Pelo que
sempre ouvimos falar, todos os anos, em todos os estados do país, o que está
faltando é um salário digno, que motive o médico a trabalhar, seja na capital
ou interior.
Mas uma vez, tenho dúvidas:
- O que falta
é médico no Brasil ou a importação dos cubanos visa tão somente aliviar a
pressão das 500.000 demissões que o governo Castro está fazendo no
funcionalismo do seu país, entre eles médicos, e com isso ajudar um
governo que é considerado ídolo, por nossos governantes?
Estranhamente,
mesmo diante do disse-me-disse de que a validação do diploma dos médicos
cubanos poderá ser feita por decreto - o que é o absurdo dos absurdos - verdade
ou não, os vários conselhos e sindicatos da classe médica brasileira se calam.
E os poucos que gritam, o fazem de forma discreta. E pensar que milhares de
brasileiros, "tiraram os olhos da cara" para se formarem médicos (na
Bolívia, Paraguai, Argentina...), se endividaram bastante, comeram o pão que o
diabo amassou e depois ainda sofreram cobras e lagartos para validarem os
seus diplomas no Brasil.
Preocupa-me
saber como é que o brasileiro, que não sabe explicar a sua doença nem aos
nossos patrícios, como é que vai fazê-lo aos médicos estrangeiros.
Temos um linguajar próprio, completamente diferente do deles. Os regionalismos
e gírias são coisas que não se aprendem estudando a nossa língua no
exterior, seja em Cuba ou na China. É evidente que muita coisa ruim
poderá ocorrer, por uma comunicação não compreendida entre paciente e médico. Se acontecer, quem serão os culpados?
Sou favorável
a qualquer providência que melhore a saúde pública do nosso povo, mas desde que
adotada com responsabilidade. Assim, nada mais justo, portanto, que o governo
(e seus ministros) seja o primeiro a dar o exemplo:
- No teor da
Medida Provisória para legalizar a atuação dos médicos cubanos (ou de outros
países) esteja inserida também a obrigatoriedade de que a nossa presidente,
seus ministros e os familiares de todos eles, na necessidade de médicos, sejam
tratados pelos cubanos.
Agora, com licença, que
tenho que ir ao médico...
Médico
brasileiro, lógico!
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