
Alguns anos depois, a Bastiana andava pelas ruas de Ouricuri, sozinha,
quando cruzou com um sacerdote.
Ao avistá-la, o padre imediatamente lhe perguntou:
- Bom dia, minha filha! Por acaso você não é a Bastiana, aquela que
casei, alguns anos atrás, na minha antiga Diocese em Bodocó?
Ela respondeu:
- Sim, seu padre, sou eu mesma!
- Mas não me lembro de ter batizado um filho seu... Não teve nenhum?
- Não, padre. Infelizmente, ainda não...
Ao ouvir a resposta da Bastiana, o padre disse:
- Bem, na próxima semana viajo para Roma. Por isso, se você quiser,
acendo lá uma vela por você e por seu marido, para que recebam a benção de
poder ter filhos.
Ela respondeu:
- Oh, seu padre, muito obrigada! Ficaremos ambos muito gratos!
Alguns anos mais tarde encontraram-se novamente. O sacerdote, já ancião,
perguntou:
- Bom dia, Bastiana. Como está agora? Já teve filhos?
Ela respondeu:
- Oh, sim, padre, três pares de gêmeos e mais quatro... No total,
dez, indo pro décimo primeiro!
O padre, todo satisfeito comentou:
- Bendito seja o Senhor! Que maravilha! E onde está o Zé do Leite, seu
marido?
- Ah, padre, ele está a caminho de Roma, para ver se apaga a bobônica
da vela!
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