PROFESSOR E ADMINISTRADOR DE EMPRESAS
Essa semana aconteceram dois jogos de futebol que me chamaram à atenção
pelas semelhanças e proporcionalidades entre as competições e o antagonismo dos
resultados. Me refiro ao jogo do CRB aqui em Maceió contra o Grêmio, pela Copa
do Brasil, e, lá, em São Paulo, o Corinthians ante o Guarany do
Paraguai, pela Copa Libertadores da América. Ambos os torneios são do tipo que
chamamos na linguagem futebolística de “mata, mata”; a única diferença é que no
torneio nacional, na sua fase inicial, o clube - o melhor ranqueado - que fizer
uma diferença de dois gols na casa do adversário, elimina o segundo jogo. No
mais, entendo que as semelhanças são evidentes.
Lá, o poderoso Corinthians precisaria vencer o pequeno Guarany do
Paraguai, por, pelo menos, 2x0, algo, aparentemente, fácil, pois se tratava de
um duelo de um grande contra um pequeno, lembrando que esse país é chacoteado,
frequentemente, por nós brasileiros ao qual nos referimos quando queremos dizer
que algo não presta. Lembram do “cavalo paraguaio”? A verdade é que ainda não
perdemos aquela mania de falsa grandeza! Recordam, também, das piadas com os
portugueses? É... no futebol, também parece que ainda achamos que somos mais
fortes! Nesse jogo de lá foi mostrado que no futebol atual, os mais pobres
podem sim, vencer os mais abastados. Lá, o pequeno se mostrou bem organizado,
tática e tecnicamente, bem fechado na defesa, sem ficar dando chutões à esmo;
ao tomar a bola do adversário, saiam em toques
curtos e objetivos ao ponto de irritar o oponente, causando-lhe duas
expulsões infantis, e, ganhando o jogo e a classificação com muita autoridade
na casa do “rico” rival. Nessa importante competição internacional não foi a
primeira vez que aconteceu essa contradição futebolística, pois, outros clubes de países de futebol mais pobre
também já venceram esse certame.
Aqui, bem que poderia ser semelhante, mas, a coisa foi bem diferente,
pois, o mais pobre, o nosso querido CRB, comportou-se como tal em seu jogo
eliminatório da Copa do Brasil; vimos um time acanhado, mesmo o adversário não
tendo uma grande equipe. Ao contrario do pequeno do Paraguai, o CRB, mostrou-se
muito vulnerável, especialmente em sua defesa, com um zagueiro - Daniel Marques
- parecendo estar sem o devido condicionamento físico, bastante “pesado” sem
qualquer velocidade, fator essencial à um zagueiro. O nosso melhor jogador -
Olívio - aparentando não estar devidamente recuperado da contusão, jogou muito
mal, falhando, também, em todos os gols; o “volantão” Gladisson Souza, muito
mal, mostrou que é apenas um jogador muito esforçado, sem qualquer qualidade na
distribuição da bola quando a rouba dos adversários. Aliás, esse tipo de
volante não tem mais lugar nas grandes equipes devido ao encurtamento dos
espaços nos atuais esquemas de jogo, 4 4 2 ou 4 5 1, onde os volantes tem que
dar celeridade ao jogo quando tiram a bola do adversário. O jogador Fernando
tem sido outra peça nula, desde, segundo a minha óptica, que foi afastado da
área, e, obrigado a armar o time, mostrando-se um jogador bastante frágil e
disperso. O Gérson Magrão, mesmo sem ritmo de jogo, mostrou que tem amplas
condições de ocupar o lugar do Fernando. O nosso Zé Carlos, vaiado,
injustamente, por, parte da torcida regatiana,
pois, é um apaixonado pelo CRB e já foi um grande goleador. Hoje, tem se
mostrado, visivelmente, fora de forma atlética, sem a mobilidade essencial a um
atacante. Entendo que aquele centro avante que ainda inverte os papeis e joga
marcando os dois zagueiros, está em extinção no novo futebol. Lembram do Fred
na última Copa do Mundo? Imóvel, poste, inútil e outros adjetivos foram usados
nas redes sociais para achincalhá-lo durante a Copa. Vejam que nos grandes
times atuais, à exemplo do Barcelona, não existe mais aquele atacante fixo que
passa o jogo todo esperando que uma bola sobre para ele fazer o gol, e nem o
“volantão” ou “biombo” do tempo do 4 2 4.
Então, aqui, bem que poderia ter sido igual a lá.
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