POSTAGEM: ALOISIO GUIMARÃES
Pois
é, estou quase lá... Decidi, então, ir em busca de informações que me ajudassem
a começar a entender melhor a tal “Terceira Idade” ou “Melhor Idade” como
querem alguns. A primeira informação é de que ela começa aos 60 anos.
- Será mesmo verdade?
Procurando
mais um pouco, encontrei uma pesquisa sobre esse assunto cujo resultado foi bem
interessante principalmente vindo de jovens: 47% de entrevistados acham que a
Terceira Idade começa entre sessenta e setenta anos, 23% acreditam que ela
começa antes mesmo dos 50 anos, 2% acreditam que ela só começa aos oitenta
anos...
Eu,
particularmente, acho que há controvérsias, pois o meu plano de saúde triplicou
o valor da mensalidade quando completei 58 anos...
Então,
descobri também que algumas pessoas acham que Terceira Idade é a idade em que
se começa a ficar “caduco”. E que “caduco” é aquele que começa a despertar
manias antigas e outras novas, não fala mais “coisa-com-coisa”, começa também a
ficar ranzinza e chato...
Sinceramente,
acho que ao longo da vida e em diferentes fases a gente faz tudo isso e o tempo
todo! Manifestamos nossas manias, criamos novas, no sufoco não falamos
coisa-com-coisa, mesmo jovens temos atitudes bem ranzinzas em certas situações
e muitas vezes somos bem chatos! Quem já não fez tudo isso, que atire a
primeira pedra!
Diz
a “Wikipédia”, que a Terceira Idade varia conforme a cultura e desenvolvimento
da sociedade em que se vive. Em países classificados “em desenvolvimento” como
o Brasil, por exemplo, uma pessoa é considerada de Terceira Idade a partir dos
60 anos. Mas vejam só: para a Geriatria, somente após alcançar 75 anos a pessoa
é considerada de Terceira Idade. Achei consolador!
Um
dado é certo: com a chegada da terceira idade alguns problemas de saúde passam
a ser mais frequentes (aqui eu assino embaixo), principalmente para as mulheres,
quando mergulham de cabeça na menopausa!
Mas,
ainda segundo a Wikipédia, não existe um consenso com relação à fronteira que
limita a fase “pré” e “pós” velhice, nem tão pouco, quais são os indícios mais
comuns da chegada nesta fase... Ela chega e pronto! Seja pela idade, que pode
ser qualquer uma; seja pelas manias, e aí, se você for mais jovem, começa a ficar
preocupado. Mas em algum momento da vida você vai dizer “acho que estou ficando velho”...
Por
tudo que li, entendi que o “bem
envelhecer” depende do equilíbrio entre as minhas limitações e
potencialidades, que afinal, nunca deixarão de existir. Por isso tenho que
aproveitar cada minuto, cada chance que a vida dá.
Percebo
claramente que desenvolver uma flexibilidade comigo mesmo e com a sociedade
para me adaptar nessa fase da vida, assim como fiz em todas as outras. É básico
para ser feliz...
Me
lembro muito bem como foi sofrido o adolescer. A gente cresce ouvindo e
acreditando que ao avançar a idade não há muito o que fazer, que todo o
investimento pessoal que se podia fazer já foi feito, principalmente entre a
juventude e a fase adulta, e que depois, é só colher os frutos deste trabalho. A
velhice é vista como uma fase sem saída e sem futuro. Discordo, veementemente!
E, infelizmente,
constato que uma parte da sociedade não vê sentido em cuidar dos problemas
existenciais do idoso porque acreditam que não há mais o que construir. Terapia
de idosos, por exemplo, é vista como perda de tempo.
- De que vai adiantar?
Só
vai surtir efeito em gente mais jovem, com cabeça ainda boa e um futuro pela
frente! Discordo também, veementemente! Bota veementemente nisto! Mas isso
também acontece porque alguns idosos acreditam que por terem vivido uma longa e
muitas vezes difícil história não podem mudar o rumo de sua vida o modo de
pensar ou agir; deixam-se levar pelo cansaço e a gente até entende muitas vezes
que a vida não foi mesmo nada fácil; melhor deixar como está...
Eles
não entendem que, no caso da terapia, por exemplo, o objetivo não é mudar o
jeito do idoso mas sim dar a ele o acolhimento, o respeito e a compreensão. O
objetivo maior é fazer com que ele aceite o seu jeito de ser e descubra
maneiras diferentes de viver essa nova fase. Por isso entendi que compreender
primeiro e depois aceitar é o caminho. Essa é a mudança tão necessária.
Aceitar
a idade, as limitações e não se prender ao que deixou de ser feito, mas o que
ainda poderá ser feito. Essa é a grande magia...
Entendi
que não posso deixar de pensar na riqueza da minha experiência adquirida com
esforço através dos meus anos vividos. Isso é algo que nenhuma força do mundo
poderá me tirar. E me lembrar sempre que essa riqueza de experiência pode minar
ou até acabar se eu me colocar num estado de inércia que fatalmente me levará
para o tédio e uma profunda solidão...
Por
isso tudo, vou à luta! Quero ser um idoso legal, que se ama e ama a vida! E
ainda deixo um recadinho carinhoso pra você que ainda é muito jovem:
- Sorria, lute, chore, desabafe, curta as
coisas boas e alimente-se com elas. Jogue para o ar o que é ruim, mas,
principalmente, ame a si mesmo. Só assim você vai conseguir viver bem todas as
etapas da vida e amar o outro. Lembre-se de que não estamos sozinhos e que a estrada
nunca está vazia.
Um
bom envelhecimento a todos. Se você está envelhecendo, é sinal que está vivo!
Viva feliz, envelheça com dignidade!
Muito bom o texto! Parabéns!
ResponderExcluirApenas postei. O(a) autor(a) desconheço. Infelizmente não posso atribuir a autoria.
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