POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES
Havia um povo
que morava ao pé de uma montanha. Levavam uma vida de muita paz e se esmeravam nos
cuidados da terra, cultivando flores e árvores frutíferas. Formavam uma grande
família. Uns auxiliavam aos outros no cuidado com as crianças, na disciplina
aos jovens e na educação da mocidade. Mas, no alto da montanha, uma outra
comunidade se desenvolvia... Eram criaturas não tão gentis e nem disciplinadas.
Um povo desconhecia o outro porque as vias de acesso eram íngremes, tomadas por
densas matas.
Um belo dia, o
povo da montanha resolveu descer ao vale em busca de riquezas. Surpreenderam-se
ao descobrirem pessoas trabalhadoras, de bom trato e solidárias.
Encantaram-se
com seus pomares e jardins e por observarem que eles enfrentavam tudo com
disposição, auxiliando-se mutuamente. Decidiram levar uma semente daquela
preciosidade para sua vila. Assim, escolheram uma criança. Um bebê lindo, de
olhos brilhantes, através dos quais parecia traduzir a sua inteligência
aguçada. Quando então, empreenderam a sua viagem de retorno, o raptaram,
desaparecendo entre a vegetação abundante, mata acima...
A pobre mãe,
ao descobrir o berço vazio, caiu em desespero! O conselho da comunidade se
reuniu. Os homens optaram por se unirem e resgatar o pequenino. Juntaram
provisões, cobertores, roupas quentes, pois imaginavam que, à medida que
subissem, teriam que enfrentar os ventos gélidos, que soprariam violentos.
Partiram...
Os dias
passaram lentos e angustiantes para toda a pequena cidade. Os olhos, a cada
instante, se voltavam para cima, no intuito de ver se a expedição retornaria
vitoriosa!
Finalmente,
os homens regressaram, mas de mãos vazias! Embora seus esforços, as várias
tentativas, eles haviam se perdido entre as trilhas da montanha, e não tinham
conseguido encontrar o caminho que os conduziria ao povo de cima. Estavam
arrasados... Sentiam-se fracassados e até envergonhados em ter que confessar
sua incapacidade em vencer a montanha e trazer de volta o pequenino raptado. Foi
então, que um leve choro de bebê, lhes chamou a atenção...
Voltaram-se
todos na direção do som, e viram a pobre mãe que tivera seu bebê raptado vir ao
encontro deles. Nos braços, ela trazia um invólucro precioso: Era o seu bebê! Ela estava com as roupas
rasgadas pelos espinheiros, a pele queimada pelo frio, mas o bebê estava
protegido com uma manta. São e salvo!
- Como você conseguiu? - Foi a pergunta de todos - Como?
Se nós, homens vigorosos e treinados em andanças, não conseguimos encontrar a
trilha certa e vencer a montanha. Como você, uma mulher sozinha, conseguiu ir
até ao topo e resgatar o bebê?
E a mãe,
aconchegando mais ainda ao peito o fardo pequenino, sorriu e respondeu:
- Muito
simples: eu consegui, porque era “o meu bebê” que estava lá em cima!
Baseado no livro “Histórias para aquecer o coração das Mães”, de Jack Canfield, Mark Victor Hansen, Jennifer Read Hawthorne e Marci Shimoff.
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