quinta-feira, 10 de maio de 2018

CRISE DE IDENTIDADE

POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES

Quando me perguntam quem sou, dá vontade de responder: NINGUÉM!
Nesta altura da vida já não sei mais quem sou.
Vejam alguns exemplos:
 Na ficha de qualquer loja, CLIENTE.
 No restaurante, FREGUÊS.
 Quando alugo uma casa, INQUILINO.
 Nos transportes públicos e em viatura particular, PASSAGEIRO.
 Nos correios, REMETENTE.
 No supermercado e lojas, CONSUMIDOR.
 Para  o estado, CONTRIBUINTE.
 Para  o banco, CORRENTISTA.
 Se vendo algo importado, CONTRABANDISTA.
 Se revendo algo, VIGARISTA.
 Se não pago menos impostos, SONEGADOR.
 Se recebo um brinde no trabalho, CORRUPTO.
 Para votar, ELEITOR.
 Para os sindicatos, MASSA SALARIAL ou MASSA DE MANOBRA.
 Na escola, ESTUDANTE.
 No empresa, EMPREGADO.
 Em viagens, TURISTA.
 Na rua caminhando, PEDESTRE.
 Se passeio, TRANSEUNTE.
 Se sou atropelado, ACIDENTADO.
 No hospital, PACIENTE.
 Nos jornais, viro VÍTIMA.
 Se viajo, TURISTA.
 Se leio um livro ou jornal, LEITOR.
 Se ouço rádio, OUVINTE.
 Ao ver um espetáculo, ESPECTADOR.
 Ao ver televisão, TELESPECTADOR.
 No campo de futebol, TORCEDOR.
 Na Igreja, IRMÃO.
 Para os governantes, IMBECIL. 
 No Brasil, PALHAÇO. 
E, quando morrer, uns dirão que sou FINADO; outros, DEFUNTO; para outros, EXTINTO; para o povão, MAIS UM QUE DEIXOU DE FUMAR; em certos círculos espiritualistas serei DESENCARNADO e para os evangélicos fui ARREBATADO...
E pensar que um dia quis ser eu, simplesmente, EU!

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