POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES
O caso é antigo, mas vale a pena recordar porque a situação
é e será sempre atual.
O juiz Eliezer Siqueira de Sousa Junior, da 1ª Vara Cível e
Criminal de Tobias Barreto, no interior do Sergipe, julgou improcedente um
pedido de indenização que um aluno pleiteava contra o professor que tomou seu
celular em sala de aula.
De acordo com os autos, o educador tomou o celular do
aluno, pois este estava ouvindo música com os fones de ouvido durante a aula.
O estudante foi representado por sua mãe, que pleiteou reparação
por danos morais diante do "sentimento
de impotência, revolta, além de um enorme desgaste físico e emocional".
Na negativa, o juiz afirmou que "o professor é o indivíduo vocacionado a tirar outro indivíduo das
trevas da ignorância, da escuridão, para as luzes do conhecimento,
dignificando-o como pessoa que pensa e existe”. O magistrado se solidarizou
com o professor e disse que "ensinar era um sacerdócio e uma recompensa.
Hoje, parece um carma". Eliezer Siqueira ainda considerou que o aluno
descumpriu uma norma do Conselho Municipal de Educação, que impede a utilização
de celular durante o horário de aula, além de desobedecer, reiteradamente, o
comando do professor. Ainda considerou que não houve abalo moral, já que o
estudante não utiliza o celular para trabalhar, estudar ou qualquer outra
atividade edificante.
E declarou:
- Julgar
procedente esta demanda, é desferir uma bofetada na reserva moral e educacional
deste país, privilegiando a alienação e a contra educação, as novelas, os realitys
shows, a ostentação, o “bullying intelectivo”, o ócio improdutivo, enfim, toda
a massa intelectivamente improdutiva que vem assolando os lares do país,
fazendo às vezes de educadores, ensinando falsos valores e implodindo a
educação brasileira”.
Por fim, o juiz ainda faz uma homenagem ao professor:
- No país que
virou as costas para a Educação e que faz apologia ao hedonismo inconsequente,
através de tantos expedientes alienantes, reverencio o verdadeiro HERÓI
NACIONAL, que enfrenta todas as intempéries para exercer seu “múnus” com
altivez de caráter e senso sacerdotal: o Professor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário