POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES
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O que fazer agora?
A
saída que encontraram foi guardar o melado longe das vistas do feitor.
No
dia seguinte, encontraram o melado azedo fermentado. Não pensaram duas vezes e
misturaram o tal melado azedo com o novo e levaram os dois ao fogo. Resultado:
o "'azedo" do melado antigo
era álcool, que, aos poucos, foi evaporando e formou no teto do engenho umas
goteiras que pingavam constantemente. Era a cachaça, já formada, que pingava. Daí o nome "PINGA".
Quando
a pinga batia nas suas costas marcadas com as chibatadas dos feitores ardia
muito, por isso deram o nome de "ÁGUA-ARDENTE". Caindo em
seus rostos escorrendo até a boca, os escravos perceberam que, com a tal
goteira, ficavam alegres e com vontade de dançar.
E
sempre que queriam ficar alegres repetiam o processo...
HISTÓRIA
CONTADA NO MUSEU DO HOMEM DO NORDESTE
Antigamente,
no Brasil, para fazer o "melado",
os escravos colocavam o caldo da cana-de-açúcar em um tacho e levavam ao fogo.
Não podiam parar de mexer até que uma consistência cremosa surgisse. Porém um
dia, cansados de tanto mexer e com serviços ainda por terminar, os escravos
simplesmente pararam e o melado desandou.
Não
basta beber, tem que conhecer!
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