POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES
António
Emílio Leite Couto, "Mia Couto", é biólogo e é o escritor
Moçambicano mais conhecido no estrangeiro. Ele ganhou o apelido “Mia” do
irmãozinho que não conseguia dizer "Emílio". Durante a
abertura do ano letivo do Instituto Superior de Ciências e Tecnologia de
Moçambique, ele fez uma oração de sapiência, cujo trecho abaixo foi
publicado no "Courrier Internacional":
Não podemos entrar na modernidade
com o atual fardo de preconceitos. À porta da modernidade precisamos de nos
descalçar. Eu contei “Sete Sapatos Sujos” que necessitamos de deixar na soleira
da porta dos tempos novos. Haverá muitos. Mas eu tinha que escolher e sete é um
número mágico:
Primeiro
Sapato: A ideia de que os culpados são sempre os outros.
Segundo
Sapato: A ideia de que o sucesso não nasce do trabalho.
Terceiro
Sapato: O preconceito de que quem critica é um inimigo.
Quarto Sapato: A ideia de
que mudar as palavras muda a realidade.
Quinto
Sapato: A vergonha de ser pobre e o culto das aparências.
Sexto
Sapato: A passividade perante a injustiça.
Sétimo
Sapato: A ideia de que, para sermos modernos, temos que imitar os outros.
Diante da lição de Mia Couto, pergunto:
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