sexta-feira, 22 de março de 2024

UM MÉDICO PORTUGUÊS NO "MAIS MÉDICO"

Adaptação Aloisio Guimarães

Depois de muito sacrifício, o jovem Manuel Costa, um português morador no Olhão, cidade da região turística do Algarve, sul de portugal, conseguiu se formar em medicina.
Sabedor que o governo brasileiro estava substituindo os médico cubanos no programa “Mais Médicos”, Dr. Manuel, resolveu “matar dois coelhos com uma cajadada só”: conhecer o Brasil, sonho que tinha desde “miúdo” (“criança”, lá em Portugal) e exercer a medicina. Assim, com a ajuda dos pais, comprou uma passagem aérea e veio para o nosso país.
Ao chegar ao Brasil, Dr. Manuel foi contratado, com salário integral, diferente dos médicos cubanos, que recebiam muito pouco, apesar de terem o mesmo salário, já que a maior parte do dinheiro ia para a “revolução”...
Com tudo regularizado, o jovem médico foi escalado para clinicar no Povoado Santo Antônio (antigo “Gavião”) situado entre as cidades de Palmeira dos Índios e Igaci.
Depois de ser recepcionado com pompas e honras (banda de música, desfile militar, discurso do prefeito...), Dr. Manuel foi conhecer o Posto de Saúde, onde deveria atende a população carente local, e logo tratotou de deixar tudo arrumado para começar a trabalhar o mais rápido possível.
No dia seguinte, ao chegar para o seu primeiro dia de trabalho, ele se deparou com uma enorme fila de doentes, prontos para serem atendidos. Depois de colocar seu jaleco, Dr. Manuel colocou o estetoscópio no pescoço (todos os médico fazem isto), sentou atrás da mesa e pediu à atendente para mandar entrar a sua primeira paciente... Entrou uma jovem, trazendo nos braços o seu filhinho de três anos, “queimando” de febre. Assim que a mulher sentou à sua frente, Dr. Manuel perguntou:
- Rapariga, quem está doente, você ou este puto?
- Rapariga uma porra! Saio de casa de madrugada, sem cumê, e chego aqui e sou ofendida! O “sinhô” sabendo “qui” meu “fio” não é “ninhum” puto!
Dr. Manuel ficou surpreso com a reação da mulher e, como tinha gente na fila esperando para ser atendido, ele apontou na direção de "Zé Tripé", um "afrodescendente" de dois metros de altura por um metro e meio de largura, e disse à mulher:
- Ora, pois, pois! Por favore, vá comer um "cacetinho" e depois fique atrás dessa "bicha", pois primeiro vou estar a lhe aplicar uma “pica no cu”...
Foi a gota d’água que faltava! Desse momento em diante, o Dr. Manuel ficou impossibilitado de falar, ficou com amnésia e voltou para sua terra natal.
OBSERVAÇÃO: Em Portugal: "rapariga" é “moça”; "puto" é “menino”; "cacetinho" é "pão"; "bicha" é “fila” e "pica no cu" é “injeção na bunda”. 

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