POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES
Além de te perdoar, o que mais quero é me perdoar, por talvez ter me enganado.
O que mais quero é aceitar que vínculos bem construídos também acabam.
O que mais quero é compreender que certas verdades têm a hora de serem reveladas e que cada um é responsável por seus atos e omissões.
O que mais quero é deixar de pensar no que tenho e no que não tenho mais, ou, quem sabe, no que verdadeiramente nunca tive.
Onde está o apaziguamento da alma? Na aceitação? No perdão? Ou em ambas as atitudes?
Aceitar que sofrer e fazer sofrer faz parte da nossa natureza humana.
Aceitar que as desilusões existem e que somo seres humanos em constante evolução; aceitar que muitas vezes erramos para que, só assim, tentemos novas formas de felicidade.
É... A maturidade vem nos mostrar que nos transformamos através do entendimento, que não há perdão sem aceitação.
Eu te perdoo para não ter mais expectativas, para eu não mais esperar teus afetos, para não mais alimentar ilusões, para me livrar da mágoa, para me libertar do passado. Enfim, eu te perdoo para o meu coração voltar a se alegrar e por ser o perdão mais benéfico para quem consegue perdoar.
Quero de ti, e de certos acontecimentos, distanciamento psíquico. Uma desvinculação proposital, não para nos tornamos frios e insensíveis, mas para não mais nos alimentarmos das relações destrutivas.
É através da desconstrução de certos padrões de pensamentos que conseguimos sair da nossa dor e compreender a dor do outro.
É através do perdão ao outro e a nós mesmos que voltaremos a construir, dentro de nós, a serenidade da paz e a alegria de viver.
Nada de bom poderá nos acontecer enquanto não tivermos contato visceral com nós mesmos, enquanto estivermos presos ao passado.
Nada de bom poderá nos surpreender enquanto não acreditarmos no impossível; nada de bom poderá nos transformar enquanto não mudarmos nossas atitudes mentais.
Nada de bom poderá aquietar e harmonizar nosso ser enquanto não exercitar e praticarmos a fé e o amor, com toda a energia e tenacidade da nossa alma.
Nenhum comentário:
Postar um comentário