PROFESSOR E ADMINISTRADOR DE EMPRESAS

No futebol, essas decisões, mais
causam problemas do que soluções! Com a convulsão social provocada pelo
gigantismo populacional, causado pelo êxodo rural e falta de educação básica,
as gangues organizadas formadas por jovens marginais excluídos das escolas
básicas, muitos menores de idade, ignorados pelos seus falsos tutores, se
juntam em bandos, divididos pelas cores vermelho e azul, tocando o terror,
sendo os dois clubes representativos dessas tonalidades, usados como meras
justificativas para suas badernas. As ruas de bairros distantes do estádio e os
transportes coletivos, são os palcos preferidos, oportunamente, pelos
baderneiros. Um fato inusitado aconteceu após o término da decisão do
campeonato passado, quando, por uma falha clamorosa do policiamento, um bando
de azul - não confundi-los com torcedores do CSA - pulou para dentro do campo,
quando a ordem da própria polícia era a saída imediata deles do estádio, e,
passou a se digladiar com outro bando de vermelho que invadira pelo outro lado
para comemorar o título conquistado pelo CRB. Certamente, os torcedores do time
campeão invadiriam o campo para abraçar seus ídolos, como é tradição até na
Europa. Por conta desse fato, milhares de torcedores dos dois clubes ficaram
impedidos de entrar nos estádios durante onze jogos. Pasmem! Faço aqui um
desafio às nossas autoridades para que façam uma enquete com 10.000 torcedores
de cada lado, perguntando quantos brigaram ou fizeram arruaças no estádio, ou
nas ruas! Um outro grave equívoco, inclusive da mídia, é confundir, gangues,
com torcidas organizadas. Dos dois lados têm torcidas organizadas formadas por
pessoas de bem. A “Família chopp” e a “Bravos regatianos”, são belos exemplos,
dentre outras dos dois lados.
Há anos, as nossas autoridades
tentam encerrar as atividades das duas facções, que, apesar de compostas,
aparentemente, por pessoas sem recursos financeiros, e sem peso social,
desafiam a todos. A vermelha, ainda esboçou um relativo respeito às
instituições, mudando o nome oficial, de “comando vermelho”, para “comando
alvirrubro”. A “mancha azul”, sequer, mudou a sua famigerada denominação.
Na verdade, as duas organizações
contraventoras são misturadas ao futebol por absoluto oportunismo.
Recentemente, integrantes da azul foram a Natal apenas para bagunçar, pois, o
jogo nada valia. Passaram algumas horas detidos, saíram na mídia, atualizaram
seus currículos e voltaram triunfais.
Quem acompanha o futebol sabe
que os torcedores dos dois clubes se respeitam.
Todos os torcedores do CRB, têm amigos, e, até, alguns familiares que
torcem para o rival, assim como os nossos rivais têm milhares de amigos e
familiares que torcem para o CRB. Acharam os exemplos parciais? Fi-los de
propósito para mostrar qual é a nossa desavença.
Talvez, pela sobrecarga de
trabalho, as nossas autoridades ainda não tiveram o cuidado necessário para
analisar um problema tão delicado, pois, envolve paixões. Temos visto decisões
até cômicas! Tais quais as, de proibir uniformes de entrarem nos estádios, como
se eles brigassem, quando um baderneiro vestido no seu uniforme seria bem mais
fácil de ser identificado! Uma promotora já teve o desplante de proibir
torcedores do CRB de entrarem vestidos com as camisas do clube num jogo com o
Vasco pela Copa do Brasil. Seria fulcral que essas decisões fossem tomadas por
pessoas que frequentem as gerais e arquibancadas nos clássicos! Que andem pelas
ruas! Que vejam os ônibus em dias de jogos! Que vistoriem as sedes das gangues!
Tenho a certeza que jamais falariam em torcida única! Dos seus gabinetes,
jamais enxergarão o verdadeiro problema.
Professor,
ResponderExcluirParabéns pelo texto.
Entendo que "torcida única" é uma demonstração da incapacidade da segurança pública de lidar com marginais organizados.
Hoje, torcida única; amanhã, sem torcida... Estamos caminhando para a falência total do nosso futebol.
Se isso não bastasse, o campeonato alagoano é mal elaborado, onde possibilita que clubes com mais pontos ao longo da competição sejam condenados a disputar "torneio da permanência" e o outros, com menos pontos disputem o título. Como aprovam o regulamento de um campeonato onde o maior clássico do interior alagoano, CSE x ASA, não acontece? Conclusão: burrice, aqui em Alagoas, não tem limites...
Valeu a sua complementação! Obrigado!
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