terça-feira, 10 de julho de 2012

VIGILÂNCIA VIRTUAL

Texto de Aloisio Guimarães

No “mundo informático” em que vivemos, uma das grandes preocupações das empresas é fazer com que os seus empregados trabalhem o máximo possível, minimizando o desperdício de tempo. Neste intuito, procuram vigiar e dificultar, entre outras coisas, o acesso a sites, e-mails e downloads dos seus empregados (músicas, filmes, etc.).
Para alcançar seus objetivos, as empresas vêm utilizando os mais variados recursos, desde programas espiões até o velho e tradicional ser humano, na condição desprezível de “alcaguete”, que, por fraqueza moral, o seu maior tesão é tentar descobrir quem entra em sites pornográficos. Na defesa da sua intromissão na vida alheia, deixam transparecer, nas suas declarações, que todos nós, homens e mulheres, indistintamente, diária e constantemente, exercitamos esse "desvio de conduta", o que não é verdade.
A sede investigativa, com o desejo claro e voraz de “descobrir os podres” e punir aqueles empregados que porventura sejam descobertos "navegando por mares proibidos", é tão intensa que se torna danosa e prejudicial ao andamento dos serviços e à produtividade das empresas. Chega-se ao extremo de bloquear o uso de pen drives, gravação de arquivos e tudo aquilo que o "censor" julgar pertinente, como se ele dominasse o conhecimento de todas as profissões.
Perguntas que não querem calar:
- Existe algo mais pornográfico do que a invasão de privacidade?
- O que é que esses patrões entendem de pornografia, ou melhor, como podem condenar certas práticas se muito deles, “no escurinho do cinema”, exercitam as mais variadas formas de pornografia?
Duvido que a caixa postal eletrônica (e-mail) de qualquer um deles não tenha pelo menos um PowerPoint ou um filmezinho de sacanagem. Duvido mesmo.
Diariamente recebo diversos e-mails, considerados pelos padrões morais vigentes como pornográficos e tenho a curiosidade de ler os remetentes. Estou farto de encontrar endereços eletrônicos de "figurinhas carimbadas como castas”, se comportando como ”dalits”. Não estou defendendo a imoralidade ou a pornografia, defendo a privacidade de cada um de nós, que deve ser protegida a todo custo.
Você já reparou no comportamento de um "dedo-duro"? Ele se comporta com a mesma empáfia dos membros de qualquer polícia política, digna de uma Gestapo. Acha-se o “Rei da Cocada Preta”. Gosta de ser temido porque a sua mente tacanha enxerga nisso a única forma de valorização pessoal. Geralmente é uma pessoa desprovida de moral, de caráter e complexada, talvez porque a vida nunca lhe deu a chance de ser chamado de “Júnior".
Sabemos que a História é repleta de exemplos de dirigentes que criaram a sua Polícia Política, como forma de repressão, e que terminaram refém dessa mesma polícia porque o “Dedo-duro" precisa se garantir no pedestal que foi colocado e isto só é possível se ele tiver a classe dominante também sobre a sua “alça de tiro”.
Com licença, o meu e-mail avisa que chegaram uns filminhos "daqueles"...
Vou assisti-los!

Um comentário:

  1. Segura o hômi, Velho Taliba de guerra!!!
    Leve o hômi, urgente, urgentíssimo, pro
    Tibet; o cara 'se-invocou-se' todo e
    liberou geral na internet... Só tu grande
    Taliba pode resolver essa parada federá.

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