POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES
Certa
manhã, uma gaiola acordou e percebeu que, por distração, deixara a porta aberta
e o pintassilgo que vivia nela tinha desaparecido. A gaiola sentiu um vazio
enorme em suas entranhas, e a solidão a entristeceu. Sentiu saudade do canto do
passarinho.
Na
manhã seguinte, ao ver que aquele mal-agradecido não voltava, começou a se
mexer para distribuir as sementes e migalhas de pão duro que havia em seu
interior e, assim, espalhar o cheiro da comida.
A
primeira a chegar foi uma grande gaivota. Ela começou a espiar o chão da gaiola
cheio de comida espalhada. A gaiola, ao ver aquele pássaro desagradável, abriu
e fechou a porta bruscamente, dando dois safanões na gaivota, espantando-a.
Logo
depois, apareceu um periquito que desprezou o alimento porque preferia pão
macio.
Depois
foi a vez de um pardal. O passarinho entrou na gaiola e, quando a porta se
fechou e ele percebeu que estava preso, começou a piar lastimosamente. A gaiola
abriu a porta para deixá-lo escapar, pois se lembrou que os pardais morrem de
tristeza ao se verem privados da liberdade.
O
pardal, agradecido, fez um acordo com a gaiola: viria todos os dias, junto com
os amigos, para lhe fazer companhia, e se refugiaria nela nos dias de chuva.
A
gaiola nunca mais ficou sozinha e descobriu que o amor consiste em respeitar a
liberdade dos demais.
PENSE
NISSO!
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