quinta-feira, 8 de setembro de 2016

TEMPO AO TEMPO

POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES

Era uma vez um camponês chinês, muito pobre mas sábio, que trabalhava a terra duramente com o seu filho. Um dia o filho disse-lhe:
- Pai, que desgraça, o nosso cavalo fugiu.
O velho pai respondeu:
- Porque lhe chamas desgraça? Veremos o que nos traz o tempo...
Passado alguns dias o cavalo regressou acompanhado de uma linda égua selvagem.
- Pai, que sorte, o nosso cavalo trouxe outro cavalo!
O pai respondeu novamente:
- Porque lhe chamas sorte? Veremos o que nos traz o tempo.
Dias depois o rapaz quis montar o cavalo novo, mas este, não acostumado à sela, encabritou-se e deitou-o ao chão. Na queda, o rapaz partiu uma perna.
- Pai, que desgraça, parti a perna.
O pai, retomando a sua experiência e sabedoria, disse:
- Porque lhe chamas desgraça? Veremos o que nos traz o tempo...
O rapaz não se convencia da filosofia do pai.
Poucos dias depois passaram pela aldeia os enviados do rei à procura de jovens para levar para a guerra. Foram à casa do ancião, viram o jovem debilitado e deixaram-no, seguindo o seu caminho.
O jovem compreendeu então que nunca se deve dar nem a desgraça nem a fortuna como absolutas, mas que, para se saber se algo é mau ou bom, é necessário dar tempo ao tempo.
MORAL DA HISTÓRIA:
A vida dá tantas voltas e é tão paradoxal no seu decorrer que tanto o mau pode vir a ser bom, como o bom pode vir a ser mau.

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