sábado, 30 de junho de 2018

DISCRIMINAÇÃO CONTRA OS BRANCOS

Texto de Ives Gandra Martins

Hoje tenho eu a impressão de que o “cidadão comum e branco” é agressivamente discriminado pelas autoridades e pela legislação infraconstitucional, a favor de outros cidadãos, desde que sejam índios, afrodescendentes, homossexuais ou se autodeclarem pertencentes às minorias submetidas a possíveis preconceitos.
Assim é que, se um branco, um índio ou um afrodescendente tiverem a mesma nota em um vestibular, pouco acima da linha de corte para ingresso nas Universidades e as vagas forem limitadas, o branco será excluído, de imediato, a favor de um deles. Em igualdade de condições, o branco é um cidadão inferior e deve ser discriminado, apesar da Lei Maior.
Os índios, que pela Constituição (art. 231) só deveriam ter direito às terras que ocupassem em 5 de outubro de 1988, por lei infraconstitucional passaram a ter direito a terras que ocuparam no passado. Menos de meio milhão de índios brasileiros - não contando os argentinos, bolivianos, paraguaios, uruguaios que pretendem ser beneficiados também - passaram a ser donos de 15% do território nacional, enquanto os outros 183 milhões de habitantes dispõem apenas de 85% dele. Nesta exegese equivocada da Lei Suprema, todos os brasileiros não índios foram discriminados.
Aos “quilombolas”, que deveriam ser apenas os descendentes dos participantes de quilombos, e não os afrodescendentes, em geral, que vivem em torno daquelas antigas comunidades, tem sido destinada, também, parcela de território consideravelmente maior do que a Constituição permite (art. 68 ADCT), em clara discriminação ao cidadão que não se enquadra nesse conceito.
Os homossexuais obtiveram, do Presidente Lula e da Ministra Dilma Roussef, o direito de ter um congresso financiado por dinheiro público, para realçar as suas tendências, algo que um cidadão comum jamais conseguiria.
Os invasores de terras, que violentam, diariamente, a Constituição, vão passar a ter aposentadoria, num reconhecimento explícito de que o governo considera, mais que legítima, meritória a conduta consistente em agredir o direito. Trata-se de clara discriminação em relação ao cidadão comum, desempregado, que não tem este "privilégio", porque cumpre a lei.
Desertores e assassinos, que, no passado, participaram da guerrilha, garantem, a seus descendentes, polpudas indenizações, pagas pelos contribuintes brasileiros. Está, hoje, em torno de 4 bilhões de reais o que é retirado dos pagadores de tributos para “ressarcir” àqueles que resolveram pegar em armas contra o governo militar ou se disseram perseguidos.
E são tantas as discriminações, que é de se perguntar: de que vale o inciso IV do art. 3º da Lei Suprema?
Como modesto advogado, cidadão comum e branco, sinto-me discriminado e cada vez com menos espaço, nesta terra de castas e privilégios.

quinta-feira, 28 de junho de 2018

MEU ADORÁVEL PRIMO

Texto de Aloisio Guimarães

Certo dia estava na praia de Jatiúca, sozinho e sentado na areia, quando apareceu um primo meu, de nome José "Zé" Aloisio, que fazia tempos que não nos encontrávamos Assim que me viu, após os cumprimentos iniciais, ele sentou-se junto a mim.
Depois de alguns minutos, duas garotas, na faixa dos 20 anos, sentaram próximas a nós.
Sem se importar com a presença das jovens, continuamos a conversar sobre nossa família:
- Como vai tia Isa (como minha mãe era chamada na família)?
- Vai bem... E tia Lucila (mãe dele, minha tia), como vai?
Pela proximidade, cerca de um metro, mesmo sem querer, as duas garotas ouviam toda a nossa conversa e percebiam que éramos primos.
De repente, Zé Aloisio fica em pé e me convida:
- Primo, vamos dar um mergulho?
Eu respondi:
- Vou não, primo, a água está muito fria; vai você, que eu fico aqui...
Em seguida, ele tira o relógio do pulso, a carteira porta-cédula e a camiseta e, dirigindo-se a uma das garotas, entrega-os e solicita:
- Você dá uma olhada aqui, prá mim?
E, passo seguinte, se dirige para o mar.
As duas garotas olharam para mim e fizeram aquele olhar interrogativo, estranhando o fato dele não ter confiado os seus pertences a mim, seu primo, visto que, ouvindo o nosso papo, elas tinham tomado conhecimento do nosso parentesco.
Mudamente, eu respondi-lhes apenas "dando os ombros"...
Como não encontrei um buraco para me esconder, levantei-me e fui embora, sem esperar o meu “querido” primo sair da água.
Com todo respeito à minha tia:
- Um tremendo filho da puta!
Até hoje não tenho notícia se ele morreu afogado...

quarta-feira, 27 de junho de 2018

POEMA AFRICANO

POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES                                    
                                            
                                            
                                             Meus caros irmãos,
                                             Quando nasci eu era negro,
                                             Agora cresci e continuo negro.
                                             Quando tomo sol, fico negro.
                                             Quando estou com frio, fico negro.
                                             Quando tenho medo, fico negro.
                                             Quando estou doente, fico negro.
                                             Quando morrer, ficarei negro.
                                             E você homem, branco,
                                             Quando nasce, é rosa.
                                             Quando cresce, fica branco.
                                             Quando toma sol fica, vermelho.
                                             Quando sente frio, fica roxo.
                                             Quando sente medo, fica verde.
                                             Quando está doente, fica amarelo.
                                             Quando morre, fica cinza.                                             
                                             E ainda tem a cara de pau,
                                             De me chamar de homem de cor?
 

segunda-feira, 25 de junho de 2018

CHEQUE SEM FUNDOS

Texto de Aloisio Guimarães

Jamais esquecemos as passagens interessantes da infância dos nossos filhos, não importando o quanto os anos passem.
No nosso caso, um dos momentos inesquecíveis vividos com a nossa filha, Edoarda, ocorreu quando ela tinha mais ou menos uns oito anos e estávamos fazendo compras na loja Bompreço, em Maceió.
Ao passarmos pela seção de brinquedos, ela nos pediu (a mim e à minha mulher) para comprarmos a famosa e caríssima (na época) boneca Barbie, modelo novo e recém-lançado.
Depois de ouvirmos o seu pedido, falamos que, no momento, era impossível porque ainda não tínhamos recebido o salário.
Após escutar nossa justificativa ela não se fez de rogada e, inocentemente, sugeriu:
- Ôxente, painho, passe um cheque!
Na hora, achamos muita graça e ficamos orgulhosos da sua presença de espírito para nos convencer da compra. Mas, assim que chegamos à nossa casa, tratamos logo de explicar-lhe o que era um cheque; o que era ter dinheiro em banco; o que acontecia com o nosso dinheiro guardado no banco, quando passávamos um cheque; quando é que podíamos passá-los; o que era cheque sem fundos e o que acontecia com quem passava esse tipo de cheque.
Tenho certeza de que ela aprendeu sobre a responsabilidade que se deve ter na emissão de um cheque.
Hoje, após vários anos, quando saímos para almoçar, na brincadeira, mas reforçando a lição dada, falo para ela:
- Filha, hoje quem vai pagar é você...
E, quando ela responde:
- Eu não, estou lisa!
Imediatamente retruco:
- Ôxente, passe um cheque!
Risos na certa...
No item honestidade, a missão de pai foi cumprida!

domingo, 24 de junho de 2018

O BEM

POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES




terça-feira, 19 de junho de 2018

domingo, 17 de junho de 2018

O PODER DO SILÊNCIO

POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES

Pensar antes de reagir é uma das ferramentas mais nobres do ser humano nas relações interpessoais. Nos primeiros trinta segundos de tensão, cometemos os maiores erros de nossa vida, falamos palavras e temos gestos diante das pessoas que amamos que jamais deveríamos expressar. Nesse rápido intervalo de tempo, somos controlados pelas zonas de conflitos, impedindo o acesso de informações que nos subsidiariam a serenidade, a coerência intelectual, o raciocínio critico.
Um médico pode ser muito paciente com as queixas de seus pacientes, mas muitíssimo impaciente com as reclamações de seus filhos. Pensa antes de reagir diante de estranhos, mas não diante de quem ama. Não sabe fazer a oração dos sábios, nos focos de tensão, o silêncio.
Só o silencio preserva a sabedoria quando somos ameaçados, criticados, injustiçados. Se vivermos debaixo da ditadura da resposta, da necessidade compulsiva de reagir quando pressionados, cometeremos erros, alguns muito graves. Cada vez as pessoas estão perdendo o prazer de silenciar, de se interiorizar, refletir, meditar. O dito popular de contar até dez antes de reagir é imaturo, não funciona. O silêncio não é se aguentar para não explodir; o silêncio é o respeito pela própria inteligência.
Quem faz a oração dos sábios não é escravo do binômio do bateu-levou. Quem bate no peito e diz que não leva desaforo para casa, não pensa nas consequências de seus atos. Quem se orgulha de vomitar para fora tudo que pensa, machuca quem mais deveria ser amado. Não conhece a linguagem do autocontrole.
Decepções fazem parte do cardápio das melhores relações. Nesse cardápio precisamos do tempero do silencio para prepara o molho da tolerância. Para conviver com máquinas não precisamos de silêncio nem da tolerância, mas com seres humanos elas são fundamentais. Ambos são frutos nobres da arte de pensar antes de reagir. Preserva a saúde psíquica, a consciência, a tranquilidade. O silêncio e a tolerância são o vinho dos fortes, a reação impulsiva é a embriagues dos fracos. O silencio e a tolerância são as armas de quem pensa; a reação instintiva é a arma de quem não pensa. É muito melhor ser lento no pensar do que rápido em machucar. É preferível conviver com uma pessoa simples, sem cultura acadêmica, mas tolerante, do que com um ser humano de ilibada cultura, saturada de radicalismo, egocentrismo, estrelismo. Sabedoria e tolerância não se aprendem nos bancos de uma escola, mas no traçado da existência. Ninguém é digno de maturidade se não usar suas incoerências para produzi-la.
Todo ser humano passa por turbulências na vida. A alguns falta pão na mesa; a outros, a alegria na alma. Uns lutam para sobreviver; outros são ricos e abastados, mas mendigam o pão da tranquilidade e da felicidade.
Os milionários quiseram comprar a felicidade com o seu dinheiro; os políticos quiseram conquistá-la com o Poder; as celebridades quiseram seduzi-la com sua fama, mas ela não se deixou achar. Balbuciando aos ouvido de todos, disse:
- Eu me escondo nas coisas simples e anônimas.
Todos fecham os seus olhos quando morrem, mas nem todos enxergam quando estão vivos.

sexta-feira, 15 de junho de 2018

OS MANDAMENTOS DA TERCEIRA IDADE

POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES

Adaptação de “Compreendendo Melhor Como Viver a Terceira Idade, na Opinião da Terceira Idade”, do Dr. Conceil Corrêa da Silva.
• ARTIGO PRIMEIRO
NÃO SE APOSENTE DA VIDA PARA SE TORNAR UMA PRAGA DA FAMÍLIA
A vida é atividade, e o verdadeiro elixir da eterna juventude é o dinamismo. Não despreze as ocupações enquanto tiver energia para as lutas cotidianas. SE não tiver nada pra fazer vá caminhar, passear no shopping, jogar baralho na praça..qualquer coisa, menos aporrinhar os outros!
• ARTIGO SEGUNDO
SEJA INDEPENDENTE E PRESERVE A SUA LIBERDADE, MESMO QUE SEJA DENTRO DE UM QUARTINHO
Quem renuncia ao próprio lar, obriga-se a andar na ponta dos pés, para evitar atritos com noras, genros, netos e outros parentes. Se possível more num flat. Melhor usar suas economias para ter um resto de vida feliz. Não economize no item "Moradia"; a próxima vai ser a última e definitiva...
• ARTIGO TERCEIRO
MANTENHA O GOVERNO DA SUA PRÓPRIA BOLSA
Ajude os seus filhos financeiramente, na medida das suas posses;  reserve uma parte para emergências.  Tenha o melhor plano de saúde que puder pagar.  Se você depender do governo, tá no sal!
• ARTIGO QUARTO
CULTIVE A ARTE DA AMIZADE COMO SE FOSSE UMA PLANTA RARA, CERCANDO OS FAMILIARES E AMIGOS DE CUIDADOS COMO SE FOSSEM FLORES
Se a sua memória estiver falhando, anote numa agenda sentimental as datas mais importantes das suas vidas, e compartilhe com eles a alegria de estar presente.
Como você é um velho do século XXI, aprenda a mexer com a Internet: programe todos os aniversários em seu email, ele informará a você com antecedência e você nunca mais esquecerá nada!
• ARTIGO QUINTO
CUIDE DA SUA APARÊNCIA E SEJA O MAIS ATRAENTE POSSÍVEL
Não seja um daqueles velhos relaxados, que exibem caspa na gola do paletó e manchas de gordura na roupa, que revelam o cardápio da semana. Nunca despreze o uso de água e sabão. Vá ao salão de beleza uma vez por mês, pelo menos: a moça vai fazer sua unha, seu pé, cabelo e barba... Não tem preço ficar ela agradando-lhe por uma gorjeta! Vista-se como um Lord. Nada daquelas bermudas xexelentas, moletons rosa e sapatinho de velho!
• ARTIGO SEXTO
SEJA CORDIAL COM SEUS VIZINHOS
Evite implicar-se com o latido do cachorro, o miado do gato, o lixo fedorento na calçada, ou o volume do rádio. Um bom vizinho é sempre um tesouro, especialmente se os parentes morarem distantes. Seja esperto: use um mp3 e ouça músicas com fones de ouvido, para se livrar dos barulhos que lhe chateiam. Um Frank Sinatra, Nat King Cole... Acalmarão você e o farão lembrar os bons tempos, sem saudosismo. Se  estiver depressivo, ataque de Elvis, Beatles, Creedence, Roling Stones... Todos do nosso tempo!
• ARTIGO SÉTIMO
CUIDADO COM O NARIZ E NÃO SE INTROMETA NA VIDA DOS FILHOS ADULTOS
Eles são seres com cérebro, coração, vontade, e contam com muitos anos para cometerem os seus próprios erros. Feche a matraca!
• ARTIGO OITAVO
FUJA DO VÍCIO MAIS COMUM DA VELHICE, QUE É A PRESUNÇÃO
A longa vida pode não lhe ter trazido sabedoria. Há muitos que chegam ao fim da jornada, tão ignorantes como no início dela. Faça de conta que você nunca viveu nada. Experiência não se passa. Fique só observando os erros e não se meta, a menos que alguém peça a sua opinião. Resista á vontade de dá-la Tudo o que é de graça, não tem valor. Deixe que a "humildade" seja a sua marca mais forte.
• ARTIGO NONO
OS CABELOS BRANCOS NÃO LHE DÃO O PRIVILÉGIO DE SER RANZINZA E INCONVENIENTE
Lembre-se de que toda paciência tem limite, e que não há nada mais desagradável do que alguém desejar a sua morte. Aprenda jogar xadrez, a usar a internet... Ou ocupe a sua mente com outras coisas. Não encha o saco dos outros!
• ARTIGO DÉCIMO
NÃO SEJA REPETITIVO, CONTANDO A MESMA HISTÓRIA TRÊS, QUATRO, CINCO VEZES 
Quem olha só para o passado, tropeça no presente e não vê a passagem para o futuro. Fique de boca fechada e você será um sábio. Lembre-se que você tem dois ouvidos e uma boca só: isso não é por acaso!

quinta-feira, 14 de junho de 2018

PARA A VIDA

POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES
 

1. Um dia, os homens de uma aldeia decidiram orar para que chovesse. No dia da oração todas as pessoas se reuniram, mas apenas um menino veio com um guarda-chuva. Isso é FÉ. 

2. Quando você lança um bebê no ar e ele ri, é porque ele sabe que você o pegará novamente. Isso é CONFIANÇA. 

3. Todas as noites vamos dormir sem a garantia de que estaremos vivos na manhã seguinte, no entanto, colocamos o despertador para acordar. Isso é ESPERANÇA

4. Podemos fazer grandes planos para amanhã, mesmo que nós não conheçamos o futuro em tudo. Isso é SEGURANÇA

5. Nós vemos o sofrimento no mundo e, apesar disso, nos casamos ​​e temos filhos.  Isso é AMOR 

6. Havia um homem velho com o seguinte escrito em sua camiseta: "Eu não tenho 70 anos, eu tenho 16 com 54 anos de experiência." Isso é ATITUDE

Viva a sua vida com fé, confiança, esperança, segurança, amor e atitude!


 

sábado, 9 de junho de 2018

MALHAÇÃO ILIMITADA

Texto de Aloisio Guimarães

Toda mulher, independentemente da idade, na ânsia de cuidar da saúde, ficar sarada ou gostosona, tem a mania de academia, mas igual à minha não existe.
Diariamente, acorda às 6 horas da manhã e faz 45 minutos, rigorosamente cronometrados, de um aparelho chamado de STEP, algo parecido com degraus, providos de molas (duras).
Depois disso, ela passa meia hora em pé, “dirigindo o fogão", preparando o café do maridão, no caso, eu.  Em seguida, vamos juntos para o trabalho, onde ficamos até as 14 horas, porque precisamos pagar as nossas contas e dinheiro não cai do céu...
Quando regressamos, é hora dela passar mais meia hora, novamente "dirigindo o fogão", para fazer o almoço. Tão logo terminamos de almoçar ela vai correndo lavar os pratos, pois não permite de maneira alguma que eu faça isso porque, segundo ela, "é serviço de mulher" (eita mulé arretada da gota serena!).
Terminada a agradável tarefa de cozinhar e lavar os pratos, ela vai para a academia - só para mulheres e professora mulher, porque eu “sou maluco, mas tenho juízo” e mulher minha não vai ficar por aí, dando bobeira...
Quando volta da academia, ainda tem disposição para mais uns 40 minutinhos, “jogo-rápido”, fazendo o seu "cooperzinho" na esteira que temos em casa.
E tudo isto é quando estamos sem empregada, como agora. Quando tínhamos empregada, o tempo que ela hoje “desperdiça dirigindo o fogão e lavando pratos", ela se divertia dando suas pedaladas na bicicleta ergométrica que tinha e, felizmente, foi doada por falta de espaço suficiente.
Ultimamente ela sentiu fortes dores nas costas, pescoço e braços. Após vários exames, foi diagnosticada com tendo "bico de papagaio" e “3 hérnias de disco” (no caso dela, pela quantidade de hérnias, deveria ser chamado de “hérnia de discoteca”).
Mesmo com problemas na coluna, você pensa que ela parou? Enganado! Ela continua querendo manter o mesmo ritmo desenfreado de ginástica!
Vendo diariamente toda essa obsessão, digo-lhe sempre que algum dia, quando um amigo me encontrar na rua, vai ocorrer o seguinte diálogo:
- Oi, Aloisio, cadê a Vanja, como é que ela está?
- Cara, você não soube?! Ela morreu de repente, cheia de saúde!

Agora, o que eu não compreendo é o porquê dela ficar brava comigo, quando escuta este meu comentário...
Finalmente, cá para nós, hoje à noite, depois que ela ler isto tudo, será que vou dormir na cama ou no sofá?

sexta-feira, 8 de junho de 2018

VIDA

Texto de Augusto Branco

Já perdoei erros quase imperdoáveis, tentei substituir pessoas insubstituíveis e esquecer pessoas inesquecíveis.
Já fiz coisas por impulso, Já me decepcionei com pessoas quando nunca pensei me decepcionar, mas também decepcionei alguém.
Já abracei pra proteger,
Já dei risada quando não podia,
Já fiz amigos eternos,
Já amei e fui amado, mas também já fui rejeitado,
Já fui amado e não soube amar.
Já gritei e pulei de tanta felicidade, já vivi de amor e fiz juras eternas, mas "quebrei a cara" muitas vezes!
Já chorei ouvindo música e vendo fotos,
Já liguei só pra escutar uma voz,
Já me apaixonei por um sorriso,
Já pensei que fosse morrer de tanta saudade e tive medo de perder alguém especial (e acabei perdendo)... Mas sobrevivi!
E ainda vivo!
Não passo pela vida e você também não deveria passar: viva!
Bom mesmo é ir a luta com determinação; abraçar a vida e viver com paixão; perder com classe e vencer com ousadia, porque o mundo pertence a quem se atreve.
A vida é muito, para ser insignificante!

terça-feira, 5 de junho de 2018

A SAGA DE DOIS CHINESES NO BRASIL

Adaptação de Aloisio Guimarães

Fu e Ku eram dois irmãos Chineses. Fu era um jovem quieto e trabalhador. Já o Ku era muito sapeca e muito dado com todo mundo.
Devido à superpopulação que já começava a tomar conta da China, diminuindo cada vez mais o mercado de trabalho, Fu resolveu vir tentar a sorte no Brasil... Mas veio só, deixou o Ku na China.
Naquele tempo, a viagem era muito longa e cansativa, vários dias sentados no banco do navio, abarrotado de gente, um calor infernal... Diante da situação de sufoco, Fu pensou: “Ainda bem que o Ku não está sofrendo, como eu estou”.
Depois de alguns dias de viagem, Fu chegou ao Brasil e logo arranjou emprego numa plantação de café, no interior de São Paulo. Dia após dia, começou a juntar uma graninha...
Com o trabalho garantido e com saudade do irmão, seis meses depois, Fu mandou dinheiro para que seu irmão também viesse para o Brasil, pois tinha certeza de que o Ku iria se dar muito bem.
Após receber o dinheiro que o irmão mandou, o Ku arrumou seus "panos de bunda" e veio para o Brasil...
Tempos depois, Fu enamorou-se de uma mulher. Essa mulher tinha uma filha. Certa noite, ela e Fu foram passear no jardim e viram a filha dela beijando o Ku. Assim, quis o destino que Ku se apaixonasse pela filha da namorada do seu irmão, formando dois casais amorosos, sempre unidos e carinhosos tanto que, enquanto a mãe gostava de acariciar o Fu, a filha gostava mesmo era de alisar os cabelos do Ku.
Num dia de sábado, os dois irmãos foram ao barbeiro. Enquanto o Fu lia o jornal e o barbeiro cortava o cabelo do Ku, um garoto passou vendendo rosas. Ao vê-lo, Ku pediu a Fu que comprasse uma para ele e foi atendido, com um botão da flor para a sua amada. Todos que estavam na barbearia ficaram encantados com a beleza e com o aroma do botão de rosa do Ku.
Tudo ia muito bem entre todos até que um cisco entrou no olho do Ku, causando uma tremenda irritação. Ele pediu ajuda ao irmão e, por mais que Fu soprasse no olho do Ku, não conseguia livrá-lo do tal cisco. Desesperado e nervoso com a situação, Fu terminou metendo o dedo no olho do Ku, piorando as coisas. E foi por causa disto, que Ku passou a culpar o seu irmão pela doença que apareceu no seu olho.
Contrariado e aborrecido com o Ku, Fu resolveu fazer o caminho de volta e regressar para o seu país, deixando o Ku no Brasil. Mas, mesmo na hora da partida o sangue falou mais alto: ele chamou seus amigos e pediu:
- Por fazer, tratem bem o meu querido Ku.
Assim, se você encontrar com o ele e resolver ajudá-lo, atendendo ao pedido de Fu, tenha muito cuidado, não fique nervoso, senão você também termina metendo o dedo no olho do Ku.

segunda-feira, 4 de junho de 2018

O NÚMERO 7

POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES

Muitas pessoas escrevem o número sete com uma barra horizontal suplementar, no meio do número, sem saber a razão dessa ação.
Se você é uma dessas pessoas que colocam o traço horizontal no número sete, então, você precisa saber o porquê.
Muitas escritas já fizeram desaparecer esse traço horizontal (você pode constatar olhando o número sete no seu teclado).
- Mas por que esse traço ainda sobrevive até hoje?
Para responder a essa intrigante questão, temos que voltar muitos séculos, até os tempos bíblicos:
Estava Moisés no Monte Sinai, quando Deus lhe entregou os Dez Mandamentos e mandou que os lesse para o povo, um a um…
1. Amarás a Deus acima de todas as coisas.
2. Não pronunciarás o nome de Deus em vão.
E assim sucessivamente…
Quando chegou ao sétimo, Moisés anunciou:
7. Não roubarás.
Imediatamente, quase todos os políticos presentes começaram a gritar :
- Corta o 7! Corta o 7! Corta o 7! Corta o 7!
E assim foi feito."