Desde menino, Flávio já mostrava
quedas para as artes plásticas. Mas, por ironia do destino, ele tinha nascido
lá nos cafundós de Coité do Nóia (cidade do interior alagoano - pertinho de
Arapiraca) e seu pai era um daqueles matutões brabos e jamais admitiria que um
filho seu enveredasse pelo mundo das artes.
Antigamente, desejo de pai era uma
ordem. Não obedecer aos pais, nem pensar! Assim, contrariando a sua veia
artística, Flávio continuou ajudando o pai nas tarefas da roça, no plantio do
fumo.
O tempo passou, Flávio cresceu e se
mudou para a capital, para ganhar o pão de cada dia, uma vez que o fumo não
tava dando mais. Longe dos olhos paternos, a sua veia
artística, até então adormecida, começou a pulsar cada vez mais forte. Tão
forte que Flávio não conseguiu domar o seu destino e começou a escrever suas
poesias. Depois de alguns anos, tinha um acervo
considerável de textos. Tudo guardado... Apenas alguns poucos amigos
conheciam seus versos.
- Flávio, cara, por que você não as
publica? – perguntavam-lhe
sempre.
Então, Flávio, cansado de ouvir
elogios, resolveu seguir os conselhos dos amigos e publicar um livro. “Será
a minha primeira grande obra...”, pensava Flávio. Acontece que tinha uma pedra no meio
do caminho: como publicar um livro se não tinha
recursos?
O jeito foi ir à luta e procurar ajuda
nas empresas da cidade. Depois de
muitas portas fechadas, surgiu uma luz no fim do túnel: A Casa do Chapéu,
conceituada loja do ramo da chapelaria, resolveu ajudá-lo!
- Pode mandar imprimir o livro, que
nós pagamos - teria dito-lhe o dono da Casa do
Chapéu.
Após dois meses de intenso trabalho
de ilustração, escolha da capa, diagramação, revisão, correção e
impressão, o livro ficou pronto. Flávio, todo eufórico, convocou a
imprensa, amigos e convidados e marcou o dia do lançamento da sua obra. Mas, nessas horas, sempre acontece uma
desgraça: quando foi à Casa do Chapéu, pegar a grana para pagar a editora,
recebeu a fatídica notícia:
- Flávio, estamos sem caixa... As
vendas caíram muito.
E agora? Como pagar à editora e
retirar seus livros? Como pagar o aluguel do espaço reservado para a
solenidade? Como pagar o buffet? Nada mais podia voltar atrás...
Hoje, Flávio, pode ser encontrado na
“Feira do Rato”, vendendo seus livros, em uma barraquinha de madeira, para
tentar conseguir zerar o seu cartão de crédito...
Que pena dele!...
ResponderExcluirConheço outros que tiveram o mesmo problema (dividas por realizar um sonho.)Mas graças a Deus hoje estamos vivendo tempos modernos e já podemos contar com gráficas virtuais.
Eu mesma só consegui editar meu primeiro livro de poesias sensuais depois de encontrar aqui o CLUBE DE AUTORES. Onde editei meu livro sem pagar nada por isso!
É prático, fácil e ótimo!
Fica aqui o link se vc puder dar uma olhadinha eu te agradeço muito, o site dá o direito dos visitantes ler as dez primeiras páginas.
https://www.clubedeautores.com.br/book/130327--Petalas_de_seducao
Um abraço.
Ivany