Texto de Aloisio Guimarães

Não tinha matutinha maribondense que Janjão não tentasse namorar.
O que o povo não sabia era que Janjão “nunca chegava aos finalmentes” com as suas namoradas porque, por debaixo dos panos, quando viajava para outras cidades, o que ele gostava mesmo era “queimar a rosquinha”. Era um verdadeiro “viado colírio”: dava tanto, mas dava tanto, que no outro dia tinha que passar colírio no “olho do boga”, de tão ardido que ele ficava!
Contam que em certa ocasião Janjão veio a Palmeira dos Índios, visitar Pedrão, amigo de infância, que, depois de vários anos, estava de volta de São Paulo, para onde tinha ido ganhar a vida. Recordações mil; papo maravilhoso, regado a várias dúzias de cerveja e muito tira-gosto. Em determinado instante da conversa, já meio bêbado, Janjão perguntou:
- Pedrão, cabra véio, estou pocando... Onde é o banheiro?
- É ali... Vamos lá, que eu também vou... - respondeu Pedrão.
Lá no sanitário, quando Janjão viu o tamanho do "instrumento" de Pedrão, endoidou e assumiu de vez:
- Vixe, Pedrão, que coisa linda e maravilhosa! É o meu sonho de consumo! Eu quero ser “sua”, aqui e agora!
Como ”cu de bêbado não tem dono” e cachaça é má conselheira, ali mesmo o Pedrão enrabou o amigo. Apesar do tamanho avantajado da “coisa” de Pedrão, Janjão não deu um pio sequer e nem derramou nenhuma lágrima. Terminado o “serviço”, Janjão, embora feliz da vida, comenta:
- Pedrãozinho, amor, não sei como a sua mulher aguenta... Você é um verdadeiro cavalo batizado!
- Oxênte, menino, ela aguenta da mesma maneira que você aguentou: caladinha da silva!
Então, Janjão respondeu na bucha:
- Mas eu sou homem!
Nenhum comentário:
Postar um comentário