Se meu andar é hesitante e
minhas mãos trêmulas, ampare-me.
Se minha audição não é boa
e tenho de me esforçar para ouvir o que você está dizendo, procure entender-me.
Se a minha visão é
imperfeita e o meu entendimento é escasso, ajude-me, com paciência.
Se você me encontrar na
rua, não faça de conta que não me viu, pare, converse comigo, sinto-me tão só.
Se você, na sua
sensibilidade, me vê triste e só, simplesmente partilhe um sorriso e seja
solidário.
Se minhas mãos tremem e
derrubam comida na mesa ou no chão, por favor, não se irrite, tentei fazer o
melhor que pude.
Se lhe contei pela terceira
vez a mesma "história" num só dia, não me repreenda, simplesmente
ouça-me.
Se me comporto como criança,
cerque-me de carinho.
Se estou com medo da morte
e tento negá-la, ajude-me na preparação para o adeus.
Se estou doente e sou um
peso em sua vida, não me abandone, um dia você terá a minha idade!
A única coisa que desejo, neste meu final da jornada, é um pouco de
respeito e de amor...
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