segunda-feira, 30 de maio de 2016

MATANDO A SEDE

POSTAGEM ALOISIO GUIMARÃES

Por volta dos anos setenta, século passado, morou em Belo Monte, pequena cidade do interior alagoano, situada às margens do “Velho Chico”, um sujeito conhecido como “Pedro da venda”. O seu nome/apelido decorria do fato de que o sujeito era dono da bodega mais equipada do lugarejo e, por isso mesmo, era considerado, pelos matutos da região como “um cabra rico”.
Além de ser um sujeito “desbocado”, o “Pedro da venda”, costumava esnobar a sua “riqueza” fazendo farras nos povoados da região, sempre acompanhado das “primas” (eufemismo para “quenga”, “raparigas”...). Com o passar dos tempos, “Pedro da venda” também ficou famoso por conta dessa peculiaridade.
Certo dia, “Pedro da venda”, acompanhado de duas mulheres, chegou em um desses povoados e, como fazia muito calor, foram direto à única venda ali existente, cujo dono era o Pastor da Igreja Batista local. Ao entrar no estabelecimento, “Pedro da venda” logo gritou:
- Cidadão, desce uma Coca-Cola bem gelada!
Naquele tempo, a “Coca-Cola de 1 litro” era chamada de “Coca-Família”...
Ao ouvir o pedido, o pastor pergunta:
- "Família", senhor?
No que “Pedro da venda” responde:
- Família?! Nãaaao! As duas são putas mesmo!
Nesse dia, “Pedro da venda” e suas “primas” não conseguiram “matar a sede”...

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