domingo, 4 de agosto de 2013

O IDH

Texto de Rubens Mário
PROFESSOR E ADMINISTRADOR DE EMPRESAS

Essa semana a mídia local mostrou o resultado da medição atual do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH); esse indicador é medido periodicamente e, abrange os países membros da ONU (Organização das Nações Unidas), ou, mais precisamente, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).
Na análise, a instituição internacional observou três componentes bastantes importantes para o desenvolvimento humano de uma Nação: a expectativa de vida da população, a educação, e o PIB per capita. O PIB (Produto Interno Bruto) representa a soma, em dinheiro, de todos os bens e serviços finais, produzidos no país, num determinado período, e, o per capita, significa que essa medição é individual, ou seja, por cada pessoa.
Mais uma vez, como não poderia deixar de ser, quando, na verdade, e, na vergonha, deveria deixar de ser, o Brasil obteve índices pífios, bem abaixo de países, teoricamente, mais pobres. O nosso estado, para a nossa tristeza, ficou, dentro da miséria nacional, com um dos piores resultados, abaixo, apenas, do estado do Sarney, digo, do Maranhão.
Em contra partida a toda essa vergonha, a nossa Presidente(a) da República, comemorou o desastroso resultado - segunda a mesma, houve avanços; a nossa mandatária maior, fala muito em avanço da “mobilidade urbana”, se referindo à pretensos avanços nas questões sociais; sua excelência teve o desplante até de afirmar que, nesse período, houve avanços na educação. Creio que, movida pela publicidade política eleitoral, ela tenha se esquivado das nossas regiões mais miseráveis. É, no mínimo, desumano, alguém, supostamente, informado, comemorar, publicamente, resultados tão vergonhosos, principalmente, nesse momento, em que país se arvorará a sediar eventos mundiais tão importantes! Na verdade, esses resultados, apenas, vieram confirmar o que todos nós, sem atrelação política partidária, já sabíamos, afinal, a violência – o termômetro social - está explicita, especificamente nas regiões onde se alardeiam a presença do governo com as famigeradas “bolsas sociais”.  Em algumas conversas informais com alguns correligionários da presidente(a), eles tentam me convencer que nas regiões mais pauperizadas do nosso estado, com o advento e acirramento dessas doações sociais do governo, a circulação monetária aumentou, consideravelmente e, consequentemente, as pessoas mais pobres, tem tido acesso aos bens de consumo. Mas, isso é uma contraditória verdade, ou, uma verdade falsa, digo, uma mesquinha desfaçatez, da miséria camuflada. Provavelmente, esse fato comemorado pelos governistas e, partidários de ocasião, tenha haver com o último quesito do IDH!  Mas - peço licença ao meu grande amigo, e economista, Bartolomeu Miranda - se procedermos à uma análise mais social e humana e, menos econômica, chegaremos à conclusão lógica, que os dois primeiros itens da pesquisa - os mais delicados - sofrerão, fragorosa, retração, no caso do Brasil, provocada pelo terceiro.
Não queremos, de forma alguma, negar a importância de um crescimento da circulação monetária, porém, se esse tímido crescimento não vier acompanhado de um desenvolvimento, de nada adiantará! E, nenhum desenvolvimento humano se dará, sem, prioritariamente, o respeito à educação. Por exemplo, aqui em nosso estado, estamos sem Secretário de Educação, há várias semanas, porque, pasmem! Os políticos partidários ainda não chegaram à um acordo que contemple os seus correligionários. Muitas escolas estão sem professores, também, porque, as vagas, vergonhosamente, destinadas à monitores, ainda não foram preenchidas. O motivo, pasmem, mais uma vez! É a recusa do salário mínimo, oferecido como remuneração aos improvisados professores. Enquanto isso, um apadrinhado político do Senado Federal, ganha, mensalmente, muitos até, sem qualquer conhecimento técnico, e sem comparecer ao, suposto, trabalho, a bagatela de R$17.000,00.
É fulcral, para uma compreensão, imparcial e lógica, do nosso caos social, que faceemos uma análise analítica do IDH, e, assim, provavelmente, encontraremos implicações intrincadas entre os três fatores considerados e as nossas equivocadas ações políticas.

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