POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES
Ela passou o primeiro
dia empacotando todos os seus pertences em Caixas, engradados e malas.
No segundo dia, ela
chamou os homens da transportadora que levaram a mudança.
No terceiro dia, ela
se sentou pela última vez na bela mesa da sala de jantar, à luz de velas, pôs
uma música suave e se deliciou com uns camarões, um pote de caviar e uma
garrafa de Chardonnay. Quando terminou, foi a cada um dos aposentos e colocou
alguns pedaços de casca de camarão, besuntados com caviar, nas cavidades dos
varais das cortinas. Depois ela limpou a cozinha e se foi. Quando o marido
retornou com a nova namorada, tudo estava um brinco nos primeiros dias. Depois,
pouco a pouco, a casa começou a feder. Eles tentaram de tudo: limpando, lavando
e arejando a casa. Todas as aberturas de ventilação foram verificadas à procura
de possíveis ratos mortos e os tapetes foram limpos com vapor. Desodorantes de
ar e ambiente foram pendurados em todos os lugares. A empresa de combate a
insetos foi chamada para colocar gás em todos os encanamentos, durante alguns
dias, durante os quais tiverem de sair da casa, e no fim ainda tiveram de pagar
para substituir o caríssimo carpete de lã. Nada funcionou. As pessoas pararam
de visitá-los. Os funcionários das empresas de consertos se recusavam a
trabalhar na casa. A empregada se demitiu. Finalmente, eles não suportavam mais
o fedor e decidiram se mudar.
Um mês depois, apesar
de terem reduzido o valor da casa em 50%, eles não conseguiram um compra dor
para a casa fedorenta. A notícia se espalhava e nem mesmo corretores de imóveis
locais retornavam as ligações.
Finalmente, eles
tiveram de fazer um grande empréstimo do banco para comprar uma casa nova.
A ex-esposa ligou para
o marido e perguntou como andavam as coisas. Ele disse a ela o martírio da casa
podre. Ela escutou pacientemente e disse que sentia muitas saudades da casa
antiga e que estaria disposta a reduzir a parte que lhe caberia do acordo de
separação dos bens em troca pela casa.
Sabendo que a
ex-mulher não tinha ideia de como estava o fedor, ele concordou com um preço que
era cerca de 1/10 do que valeria a casa. Mas só, se ela assinasse os papéis
naquele dia mesmo. Ela concordou e em menos de uma hora, os advogados deles
entregavam os documentos.
Uma semana depois, o
homem e sua namorada assistiam, com um sorris o malicioso, os homens da mudança
empacotando tudo para levar para a sua nova casa, incluindo os varais das
cortinas.
Ha! Ha! Ha!
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