sábado, 20 de janeiro de 2018

PENSAMENTOS DO BARÃO DE ITARARÉ

POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES

Apparício Fernando de Brinkerhoff Torelly, também conhecido por Apporelly e pelo falso título de nobreza de Barão de Itararé (Rio Grande, 29 de janeiro de 1895 - Rio de Janeiro, 27 de novembro de 1971), foi um jornalista, escritor e pioneiro no humorismo político brasileiro. Criador do jornal “A Manhã”, o Barão ridicularizava ricos, classe média e pobres.  Não perdoava ninguém, sobretudo políticos, donos de jornal e intelectuais. Ele não era barão, mas deu-se o título de nobre e nobre se tornou. O primeiro nobre do humor no Brasil.  Debochava de tudo e de todos e costumava dizer que, “quando pobre come frango, um dos dois está doente”.
· O uísque é uma cachaça metida a besta.
· O que se leva desta vida é a vida que a gente leva.
· A criança diz o que faz, o velho diz o que fez e o idiota o que vai fazer.
· Os homens nascem iguais, mas no dia seguinte já são diferentes.
· Dizes-me com quem andas e eu te direi se vou contigo.
· A forca é o mais desagradável dos instrumentos de corda.
· Sábio é o homem que chega a ter consciência da sua ignorância.
· Não é triste mudar de ideias, triste é não ter ideias para mudar.
· Mantenha a cabeça fria, se quiser ideias frescas.
· O tambor faz muito barulho, mas é vazio por dentro.
· Genro é um homem casado com uma mulher cuja mãe se mete em tudo.
· Neurastenia é doença de gente rica. Pobre neurastênico é malcriado.
· De onde menos se espera, daí é que não sai nada.
· Pobre, quando mete a mão no bolso, só tira os cinco dedos.
· Quem empresta, adeus.
· O banco é uma instituição que empresta dinheiro à gente se a gente apresentar provas suficientes de que não precisa de dinheiro.
· Tudo seria fácil se não fossem as dificuldades.
· A televisão é a maior maravilha da ciência a serviço da imbecilidade humana.
· Este mundo é redondo, mas está ficando muito chato.
· Precisa-se de uma boa datilógrafa. Se for boa mesmo, não precisa ser datilógrafa.
· O fígado faz muito mal à bebida.
· O casamento é uma tragédia em dois atos: um civil e um religioso.
· A alma humana, como os bolsos da batina de padre, tem mistérios insondáveis.
· Eu Cavo, Tu Cavas, Ele Cava, Nós Cavamos, Vós Cavais, Eles Cavam. Não é bonito, nem rima, mas é profundo…
· Tudo é relativo: o tempo que dura um minuto depende de que lado da porta do banheiro você está.
· Nunca desista do seu sonho. Se acabou numa padaria, procure em outra!
· Devo tanto que, se eu chamar alguém de “meu bem”, o banco toma!
· Viva cada dia como se fosse o último. Um dia você acerta…
· Tempo é dinheiro. Paguemos, portanto, as nossas dívidas com o tempo.
· As duas cobras que estão no anel do médico significam que o médico cobra duas vezes, isto é, se cura, cobra, e se mata, cobra.
· O voto deve ser rigorosamente secreto. Só assim, afinal, o eleitor não terá vergonha de votar no seu candidato.
· Em todas as famílias há sempre um imbecil. É horrível, portanto, a situação do filho único.
· Negociata é um bom negócio para o qual não fomos convidados.
· Quem não muda de caminho é trem.
· Dizem que os homens inteligentes são os melhores maridos. Que tolice! Os homens inteligentes não se casam...
· A moral dos políticos é como elevador: sobe e desce. Mas em geral enguiça por falta de energia, ou então não funciona definitivamente, deixando desesperados os infelizes que confiam nele.
· Todo homem que se vende recebe muito mais do que vale.
· Para as mulheres os velhos são de duas categorias: os insuportáveis e os ricos.
· Há heróis de dois tipos: os que a pátria chora porque morreram e os que a pátria chora porque não morreram.
· O português é uma língua muito difícil. Tanto que calça é uma coisa que se bota e bota é uma coisa que se calça.

Nenhum comentário:

Postar um comentário