PROFESSOR E ADMINISTRADOR DE EMPRESAS
Essa semana diversos fatos abalaram o futebol brasileiro. Esses acontecimentos retratam de forma bastante nítida o que é hoje o nosso esporte mais popular; o mais comentado pela mídia, inclusive, mundial, foi a selvageria protagonizada por duas torcidas organizadas do Vasco da Gama e do Atlético paranaense, na arena Joinville. Não sei, se o absurdo maior foi o fato delinquente, ou, os resultados dos julgamentos com as suas esdrúxulas punições.
Na última rodada do campeonato brasileiro da série “A”, alguns, outrora grandes clubes - Vasco e Fluminense - jogaram contra adversários, dantes, menores que eles, tentando fugir do temido rebaixamento para a série “B”. O clube tricolor, ou, INIMED Futebol Clube, apesar de vencer, com dificuldades, o despretensioso Bahia, terminou sendo rebaixado. No outro jogo, o meu querido Vasco da Gama, levou mais uma vergonhosa goleada e, também, acabou sendo, mais uma vez, rebaixado - o segundo em apenas cinco anos. Para se ter uma ideia da falta de inteligência dos comandantes do futebol brasileiro, o jogo já tinha sido transferido de Curitiba, devido à uma confusão num jogo anterior do adversário do Vasco contra o Coritiba. Na semana seguinte ao triste espetáculo, o órgão deliberador da justiça esportiva se reuniu, mais uma vez, e aplicou severas penas aos dois clubes, ou, às suas imensas torcidas. O Vasco da Gama que já se encontra num estágio de pré-falência há bastante tempo, à exemplo dos seus coirmãos cariocas, foi multado em R$80.000,00 e mais, a perda de oito mandos de campo, sendo quatro, de portões fechados. Apesar de sabermos que as diretorias dos clubes detentores de grandes torcidas no Brasil, oferecem diversos tipos de apoios aos meliantes das torcidas organizadas, o que os membros dos Tribunais esportivos deveriam entender e compreender é que os clubes mais populares do país, não se resumem aos incompetentes dirigentes e aos meliantes das torcidas organizadas; o Vasco da Gama, por exemplo, possui milhões de torcedores espalhados por todo o Brasil e que, sem qualquer culpa, além de ficarem privados de assistir jogos do seu clube de coração, ainda assistem a acentuação da crise financeira, e, com isso, a formação de equipes medíocres. Francamente, não conseguimos compreender, por que, apesar da televisão mostrar, nitidamente, todos os marginais se agredindo, mutuamente, alguns até já reincidentes em fatos da mesma natureza, eles não são punidos, ao invés, dos verdadeiros torcedores dos clubes? As perdas de mando de campo, já ficaram provadas, serem totalmente equivocadas, pois, os marginais que vão para o estádio brigar com os outros, irão para qualquer lugar aonde for determinado o novo confronto e, com certeza, voltarão a se digladiar, dentro ou fora dos estádios. Um exemplo disso foi o próprio jogo do Atlético com o Vasco, que havia sido transferido de Curitiba para Joinville devido a incidentes da torcida organizada do Atlético paranaense com a do rival, Coritiba.
Já ficou bastante óbvio que os problemas de brigas dentro e fora dos estádios são questões de policia e, principalmente, de justiça comum. Se é questão legal, que mudem a legislação.
Aqui em Alagoas, recentemente, nós torcedores decentes do CRB, fomos punidos com a perda de quatro mandos de campo na próxima competição promovida pela CBF. Será que os causadores da punição estarão lá no nos novos locais dos jogos? É claro que sim! Mas, será que eu e os outros torcedores decentes do CRB teremos coragem de se deslocar até lá? É evidente que não!
Os outros fatos negativos que provam o porquê dos nossos clubes mais populares estarem pré-falidos, foram a infantil inclusão de jogadores de Flamengo e Portuguesa em jogos do campeonato brasileiro da Série “A”, mesmo com os atletas estando suspensos e, esses, não representarem qualquer necessidade de jogarem aquelas partidas. É absoluta e inquestionável a verdade, que o Fluminense, já reincidente em “virada de mesa”, caiu mais uma vez e deveria ficar lá no chão! Mas, também é verdadeiro que o campeonato brasileiro não é um simples torneio de peladas, e, assim, deve obedecer às regras e regulamentos. O que o Fluminense reclamou, qualquer outro clube reclamaria na justiça desportiva. O que nos deixa perplexo é que os torcedores da Portuguesa, em nenhum momento, protestaram contra a incompetência e irresponsabilidade de seus dirigentes.
Para completar esse ciclo de maus exemplos no nosso futebol, citamos o vexame do Atlético mineiro contra o, outrora, desconhecido time do Raja Casablanca, do Marrocos, que humilhou o time mineiro, e, sobretudo, o seu milionário astro, Ronaldinho Gaúcho, que, como falou, antes do jogo, um pobre atleta marroquino, não é mais aquele. Será que já estamos pra lá de Marrakech?
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