
Um dia desses fui a uma casa lotérica “fazer a minha fezinha”, pois, afinal, não casei com mulher rica e nem nasci em berço de ouro.
Assim que cheguei, como a fila única só tinha duas pessoas, para ela me dirigi. Logo à minha frente, estava uma jovem, com idade aparente de 20 anos.
Como o caixa estava demorando em atender, logo a fila se estendeu atrás de mim... E eu ali, pacientemente, nada mais fazendo do que assistir o programa que estava passando na televisão da lotérica, enquanto chegava a minha vez de ser atendido. De repente, sem mais nem menos, a jovem que estava na minha frente, vira-se para mim e sapeca, ironicamente, para que todos a ouvissem:
- Ô tio, por que o senhor não vai ali, para a fila dos idosos?
Mexeu com o cão com vara curta! Nada mais irritante para mim do que ser chamado de “tio”. Não me consta que algum irmão meu anda comendo a mãe de quem quer que seja. Por isso mesmo, prontamente, respondi bem alto, para que todos também me ouvissem:
- Ô, minha filha, você acha que eu vou sair daqui, deixar de ficar olhando para este teu rabinho gostoso, e ir para fila do idoso ou qualquer outro lugar?
Todos riram, fazendo-a “perder o rebolado”.
Nunca mais ela vai mandar alguém ir para a fila de idoso!
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