. Meu jovem, aprendi que somos o resultado de nossos desafios. A capacidade de luta que há em você, precisa de adversidades para revelar-se. Com grandes desafios, nos tornamos grandes. Com pequenos desafios, nos tornamos pequenos. Aprendi que, quanto mais bravo o leão, mais gratos temos de ser. Por isso, aprendi a não só respeitar o leão, mas a admirá-lo e a gostar dele. A metáfora é importante, mas errônea: não devemos matar um leão por dia, mas sim cuidar do nosso porque o dia em que o leão, em nossas vidas morre, começamos a morrer junto com ele.
Depois daquele dia, decidi aprender a amar o meu leão. E o que eram desafios se tornaram oportunidades para crescer e ser mais forte nesta ‘selva’ em que vivemos.

quinta-feira, 16 de maio de 2019

O REI ARTHUR

POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES

O Rei Artur estava pronto para ir para as Cruzadas. Precavido, procurou o mago Merlin e pediu-lhe para fabricar o melhor cinto de castidade que pudesse, para que ninguém atentasse contra a virtude de sua linda esposa.
No dia seguinte, Merlin volta com um cinto que, contrariamente a todas as expectativas do Rei Artur, possui um buraco exatamente onde não deveria ter...
- Merlin! - berra o Rei - estás gozando comigo?
- Observe, Majestade - diz o Mago, mostrando uma pequena guilhotina com uma lâmina afiada - ela funciona assim que se introduz algo no buraco...
Vendo que a lâmina cortava automaticamente tudo que fosse introduzido no orifício da invenção de Merlin, o Rei Artur vibra contente:
- Excelente! Realmente, excelente! Traga-me a Rainha, para que possamos instalar a geringonça!
Três anos depois, Artur volta das Cruzadas. Ao chegar ao reino, convoca todos os cavaleiros e ordena:
- Vamos lá, baixem as calças, é o exame médico!
Todos os cavaleiros alinham-se em frente ao Rei e baixam as calças.
Para horror e estupefação do Rei, todos estão amputados!
Todos, exceto o fiel amigo Lancelot.
O Rei, vendo que seu amigo não o traiu, agarra-o pelos ombros e diz:
- Lancelot, meu grande amigo, estou muito orgulhoso de ti! Enquanto nenhum dos outros resistiu à tentação de dormir com a Rainha, conseguiste domar os teus impulsos. Por isso, concedo-te tudo o que quiseres. Faz a tua escolha.
Lancelot ficou mudo, nada respondeu...
Depois de alguns minutos de intenso silêncio, o Rei Artur, aflito, pergunta:
- O que foi, Lancelot, perdeste a língua, meu amigo?!

domingo, 12 de maio de 2019

A CRISE

POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES

Um homem vivia à beira de uma estrada e vendia cachorros-quentes. Não tinha rádio, não tinha televisão e nem lia jornais, mas produzia e vendia os melhores cachorros quentes da região.
Preocupava-se com a divulgação do seu negócio e colocava cartazes pela estrada, oferecia o seu produto em voz alta e o povo comprava e gostava. As vendas foram aumentando e, cada vez mais ele comprava o melhor pão e as melhores salsichas. Foi necessário também adquirir um fogão maior para atender a grande quantidade de fregueses.
O negócio prosperava... Os seus cachorros-quentes eram os melhores!
Com o dinheiro que ganhou conseguiu pagar uma boa escola ao filho. O menino cresceu e foi estudar Economia numa das melhores Faculdades do país.
Finalmente, o filho já formado, voltou para casa... Vendo que o seu pai continuava com a vida de sempre, vendendo cachorros quentes feitos com os melhores ingredientes e gastando dinheiro em cartazes, foi ter uma séria conversa com o pai:
- Pai, o senhor não ouve rádio? Não vê televisão? Não lê os jornais? Há uma grande crise no mundo. A situação do nosso País é crítica. Tem que economizar!
Depois de ouvir as considerações do filho Doutor, o pai pensou: "Bem, se o meu filho que estudou Economia na melhor Faculdade, lê jornais, vê televisão e internet, e acha isto, então só pode ter razão!".
Com medo da crise, o homem procurou um fornecedor de pão mais barato (e, é claro, pior). Começou a comprar salsichas mais baratas (que eram, também, piores). Para economizar, deixou de mandar fazer cartazes para colocar na estrada. Abatido pela notícia da crise, já não oferecia o seu produto em voz alta como antes.
Tomadas essas "providências", as vendas começaram a cair e foram caindo, caindo até chegarem a níveis insuportáveis... O negócio de cachorros-quentes do homem, que antes gerava recursos, faliu.
O pai, triste, disse ao filho:
- Você estava certo, filho, nós estamos no meio de uma grande crise.
E comentou com os amigos, orgulhoso:
 - Bendita a hora em que pus o meu filho a estudar economia, ele é que me avisou da crise...
VIVEMOS NUM MUNDO CONTAMINADO DE MÁS NOTÍCIAS E SE NÃO TOMARMOS O DEVIDO CUIDADO, ELAS NOS INFLUENCIARÃO AO PONTO DE NOS ROUBAREM A PROSPERIDADE.

quinta-feira, 9 de maio de 2019

CRISE FINANCEIRA

Texto de WILLIAN SOUZA

Para quem ainda não entendeu como funciona uma crise financeira nos bancos, que, de vez em quando, pipoca em algum, lugar do mundo, aqui vai uma forma bem didática de explicar os fatos:
O “seu” Biu tem um boteco, na Vila Carrapato, e decide que vai vender cachaça na “CADERNETA” aos seus leais fregueses, todos bêbados inveterados e quase todos desempregados.
Como decide vender a crédito, ele pode aumentar um pouquinho o preço da dose da branquinha - a diferença é o sobrepreço, “JUROS”, que os pinguços pagam pela venda a crédito, vulgo “FIADO”.
O gerente do banco do “seu Biu”, um ousado administrador formado em curso de “EMIBIÊI”, também conhecido como “MBA”, decide que as tais “CADERNETAS” das dívidas do bar constituem, afinal, um ativo recebível, e começa a adiantar dinheiro ao estabelecimento, tendo o “PINDURA” dos pinguços como garantia.
Uns seis executivos de grandes bancos, mais adiante, resolve lastrear os tais recebíveis do primeiro banco, e os transformam em “CDB”, “CDO”, “CCD”, “UTI”, “OVNI”, “SOS”... Ou qualquer outro acrônimo financeiro que ninguém sabe o que exatamente quer dizer.
Esses adicionais instrumentos financeiros acabam alavancando o mercado de capitais e conduzem a operações estruturadas de derivativos, na “BM&F”, cujo lastro inicial todo mundo desconhece, as tais “CADERNETAS” do “seu” Biu.
E esses derivativos acabam sendo negociados como se fossem títulos sérios, com fortes garantias reais, nos mercados de 73 países, até que alguém descobre que os bebuns da Vila Carrapato não têm dinheiro para pagar as contas nas “CADERNETAS”.
Então, o boteco do “seu” Biu vai à falência e toda a cadeia de credores e investidores, sem querer, vão ter que acompanhá-lo.
- SACOU?