sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

LIÇÃO DE AMOR

POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES

Um menino tinha uma cicatriz no rosto e os seus colegas da escola não falavam com ele, não sentavam ao seu lado, e, quando o viam franziam a testa devido à cicatriz ser muito feia. Certo dia a sua turma se reuniu com o professor e sugeriu que ele não frequentasse mais o colégio. O professor levou o caso à diretoria do colégio.
A diretoria ouviu e chegou à conclusão de que não poderia tirar o menino do colégio, que conversaria com o menino, informando que ele seria o primeiro a entrar em sala de aula e o ultimo a sair, para que nenhum aluno visse o seu rosto, a não ser que olhassem para trás.
O professor achou magnífica a ideia da diretoria porque sabia que os alunos não olhariam mais para trás. Levado ao conhecimento do menino a decisão, ele prontamente aceitou a imposição do colégio, com uma condição: que ele comparecesse na frente dos colega, em sala de aula, para dizer o porquê daquela cicatriz. A turma concordou e, no dia seguinte, o menino entrou em sala, foi para a frente de todos e começou a relatar:
- Sabe, turma, eu entendo vocês, porque, na realidade esta cicatriz é muito feia, mas foi assim que eu a adquiri: minha mãe era muito pobre e, para ajudar na alimentação de todos lá em casa, ela passava roupa para fora... Eu tinha por volta de sete a oito anos de idade...
A turma estava em silencio e atenta a tudo. O menino continuou:
- Além de mim, mais três irmãozinhos: um de quatro anos, outro de dois anos  e uma irmãzinha, com apenas alguns dias de vida.
Silêncio total em sala...
- Foi aí que, não sei como, a nossa casa que era muito simples, feita de madeira começou a pegar fogo, minha mãe correu até o quarto em que estávamos pegou meu irmãozinho de 2 anos no colo, eu e meu outro irmão pelas mãos e nos levou para fora, havia muita fumaça, as paredes que eram de madeiras pegavam fogo e estava muito quente... Minha mãe me colocou sentado no chão, do lado de fora, e disse para eu ficar com eles até ela voltar, pois ela tinha que voltar lá, dentro da casa em chamas, para pegar a minha irmãzinha, que continuava dentro da casa. Só que, quando a minha mãe tentou entrar na casa, as pessoas que estavam ali não deixaram a minha mãe buscar a minha irmãzinha... Eu via a minha mãe gritar: "Minha  filhinha esta lá dentro!" Vi, no rosto de minha mãe, o desespero, o horror... Ela gritava, mas aquelas pessoas não deixaram a minha mãe buscar a minha irmãzinha... Foi aí que decidi. Peguei meu irmão de 2 anos, que estava em meu colo, e coloquei ele no colo do meu irmãozinho de 4 anos e disse-lhe que não saísse dali até eu voltar. Saí entre as pessoas e, quando perceberam, eu já tinha entrado na casa. Havia muita fumaça, estava muito quente, mas eu tinha que pegar minha irmãzinha. Eu sabia o quarto em que ela estava. Quando cheguei lá ela estava enrolada em um lençol e chorava muito... Neste momento, vi caindo alguma coisa, então me joguei em cima dela para protegê-la e aquela coisa quente encostou em meu rosto...
A turma estava quieta atenta ao menino e envergonhada. O menino continuou:
- Vocês podem achar esta cicatriz feia, mas tem alguém lá em casa que acha  ela linda e todo dia quando chego em casa, ela, a minha irmãzinha, a beija porque sabe que é marca de Amor.
O mundo está cheio de cicatriz. Não de cicatriz visível, mas das cicatrizes que não se veem. Estamos sempre prontos a abrir cicatrizes nas pessoas, seja com palavras ou nossas ações. Há 2.022 anos Jesus Cristo adquiriu algumas cicatrizes em suas mãos, em seus pés e em sua cabeça. Essas cicatrizes eram nossas, mas Ele morreu em nosso lugar, protegeu-nos e ficou com todas as nossas cicatrizes. Essas também são marcas de Amor.
Não ame pela beleza, pois um dia ela acaba; não ame por admiração, pois um dia você se decepciona. Ame apenas, pois o tempo nunca pode acabar com um amor sem explicação.

Nenhum comentário:

Postar um comentário