sábado, 18 de julho de 2015

REZA FORTE

POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES

A Sebastiana (Bastiana, para os íntimos) e José dos Santos, mais conhecido como Zé do Leite (em virtude da sua profissão) são marido e mulher. Apesar de morarem em Ouricuri, no vizinho estado de Pernambuco, eles se casaram na vizinha cidade de Bodocó, uma vez que na sua cidade estava faltando padre na ocasião.
Alguns anos depois, a Bastiana andava pelas ruas de Ouricuri, sozinha, quando cruzou com um sacerdote.
Ao avistá-la, o padre imediatamente lhe perguntou:
- Bom dia, minha filha! Por acaso você não é a Bastiana, aquela que casei, alguns anos atrás, na minha antiga Diocese em Bodocó?
Ela respondeu:
- Sim, seu padre, sou eu mesma!
- Mas não me lembro de ter batizado um filho seu... Não teve nenhum?
- Não, padre. Infelizmente, ainda não...
Ao ouvir a resposta da Bastiana, o padre disse:
- Bem, na próxima semana viajo para Roma. Por isso, se você quiser, acendo lá uma vela por você e por seu marido, para que recebam a benção de poder ter filhos.
Ela respondeu:
- Oh, seu padre, muito obrigada! Ficaremos ambos muito gratos!
Alguns anos mais tarde encontraram-se novamente. O sacerdote, já ancião, perguntou:
- Bom dia, Bastiana. Como está agora? Já teve filhos?
Ela respondeu:
- Oh, sim, padre, três pares de gêmeos e mais quatro... No total, dez, indo pro décimo primeiro!
O padre, todo satisfeito comentou:
- Bendito seja o Senhor! Que maravilha! E onde está o Zé do Leite, seu marido?
- Ah, padre, ele está a caminho de Roma, para ver se apaga a bobônica da vela!

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