sábado, 23 de abril de 2016

VIDA CERTINHA

Texto de Paulo Roberto Gaefke
Um dia, não me lembro bem quando, resolvi que iria levar uma vida certinha, para que a felicidade, por fim, viesse ter na minha casa.
Resolvi que não iria mais contar meias verdades e nem aceitar meias mentiras e que falaria penas a verdade, doesse a quem doesse. Assim, lavaria minhas mãos de qualquer engano, estaria livre das maldades das pessoas.
Mas...
Descobri, no dia a dia, que quanto mais objetivo eu tentava ser, mais distante ficava das pessoas. Magoei muita gente, perdi amigos.
Descobri que a verdade pura e simples, pode ferir mais que uma faca afiada; pode doer mais que uma bofetada.
Descobri que o ser humano precisa de um pouco de ilusão, encobrir certas verdades com uma camada de sonho, acreditar no que acredita para seguir adiante, e, principalmente, aprendi que não existem regras para todas às questões, mas questões e dúvidas para todas às regras.
Ser sincero não significa ferir; e omitir, nem sempre significa mentir

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